
Programa - Comunicação Oral Curta - COC5.13 - Educação permanente e em saude na APS
01 DE DEZEMBRO | SEGUNDA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
A EXPERIÊNCIA DO PRIMEIRO CICLO DO GRUPO DE APOIO AO AUTOCUIDADO (GAC) EM JANAÚBA - MG
Comunicação Oral Curta
1 CUIDA Chagas, INI, Fiocruz
2 APS, SMS, Prefeitura Municipal de Janaúba
Período de Realização
Período de Maio/2024 a Março/2025.
Objeto da experiência
Ciclo piloto do Grupo de Apoio ao Autocuidado (GAC) para pessoas acometidas pela doença de Chagas (DC) na Atenção Primária a Saúde (APS) de Janaúba-MG
Objetivos
Implantar um ciclo piloto da metodologia de GAC no contexto do estudo de implementação do projeto CUIDA Chagas.
Promover um ambiente seguro para a troca de conhecimentos e experiências sobre a DC.
Desenvolver estratégias coletivas de autocuidado, autonomia, empoderamento e exercício de direitos.
Descrição da experiência
O GAC foi coordenado por 5 facilitadores (profissionais da APS e pesquisadores do estudo) que desenvolveram um encontro mensal, totalizando 10 reuniões com temas-chave predefinidos, entre manejo clínico e socioemocionais. As atividades de educação em saúde e escuta ativa incluíram dinâmicas participativas, atividades ao ar livre, práticas integrativas e momentos de confraternização. Outros profissionais de saúde (médicos, educador físico, nutricionista, assistente social) também contribuíram.
Resultados
Ao longo do ciclo, o GAC consolidou-se em um grupo de 8-10 participantes, principalmente mulheres acometidas pela DC. O engajamento dos facilitadores permitiu a continuidade da metodologia e fortaleceu a motivação das participantes. Os objetivos foram atingidos sendo elementos chaves: manutenção de canais de comunicação eficazes, boa interação nos encontros, foco no desenvolvimento de habilidades e no fortalecimento das relações. Os desafios foram manter aderência e ampliar o grupo.
Aprendizado e análise crítica
Para os facilitadores o GAC promoveu o olhar humanizado e empático em relação às pessoas acometidas por DC, exercitou o trabalho em equipe e capacitou em dinâmicas participativas e colaborativas. Para as participantes, cada encontro levou conhecimento e fortalecimento das suas capacidades, possibilidades e autonomia para o exercício dos seus direitos. A criação de laços entre elas fortaleceu sua autoestima e capacidade de ação coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou a potência dos GAC na promoção do bem-estar das pessoas acometidas por DC. O espaço de ensino-aprendizado entre profissionais de saúde e usuários superou expectativas quando proporcionou acolhimento, segurança e autoconfiança às participantes frente a situações de estigma, desconhecimento e sentimento de solidão. Ainda é um desafio desenvolver estratégias para dar sustentabilidade e ampliar o alcance desta metodologia.
AÇÕES EXTRAMUROS DE MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA APROXIMAR A TESTAGEM RÁPIDA DA DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA AO PÚBLICO INFANTOJUVENIL
Comunicação Oral Curta
1 CUIDA Chagas, INI, Fiocruz
2 UFBA e CUIDA Chagas, INI, Fiocruz
Apresentação/Introdução
O projeto CUIDA Chagas busca contribuir na eliminação da transmissão vertical da doença de Chagas (DC) através de uma estratégia inovadora de testar-tratar-cuidar, atuando nos serviços de atenção primária à saúde (APS), com foco em mulheres de 10 a 49 anos. A participação de meninas (10-18 anos) é um desafio, sendo usadas estratégias educativas e de mobilização para alcançá-las.
Objetivos
Implementar ações de mobilização comunitária e educação em saúde sobre DC orientadas ao público infantojuvenil.
Analisar as ações implementadas, identificando oportunidades e desafios para avançar em ações específicas de testagem rápida para DC.
