Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.4 - Educação Permanente em Saúde: Estratégias, Práticas e Desafios para o SUS
01 DE DEZEMBRO | SEGUNDA-FEIRA
08:30 - 10:00
A ATUAÇÃO DOS NEPS NAS UNIDADES DE SAÚDE DA SESAP/RN PARA QUALIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS NO ÂMBITO DO SUS.
Comunicação Oral Curta
AQUINO, R. S.1, LOPES, R. S. A.1
1 SESAP/RN
Período de Realização
Janeiro de 2022 a junho de 2025
Objeto da experiência
Atuação dos Núcleos de Educação Permanente em Saúde (NEPs) das unidades e serviços de referência da SESAP/RN como estratégia de qualificação do SUS.
Objetivos
Apresentar a atuação dos NEPs vinculados às unidades e serviços da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) como dispositivos estratégicos da gestão da educação e da qualificação dos processos de trabalho no SUS.
Descrição da experiência
A experiência descreve a atuação dos Núcleos de Educação Permanente em Saúde (NEPs) presentes nas unidades e serviços de referência da SESAP/RN, que desenvolvem ações educativas vinculadas às necessidades do processo de trabalho. Sob coordenação da gestão central, os NEPs se organizam em rede, com encontros mensais para alinhamento de estratégias, troca de experiências e fortalecimento da Educação Permanente como política estruturante no SUS.
Resultados
A atuação dos NEPs das unidades e serviços da SESAP/RN tem contribuído para fortalecer a cultura da Educação Permanente, ampliando a participação dos trabalhadores nos processos formativos, estimulando práticas colaborativas e favorecendo a transformação dos processos de trabalho. Observa-se maior alinhamento entre os NEPs, melhoria na qualidade da atenção, maior resolutividade dos serviços e fortalecimento da gestão do trabalho e da educação no SUS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidencia que os Núcleos de Educação Permanente em Saúde (NEPs) das unidades e serviços da SESAP/RN são dispositivos estratégicos e indispensáveis para qualificar os processos de trabalho, fortalecer as práticas colaborativas e aprimorar a qualidade dos serviços. No entanto, persistem desafios como assegurar apoio institucional, consolidar os NEPs na estrutura formal dos serviços e investir na formação contínua de seus integrantes.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se o fortalecimento dos Núcleos de Educação Permanente em Saúde (NEPs) como política estruturante da gestão do trabalho e da educação na SESAP/RN, com garantia de suporte institucional, alocação de recursos, reconhecimento formal nos serviços e qualificação permanente dos seus membros. A consolidação dos NEPs contribui para um SUS mais qualificado, resolutivo, humanizado e comprometido com as necessidades dos territórios e da população.
A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO E ATUALIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DO SUS NA REGIÃO DE FORTALEZA
Comunicação Oral Curta
Dantas, M. S.1, Campelo, L. M.2
1 SRFOR/SESA
2 SEINP/SEMS-CE
Período de Realização
Desde 2022 através de oficinas para gestores, técnicos e conselheiros da RS, segue em funcionamento.
Objeto da experiência
Monitoramento e atualização dos instrumentos de planejamento do SUS na Região de Fortaleza
Objetivos
Qualificar Conselheiros, técnicos municipais e das Coordenadorias das Áreas Descentralizadas da Saúde (COADS) para monitoramento, junto aos municípios, das informações referentes aos instrumentos de planejamento e gestão do SUS disponíveis no Sistema Digisus Gestor Módulo Planejamento (DGMP).
Descrição da experiência
Oficinas realizadas em 2022 em parceria com a equipe planejamento da Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional e Planejamento (CODIP) nas COADS da Região. Já em 2023 e 2024 a parceria foi com o Serviço de Articulação Interfederativa e Participativa (SEINP) da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Ceará sendo realizada uma oficina de capacitação no sistema DGMP com a participação de 80% dos 44 municípios que compõem a Região de Fortaleza e também descentralizadas nas ADSs.