Metodologia
Pesquisa de implementação realizada em 5 municípios do Brasil, em parceria com gestores e profissionais da APS, articulando pesquisa aplicada e práticas no território. A partir de março 2024, foram realizadas ações extramuros em espaços educativos e comunitários, voltadas para meninas de 10-18 anos, com base na intersetorialidade entre educação e saúde. Avaliaram-se aspectos qualitativos e quantitativos para identificar oportunidades e desafios na ampliação da testagem rápida deste grupo etário.
Resultados
Foram realizadas mais de 100 ações de educação e mobilização em saúde em espaços educativos, assistenciais e culturais, especialmente no contexto do Dia Mundial da Doença de Chagas, envolvendo cerca de 15 mil participantes. As atividades lúdicas e interativas promoveram bom engajamento do público infantil e adolescente. No entanto, apesar da testagem aumentar nesses períodos, seguiu baixa na faixa de 10 a 18 anos. As barreiras para testagem incluíram baixa adesão desse público aos serviços da APS; desafios logísticos na testagem externa e baixa mobilização do responsável legal para autorizar a participação no estudo
Conclusões/Considerações
As ações de educação e mobilização implementadas evidenciaram o seu potencial para informar sobre a DC e sensibilizar crianças e adolescentes. No entanto, o baixo número de testagem indica que a estratégia foi limitada para mobilizar este público a buscar as Unidades de Saúde para realização do teste rápido. Os resultados apontam a necessidade de aprimorar soluções e alternativas para superar as barreiras identificadas.
BINGO DA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A POPULAÇÃO IDOSA
Comunicação Oral Curta
1 Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)
2 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Período de Realização
A experiência aconteceu em Abril de 2025.
Objeto da experiência
Usuários de uma Central de Recepção de Idosos no município do Rio de Janeiro
Objetivos
Realizar atividades de promoção à saúde aos usuários, considerando o cuidado integral à pessoa idosa, indo além dos cuidados biomédicos.
Metodologia
A atividade educativa foi realizada por residentes multiprofissionais e a equipe de uma Clínica da Família em uma Central de Recepção de Idosos. Foi desenvolvido um “Bingo da Saúde” em que cada cartela apresentava oito imagens numeradas que representavam diferentes aspectos da saúde. Foi realizado o sorteio dos números e a cada rodada os residentes mostravam a imagem correspondente à numeração. Após essa apresentação, foi realizada uma breve explicação sobre o cuidado em saúde.
Resultados
A dinâmica favoreceu a troca de conhecimentos e o vínculo dos usuários com os profissionais. Proporcionou aos residentes a ampliação do olhar para as necessidades de saúde dessa população. Utilizou linguagem acessível para garantir compreensão e validar informações, como no diálogo a partir da imagem do Cartão Bolsa Família, que gerou debate sobre o programa e sua importância no acesso a direitos sociais, somando a orientação acerca da necessidade de verificar sua elegibilidade para o programa.
Análise Crítica
Essa atividade proporcionou a reflexão da necessidade de desenvolver espaços mais acolhedores, que transcendem as limitações físicas dos dispositivos de saúde. O desenvolvimento do “Bingo da Saúde” e de outras atividades extramuros, reforçam a importância de ampliar o olhar sobre o cuidado, desenvolvido sob aspectos lúdicos e sociais que, geralmente, são negligenciados na rotina do serviço. Essa vivência estimula o pertencimento e a dignidade no processo de envelhecimento.
Conclusões e/ou Recomendações
O "Bingo da Saúde” promoveu a articulação intersetorial entre a Atenção Primária à Saúde e instituições que acolhem idosos, favorecendo a ampliação do cuidado direcionado à essa população mais vulnerável. As atividades de promoção à saúde têm como potência gerar autonomia para os usuários, além de fortalecer o vínculo e oportunizar o cuidado no território, além dos muros da clínica.