Resultados
Resultados: o trabalho integrado entre as equipes da Superintendência da Região de Saúde de Fortaleza (SRFOR), as Coordenadorias das Áreas Descentralizadas da Saúde (COADS), COSEMS, municípios e Conselhos Municipais de Saúde; qualificação das equipes envolvidas; redução das pendências no que se refere a alimentação das informações dos instrumentos de planejamento no DGMP; e o aumento da transparência e visibilidade das informações atualizadas disponíveis no sistema.
Aprendizado e análise crítica
Aprendizados: a Educação Permanente como estratégia de qualificação; articulação entre trabalho e ensino; troca de conhecimentos e experiências no cotidiano de suas instituições; a possibilidade de mudar ou incorporar novos conhecimentos aos conceitos e práticas das equipes; o desenvolvimento de trabalhadores das diversas áreas. Análise crítica: resistência à proposta constatado pela falta de alguns atores; pouca sensibilidade por parte de alguns gestores do SUS em acreditar na estratégia.
Conclusões e/ou Recomendações
A Educação Permanente para qualificação das equipes visando o monitoramento e atualização dos instrumentos de planejamento do SUS na Região de Fortaleza possibilita a realização de atividades com maior resolutividade, maior qualidade, compartilhamento de informações e aprendizado entre os profissionais envolvidos. Recomendação: maior sensibilidade de alguns gestores na estruturação dos serviços e priorizando a participação das equipes nos treinamentos.
DESAFIOS NA PARTICIPAÇÃO DE SERVIDORES EM AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE REFERÊNCIA EM MATO GROSSO
Comunicação Oral Curta
Hellebrandt, R. S. L.1, Oliveira, E. A.1, Farias, T. R.2, Prado, K. S. C.1, Oliveira, S.1, Junior, L. A. A.1, Lima, D. O.1, Moreira, A. P.1, Lessi, E. C.1, Oliveira, H. M. M.1
1 HPSMC
2 HPRMC
Período de Realização
Janeiro a junho de 2025
Objeto da experiência
A dificuldade de engajamento dos servidores nas ações de educação permanente em um hospital municipal de Mato Grosso.
Objetivos
Identificar os principais obstáculos à participação dos trabalhadores em ações educativas;
Propor estratégias para ampliar o engajamento;
Fortalecer a cultura de educação permanente no serviço de saúde.
Descrição da experiência
O Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS) do Hospital identificou baixa adesão dos profissionais às ações formativas. Para compreender as causas desse cenário, foram realizadas rodas de conversa, aplicação de questionários e diálogo com chefias. As barreiras apontadas incluíram sobrecarga de trabalho, falta de apoio institucional, desconhecimento quanto a relevância das ações formativas e desarticulação entre gestão, trabalhadores e setores administrativos.
Resultados
A pratica da escuta ativa permitiu a reorganização de horários das capacitações, o fortalecimento da articulação com as chefias e o desenvolvimento de estratégias de sensibilização dos profissionais. Como resultado, observou-se aumento gradual na participação dos servidores e maior reconhecimento do NEPS pelos setores. No entanto, ainda permanecem desafios, especialmente no que se refere à valorização da Educação Permanente em Saúde como uma política institucional prioritária.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a resistência à educação permanente vai além da mera falta de interesse individual, mas está diretamente ligada a questões estruturais, como a falta de cultura organizacional, não ter estabelecido um modelo de gestão com foco na otimização de recursos, melhoria contínua da qualidade e o despreparo das lideranças. Superar essas barreiras exige escuta, pactuação e compromisso institucional com o cuidado e a formação em serviço.
Conclusões e/ou Recomendações
É necessário institucionalizar a educação permanente como parte da rotina do serviço, envolver lideranças, garantir condições de participação e fomentar o protagonismo dos trabalhadores nos processos formativos. Valorizar a educação em saúde é uma estratégia essencial para o fortalecimento do SUS e para a qualificação contínua do cuidado prestado à população.