CARTILHA PARA GUARDA SEGURA DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS QUÍMICOS - MATERIAL EDUCATIVO PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Comunicação Oral Curta
1 UFRN
2 SESAP
Período de Realização
23 de Setembro de 2024 a 24 de janeiro de 2025.
Objeto da experiência
Relatar a construção da cartilha para os Agentes Comunitários de Saúde - fruto da intervenção do estágio obrigatório dos discentes.
Objetivos
Descrever a importância da Cartilha para Guarda Segura de Medicamentos e Produtos Químicos.
Metodologia
Trata-se da elaboração de uma cartilha, produto da intervenção do estágio obrigatório da graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte na Secretaria Estadual de Saúde do RN. A intervenção proposta, focada na guarda segura de medicamentos e produtos químicos, surgiu como uma resposta à significativa importância dos riscos da intoxicação exógena. O material educativo foi apresentado no evento em comemoração dos 40 anos do CIATOX.
Resultados
A cartilha aborda os acidentes mais comuns com crianças; informa sobre os fatores de risco, principalmente no ambiente doméstico; contém dicas para o armazenamento seguro de medicamentos e produtos químicos; trata dos sinais de intoxicação e orientações em caso de acidentes; e sobre a prevenção e orientação para a comunidade durante as visitas domiciliares e atividades educativas na UBS e no território.
Análise Crítica
Adotou-se o método do Arco de Maguerez: partindo da observação do campo de estágio, buscou-se identificar propostas de intervenções para a realidade vivenciada no serviço. A partir da aplicação do método, estruturou-se a iniciativa de construir uma cartilha para os agentes comunitários de saúde, o que representa um passo importante na conscientização e educação das famílias sobre os perigos dos agentes tóxicos no ambiente domiciliar.
Conclusões e/ou Recomendações
Com a implementação dessa intervenção, espera-se uma redução significativa no número de intoxicações acidentais envolvendo crianças, podendo impactar em uma diminuição dos atendimentos de emergência nos serviços de saúde relacionados à intoxicação por medicamentos e produtos químicos e também na adoção de práticas mais seguras no armazenamento.
CINESUS: ARTE COMO EDUCAÇÃO PERMANENTE EM COMEMORAÇÃO AOS 35 ANOS DO SUS
Comunicação Oral Curta
1 Prefeitura Municipal de Sorocaba
Período de Realização
Outubro de 2023, na semana de comemoração dos 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Objeto da experiência
Uso de documentário sobre o SUS como recurso educativo para reflexão crítica com trabalhadores, residentes e estudantes de graduação.
Objetivos
Relatar a experiência de uso da arte, por meio da exibição de documentário sobre a história do SUS, fomentando a reflexão crítica sobre a história, os princípios e os desafios do SUS; promover a integração entre trabalhadores, residentes e estudantes, fortalecendo o compromisso coletivo com o SUS.
Descrição da experiência
Em comemoração aos 35 anos do SUS, foi exibido um documentário, seguido de roda de conversa para promover a reflexão crítica sobre o surgimento do SUS, seus princípios e desafios. Participaram servidores públicos, residentes e estudantes. Pensando no contexto da complexidade humana, o cuidado pela arte destaca-se como prática transdisciplinar, associando saberes, incentivando a construção coletiva do conhecimento e a troca de saberes entre os participantes, a partir de suas próprias vivências.
Resultados
O espaço proporcionou diálogo interprofissional e intergeracional, fortalecendo vínculos e reflexão crítica, promoveu compreensão sobre o SUS e seu papel como agentes na sua defesa e fortalecimento, sendo a arte uma ferramenta para a educação permanente, fomentando a reflexão sobre a prática diária e fortalecendo o compromisso com a democracia e a equidade no acesso à saúde. A atividade promoveu pertencimento, integração da equipe e valorização do trabalho coletivo na APS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que práticas como essa ampliam o entendimento sobre o SUS e fortalecem a educação permanente na APS. Ao inserir a arte como uma abordagem, revela-se uma estratégia inovadora e eficaz para compreender as complexidades do trabalho em saúde. O processo contribuiu para o empoderamento das equipes e o reconhecimento da importância da saúde coletiva na construção de uma sociedade mais democrática e equitativa.