DINÂMICA “ÁREA SECRETA”: ESTRATÉGIA INOVADORA PARA DEVOLUTIVA DOS DADOS DA TERRITORIALIZAÇÃO COM EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Comunicação Oral Curta
Fantinel, L. A.1, Bez, C. N.2, Barbosa, A. B.1, Louzeiro, J. S.1, Perin, N. E. M.1, Costa, K. L.1, Mezetti, L. F.1, Fiuza, C. R.2, Valcarenghi, R. V.2, Reses, M. L. N.1
1 UFSC
2 Prefeitura Municipal de São José (PMSJ)
Período de Realização
Outubro e novembro de 2024, durante reuniões de equipe de uma UBS do município de São José, Santa Catarina.
Objeto da experiência
Devolutiva dos dados da territorialização com uso de metodologia ativa para promover reflexão crítica das equipes sobre o território.
Objetivos
Compartilhar, de forma lúdica e crítica, os dados da territorialização realizada por Residentes com as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) de cada área e estimular a reflexão das equipes sobre a realidade da população, fortalecendo o vínculo com o território e o planejamento de ações em saúde.
Descrição da experiência
A territorialização foi realizada por Residentes em Saúde da Família com apoio das ACS, mapeando dados sobre moradia, condições econômicas, lazer e alimentação. Para socializar os achados, foi desenvolvida a dinâmica “Área Secreta”, na qual recortes com características de cada microárea foram distribuídos para que os profissionais identificassem quais pertenciam ao seu território. A atividade foi realizada nas reuniões das equipes de cada equipe ESF, estimulando escuta, vínculo e reflexão crítica.
Resultados
A dinâmica gerou envolvimento das equipes e favoreceu a aproximação com as especificidades e necessidades da população adscrita. Profissionais relataram tanto reconhecimento quanto desconhecimento do território, o que motivou reflexões críticas e corresponsabilização. Como desdobramento, surgiram propostas como ações de Educação em Saúde (ex.: PSE), Grupos de Promoção da Saúde (ex.: Combate ao Tabagismo) e Grupos Estratégicos (ex.: HiperDia), fortalecendo o planejamento territorial.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou o potencial das metodologias ativas como ferramentas de educação em serviço, capazes de promover engajamento, pertencimento e reflexão crítica nas equipes. A dinâmica estimulou o reconhecimento das singularidades territoriais, fortaleceu o diálogo entre Residentes, ACS e demais profissionais da ESF, ressaltou a importância da escuta, corresponsabilização e abordagem coletiva na APS. Revelou-se a necessidade dos profissionais vivenciarem a territorialização no cotidiano.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça a importância da devolutiva como prática de diálogo constante com o território. Recomenda-se a adoção estruturada de estratégias formativas que incorporem metodologias ativas no cotidiano dos serviços, com foco na educação interprofissional e integralidade do cuidado. Experiências colaborativas e territorializadas, como a descrita, são essenciais para qualificar práticas sensíveis às singularidades locais.
EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO POTÊNCIA TRANSFORMADORA: A CONSTRUÇÃO DE UMA CARTILHA COMO FERRAMENTA PARA QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA
Comunicação Oral Curta
Silva, R.K.A1, Torres, O. M2, Silva, L. R1, Brito, M. S1, Oriênte, T. C1, Pereira, V. C. S1, Cerqueira, A. C. G3, Reis, S. B1
1 Escola de Governo Fiocruz - Brasília
2 Universidade de Brasília
3 Univassouras- Saquarema
Período de Realização
De outubro/2024 a maio/2025, na Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Fiocruz Brasília.
Objeto da experiência
Fortalecimento do cuidado pela educação permanente, produzindo a construção de uma cartilha para apoiar condutas e qualificar o atendimento na UBS.
Objetivos
Relatar experiência de construção coletiva de uma cartilha como produto da educação permanente na UBS, visando organizar os saberes, fortalecer as condutas, qualificar os atendimentos e potencializar o cuidado seguro, resolutivo e alinhado às diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida por residentes da Residência Multiprofissional em AB – Fiocruz Brasília, a partir dos encontros de educação permanente na UBS. A escuta das demandas da equipe impulsionou a construção de uma cartilha com temas emergentes no território, como imunização, educação antirracista, direitos das gestantes, PICS, exercícios para fortalecer o assoalho pélvico, entre outros. A ferramenta qualificou condutas e tornou os atendimentos mais assertivos, seguros e resolutivos.
Resultados
A cartilha se consolidou como instrumento de apoio diário aos profissionais, fortalecendo condutas seguras e alinhadas às diretrizes. Houve melhoria na resolutividade, redução de erros, maior segurança nas orientações e mais efetividade no cuidado. Profissionais relatam sentir-se mais seguros, autônomos e preparados, resultando em atendimentos ágeis, humanizados e com mais qualidade. Para o PRMAB/Fiocruz a experiência possibilitou aprendizado prático e devolutiva à UBS das ações desenvolvidas.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a educação permanente, quando construída coletivamente e vinculada às demandas reais da equipe, é uma potente estratégia de transformação do processo de trabalho. A sistematização dos saberes fortalece a autonomia dos profissionais, qualifica o cuidado e rompe com práticas desatualizadas, fragmentadas ou inseguras. O protagonismo coletivo se mostrou essencial para sustentar melhorias duradouras. Ao PRMAB ganhos são evidenciados pelo desenvolvimento positivo da ação.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a educação permanente, aliada à construção de ferramentas como a cartilha, é essencial para qualificar o cuidado na APS. É fundamental estimular espaços de aprendizado coletivo, fortalecer a troca de saberes e investir na produção de materiais construídos coletivamente e que apoiem as práticas. Assim, promove-se um cuidado mais seguro, resolutivo, eficiente e alinhado aos princípios da PNAB do SUS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE E ENVELHECIMENTO ATIVO: OFICINAS DO UNAPI/UNEAL COMO PROMOTORA DE SAÚDE E DIREITOS PARA IDOSOS
Comunicação Oral Curta
Peixoto, A.L.V.A.1, Lima, I.L.F.1, Santos, M.C.S.1
1 UNEAL
Período de Realização
março a dezembro de 2024
Objeto da experiência
A segunda edição da UNAPI/UNEAL, ação de educação permanente, com foco em direitos humanos, saúde, qualidade de vida e letramento digital.
Objetivos
Descrever a experiência da UNAPI que visa promover saúde, bem-estar e qualidade de vida em idosos via educação em saúde, com foco no acesso à informação e direitos, saúde integral e valorização de práticas intergeracionais no envelhecimento ativo, autonomia e participação social dos idosos.
Descrição da experiência
De março a dezembro de 2024, 10 oficinas vivenciais com 56 idosos, utilizando metodologias ativas e tecnologias educacionais. A iniciativa visou capacitar idosos para acessar informações e direitos, promovendo saúde integral e práticas integrativas e direitos para um envelhecimento saudável. A interação entre participantes e equipe multidisciplinar fomentou aprendizado colaborativo, valorizando saberes e experiências dos idosos.
Resultados
As oficinas resultaram em melhoria no letramento digital dos idosos, capacitando-os para acessar informações e conexão social. Houve aumento na participação em atividades de promoção da saúde integral, com relatos de maior bem-estar e redução do isolamento. A valorização das práticas integrativas e complementares contribuiu para a adoção de hábitos saudáveis. A experiência demonstrou o potencial da extensão universitária em promover equidade e o direito à saúde para a população idosa.