Conclusões e/ou Recomendações
A atividade demonstrou que o uso da arte enquanto educação permanente fortalece processos formativos, promove integração das equipes e reforça o compromisso com o SUS. A sua adoção como estratégia contínua na APS, pode potenciar o desenvolvimento crítico, o trabalho colaborativo e a defesa do sistema público de saúde.
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS SOBRE ATIVIDADE EDUCATIVA EM GRUPO COM PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS.
Comunicação Oral Curta
1 USP
2 Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
Período de Realização
Os grupos de educação em saúde ocorreram entre Out/2024 e Jun/2025.
Objeto da experiência
Aprendizagens a partir de grupos educativos com pessoas portadoras de hipertensão e diabetes no contexto de uma Unidade Básica de Saúde tradicional (UBSt).
Objetivos
Relatar aprendizagens a partir da condução de grupos com pessoas portadoras de hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) que estavam em atraso no seguimento a mais de seis meses.
Metodologia
Grupos realizados em uma UBSt que abrange população de 17 mil habitantes do município de Ribeirão Preto. Estão cadastradas na UBSt, respectivamente, 1.121 pessoas portadoras de DM e 2.271 de HA, sendo 585 DM e 1.322 HA sem atendimento há seis meses ou mais. Foram realizados 15 grupos, com 77 pessoas no total, 24 homens (31%) e 53 mulheres (69%). Os encontros abordaram temas de interesse dos participantes e que favorecessem o manejo de suas patologias e melhora da sua qualidade de vida.
Resultados
Com os participantes, compreendemos como as diferentes realidades dificultam a adoção de hábitos saudáveis, especialmente, o uso de álcool, o alto consumo de ultraprocessados, sedentarismo e manejo inadequado de estresse. Com a condução dos grupos aprendemos sobre a adequação da duração do encontro à disponibilidade dos participantes, lidar com a resistência às atividades coletivas, uso de métodos lúdicos, cartazes e jogos interativos para explicar sobre as suas patologias e tratamentos.
Análise Crítica
Apesar dos usuários possuírem conhecimentos sobre suas patologias, não conseguem aplicá-los no cotidiano, devido à falta de apoio familiar, tipo e horário de trabalho e resistência em aceitar o diagnóstico. A má alimentação associada ao estresse dificulta o autocuidado, gerando agravos na saúde. A realização dos encontros grupais proporcionou a identificação entre os participantes, o sentimento de pertencimento e apoio mútuo, aspectos importantes para a sensibilização à mudança de comportamento.
Conclusões e/ou Recomendações
Os grupos configuram-se como uma ferramenta essencial para o apoio às pessoas portadoras de DM e HA, bem como um espaço de aprendizagens para usuários e trabalhadores de saúde. Os resultados expressam a necessidade da escuta ativa e singularização do cuidado à realidade do usuário. A necessidade de repensar a oferta de atividades coletivas em UBSt e estratégias de sensibilização do acompanhamento longitudinal.
CRIAÇÃO DE PORTAS PARA O CUIDADO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO DE ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL PARA ADOLESCENTES
Comunicação Oral Curta
1 Escola de Saúde Pública de São José dos Pinhais
Período de Realização
Meses de Abril e Maio de 2023
Objeto da experiência
Grupo multiprofissional de apoio à saúde do adolescente, elaborado por residentes em Saúde da Família do município de São José dos Pinhais-PR.
Objetivos
Relatar a experiência de residentes em um grupo de apoio a adolescentes adscritos na região da UBS Guatupê no município de São José dos Pinhais-PR, buscando fortalecer o vínculo entre os jovens e profissionais da unidade de saúde de referência e orientar sobre questões de saúde de forma integral.