Aprendizado e análise crítica
A experiência UNAPI/UNEAL reforça a educação permanente em saúde como estratégia para qualificar o cuidado no SUS, especialmente para idosos. A análise crítica aponta que educação profissional, formação e projetos de extensão são essenciais para promover saúde e cidadania, dialogando com políticas públicas e saberes populares. O letramento digital demonstrou ser ferramenta poderosa para inclusão e empoderamento dos idosos, construindo um cuidado mais democrático e inclusivo.
Conclusões e/ou Recomendações
A presente experiência de educação em saúde, está focada no envelhecimento ativo e digno. Recomenda-se a expansão desta iniciativa, com abordagens multidisciplinares e interprofissionais, para atender à crescente demanda da população idosa visando a existência de ações de extensão universitária que promovam acesso à informação, letramento digital e cuidado integral, garantindo equidade e direitos humanos para os idosos no SUS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE E PERCEPÇÃO PROFISSIONAL: SABERES SOBRE IRAS ENTRE TRABALHADORES DA SAÚDE DE UM HOSPITAL INFANTIL DE BELO HORIZONTE - MG
Comunicação Oral Curta
Oliveira, S. B.1, SILVA, A. T.1, SILVEIRA, R. B. R.1, SILVA, E. L. M.1, JORGE, L. N.1, MICHEL, F. G.1, COSTA, T. N. M.1, CASTRO, T. E. D.1, CASTRO, T. R. L.1
1 PUC Minas
Apresentação/Introdução
A qualificação dos profissionais de saúde é um elemento central na prevenção das IRAS. Além da oferta de insumos e protocolos, é necessário investir em processos formativos que promovam conhecimento crítico, reflexão sobre práticas cotidianas e corresponsabilidade no cuidado em saúde.
Objetivos
Avaliar o conhecimento de profissionais da saúde de um hospital infantil público sobre IRAS e analisar aspectos relacionados à infraestrutura, práticas comportamentais e ações educativas vinculadas à prevenção e controle dessas infecções.
Metodologia
Trata-se de estudo descritivo e transversal, com aplicação de questionário previamente validado a 46 profissionais da saúde do Hospital Infantil Padre Anchieta (HIPA), interior paulista. O instrumento baseou-se em escala de Likert com respostas variando de “discordo totalmente” a “concordo totalmente” e “não se aplica”. Foram abordadas categorias como higiene, infraestrutura, comportamento e conhecimento geral sobre IRAS. Os dados foram organizados e analisados por estatística descritiva. A pesquisa integra uma proposta de educação permanente em saúde, visando subsidiar estratégias pedagógicas voltadas à melhoria contínua da prática profissional no hospital.
Resultados
A maioria dos participantes era do sexo feminino (93,5%), entre 18–27 anos (39,1%), técnicos em enfermagem (28,3%), com até 5 anos de atuação (40%). A maioria afirmou lavar as mãos (82,6%) e usar álcool entre atendimentos (67,4%). Também relataram fornecimento adequado de insumos e fiscalização sobre práticas assépticas. No entanto, apenas 32% responderam corretamente o conceito de IRAS e as medidas principais de prevenção. Comportamentos inadequados, como uso indevido de EPIs fora do ambiente de trabalho, também foram identificados. Treinamentos do SCIH tiveram participação limitada (41,3%).
Conclusões/Considerações
Embora as práticas básicas de prevenção sejam reconhecidas, persistem lacunas conceituais e comportamentais. A ampliação das ações de educação permanente, com enfoque teórico-reflexivo e interativo, é essencial para qualificar o cuidado e consolidar uma cultura de segurança. O estudo destaca a importância de integrar os profissionais em processos contínuos de formação no contexto hospitalar.
EDUCAÇÃO PERMANENTE E QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UM RELATO SOBRE O PLANIFICA MARANHÃO
Comunicação Oral Curta
MACHADO, T. M. G.1, TONELLO, A. S.1, SANTOS, L. S. S2, BOGÉA, R. L. N.1, TORRES, I. L3, OLVEIRA, P. H. Q.1, COSTA, S. F.4, SILVA, G. M.5
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
2 IDEA ESCOLA DE MEDICINA
3 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO MARANHÃO
4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Período de Realização
A experiência teve início em março de 2024 e encontra-se em andamento.
Objeto da experiência
Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da educação permanente.
Objetivos
Descrever a experiência de expansão da metodologia da Planificação da Atenção à Saúde no Maranhão como estratégia de qualificação contínua dos profissionais da APS, por meio da educação permanente, visando aumentar a resolutividade dos serviços, reorganizar o acesso e consolidar os atributos da APS
Descrição da experiência
Desde 2019, 61 municípios do Maranhão adotam a Planificação da Atenção à Saúde. Em 2024, a estratégia foi expandida para todo o estado. Com formação em cadeia, tutores estaduais conduzem oficinas e apoiam a implementação dos ciclos de melhoria contínua. Três etapas foram desenvolvidas: diretrizes metodológicas; território e gestão populacional; e acesso na APS, com análise de oferta, demanda, fluxos, gargalos e organização da agenda por blocos de horas
Resultados
A experiência tem promovido o fortalecimento da gestão local, maior integração entre profissionais e reorganização progressiva da APS. Observa-se maior clareza sobre os processos de trabalho, ampliação da escuta das equipes, identificação de gargalos e reformulação dos fluxos assistenciais. A construção coletiva dos planos de ação tem contribuído para a organização da agenda, melhoria do acesso e fortalecimento dos atributos da APS, ainda que em processo de consolidação.
Aprendizado e análise crítica
A prática demonstrou que a educação permanente, ancorada na metodologia da planificação, é potente ferramenta de mudança institucional. A formação em cadeia permite capilarização do conhecimento técnico, resgate do vínculo entre equipes e territórios, e valorização dos saberes locais. O desafio está em manter o engajamento das equipes, garantir estrutura adequada e consolidar a cultura avaliativa em todos os níveis da gestão.
Conclusões e/ou Recomendações
A expansão da Planificação da Atenção à Saúde no Maranhão, fundamentada na educação permanente, mostra-se uma estratégia promissora para qualificar a APS. Recomenda-se continuidade do apoio institucional, valorização da tutoria regional e adoção permanente de práticas formativas que articulem teoria e prática com foco no território, na integralidade e na resolutividade do cuidado.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO PRÁTICA TRANSFORMADORA: A ATUAÇÃO DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE FORTALEZA NA QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO E DO CUIDADO NO SUS
Comunicação Oral Curta
Amarante, L.F.1, Ferreira, C.B.1, Pinto, H.A.1, Saldanha, K. de G.H.1, Guimaraes, E.P.A.1, Sampaio, J.A1, Barreto, G.A.N.1, Arruda, R. de S.L1, Albuquerque, K.M.1, Lima, D.L.F.L1
1 Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza - Escola da Saúde Pública de Fortaleza (ESPFOR)
Período de Realização
A intervenção iniciou em abril/2025,com ações contínuas de formação e avaliação participativa.
Objeto da experiência
Intervenção com foco na Educação Permanente em Saúde (EPS) com técnicos regionais,profissionais de saúde e gestores, no município de Fortaleza, Ceará.
Objetivos
Fortalecer a compreensão da EPS como estratégia de qualificação do cuidado e do trabalho em saúde;articular e construir coletivamente práticas formativas contextualizadas;superar a visão da EPS como ação pontual/burocrática e estimular a reflexão crítica sobre os processos de trabalho.
Metodologia
A experiência estruturou-se em três etapas articuladas: oficinas com técnicos regionais para identificar desafios e potencialidades da EPS como ferramenta de análise crítica do trabalho; rodas ampliadas com profissionais de saúde da APS, destacando a EPS como prática de reflexão sobre o cotidiano; e imersão com gestores de unidades, sensibilizando-os quanto ao potencial transformador da EPS nas práticas dos serviços de saúde.
Resultados
A experiência fortaleceu a compreensão da EPS como prática transformadora e não meramente formativa e pontual. Técnicos e gestores externaram que passaram a reconhecer seu papel estratégico nos processos de qualificação do cuidado, estimulando ações articuladas aos desafios do território. O diálogo interinstitucional e a vivência coletiva impulsionaram a criação de espaços permanentes de problematização e reflexão crítica nos serviços de saúde.
Análise Crítica
A intervenção evidenciou que o maior desafio da EPS está na superação da visão burocrática e fragmentada. É fundamental promover espaços vivos de experimentação vinculados ao trabalho cotidiano, valorizando a reflexão crítica coletiva. O diálogo contínuo com técnicos, profissionais e gestores revelou resistências culturais, mas também potencialidades para transformar práticas, ressaltando a importância da mediação entre teoria e prática para efetivar mudanças concretas no cuidado em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reafirma o potencial da Escola de Saúde Pública de Fortaleza como articuladora estratégica da EPS no município. Ao promover espaços de diálogo, escuta e construção coletiva, a instituição fortalece vínculos entre gestão, comunidade, trabalhadores e instituições de ensino, impulsionando mudanças concretas nos processos de trabalho e reafirmando seu papel na formação crítica e emancipadora em saúde.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE – UMA EXPERIÊNCIA PARA O APRIMORAMENTO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO NORDESTE DE MINAS GERAIS
Comunicação Oral Curta
Pinheiro, L. O.1, Corrêa, L. R. S.1, Araújo e Silva, A. C.2, Braga, L. G. G. C.1, Lemos, L. A.1, Bonfim, M. A.1, Pinheiro, N. R.1, Brito, P. L.1, Santos, I. N. C.1, Dias, J. V. L.1
1 CTCM/UFVJM
2 UFES
Período de Realização
As experiências relatadas abrangem o período de março de 2023 a maio de 2024.
Objeto da experiência
A educação permanente em saúde como meio de transformação da prática profissional na vigilância em saúde de municípios do Nordeste de Minas Gerais.
Objetivos
Descrever a experiência do Comitê Técnico, Científico e Multidisciplinar (CTCM) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) na mediação de processos de Educação Permanente em Saúde entre profissionais das Vigilâncias em Saúde municipais do Nordeste de Minas Gerais.
Descrição da experiência
O trabalho consistiu de uma fase preparatória, em que os municípios foram visitados para diálogo com as equipes de Vigilância em Saúde e levantamento de situações-problema identificadas no trabalho. Na segunda fase, as principais situações-problema foram adotadas como temas para realização de quatro encontros de integração entre as equipes municipais e referências estaduais e nacionais. Paralelamente, novas rodadas de visitas aos municípios foram empreendidas para rediscussão dos temas.
Resultados
As seguintes situações-problema foram identificadas e orientaram os eixos temáticos dos encontros de integração: Fluxos e protocolos, Indicadores em Saúde e Gestão do Território, Vigilância da Qualidade da Água, Experiências Inspiradoras. Participaram dos processos 355 profissionais de saúde, de 46 municípios da Macrorregião Nordeste de Minas Gerais. No município polo foram sistematizados e atualizados todos os fluxos da vigilância como resultado do processo de educação permanente em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência possibilitou a escuta e a integração dos profissionais municipais, com compartilhamento de experiências como forma de crítica e consequente reorganização dos fluxos e processos. Além disso, oportunizou a reativação das salas de situação regionais, a sistematização das informações em saúde para auxílio na tomada de decisão nos colegiados de gestão e controle social, fortalecendo a ação pública no território e o papel mediador da Universidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A educação permanente em saúde foi uma estratégia importante na transformação das práticas profissionais de vigilância em saúde no Nordeste de Minas Gerais, por meio de processo reflexão-ação. Neste sentido, a atuação dialógica da Universidade como mediadora e facilitadora de processos de ação pública intersetorial contribuiu para a coesão entre os entes da rede regional de vigilância no Sistema Único de Saúde.