Descrição da experiência
Ocorreram sete encontros semanais coordenados pelos residentes, sendo dois psicólogos e uma dentista. Após acordadas regras de convivência entre todos os participantes, foram realizadas dinâmicas para integração e interação entre os atores, como atividades quebra-gelo, reflexão, conhecimento do território, resolução de conflitos e também atividades ao ar livre.
Resultados
Ao longo dos encontros, as atividades permitiram que adolescentes expressassem angústias anonimamente, promovendo reflexões, desabafo e ajuda mútua. Desenhos e pintura estimularam críticas, elogios e percepções sobre sentimentos e saúde mental. O conhecimento do território fortaleceu a identificação dos jovens com seu espaço. A atividade física foi repetida a pedido deles. Ao final, mostraram satisfação e desejo de continuidade.
Aprendizado e análise crítica
As ações coletivas proporcionam um local de escuta e identificação e possibilitam o desenvolvimento da autonomia e do cuidado em saúde. Foi trabalhada a autopercepção em saúde bucal, desassociando a figura do cirurgião-dentista como profissional atuante somente em consultório. O grupo evidenciou a importância dos residentes nos ambientes de saúde, especialmente em equipes multiprofissionais, como agentes promotores e estimuladores, proporcionando um ambiente de estudo situacional e reflexão.
Conclusões e/ou Recomendações
A busca por identificação e pertencimento é inerente à adolescência, e as atividades fortaleceram vínculos entre os jovens e a equipe multiprofissional de sua unidade de saúde de referência. Destaca-se a interprofissionalidade como ferramenta de cuidado em saúde. Além disso, evidenciou-se a importância de ações direcionadas à faixa etária para a promoção da saúde integral e coletiva nesse ciclo de vida.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PERIFERIA: OFICINA SOBRE O PROCESSO VACINAL COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UNIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM NATAL/RN.
Comunicação Oral Curta
1 UFRN
Período de Realização
A oficina sobre o processo vacinal com os ACS, em Natal/RN, aconteceu em novembro de 2023.
Objeto da experiência
A educação permanente deu-se com base no calendário vacinal, obtendo como objeto os Agentes Comunitários em Saúde e material visual.
Objetivos
A realização do curso teve como objetivo a disseminação da compreensão da importância vacinal, em diferentes faixas etárias, e o papel do agente comunitário na identificação e busca ativa dos moradores que estiverem em atraso vacinal.
Descrição da experiência
A USF, no bairro de Parque dos Coqueiros, na periferia da cidade do Natal, possui o maior quantitativo de profissionais de agentes comunitários, os quais possuem papel essencial, sobretudo, ao serem facilitadores do elo entre comunidade e equipe de saúde. Assim, a oficina do processo vacinal, em 2023, entregou cartões didáticos com o calendário vacinal de crianças, adolescentes, adultos e idosos, e gestantes, destacando a idade e a quantidade de doses a serem administradas por imunizantes.
Resultados
Durante a explanação do processo vacinal, o material físico foi entregue a 11 ACS e 2 enfermeiras, nos dias seguintes foi distribuído aos demais agentes e enfermeiros da unidade. Desse modo, com a intenção de gerar aumento do público imunizado, a longo prazo, o instrumento facilitou a verificação dos cartões de vacina durante as visitas domiciliares. Assim, espera-se uma cascata do conhecimento: médico e enfermeiro > agente comunitário e técnico de enfermagem > população > aumento da vacinação.
Aprendizado e análise crítica
Evidentemente, a experiência em educação continuada enfatizou o poder da capacitação descentralizada, com foco na realização da prática dentro do território de atuação, potencializando o aprendizado, além de apontar a vulnerabilidade social como centro de importantes ações de educação em saúde. Diante disso, o ACS é visto como multiplicador da saúde, por outro lado, o estudo limita-se à realização da oficina, não menciona os impactos diretos na vacinação e mudanças assistencialistas dos ACS.
Conclusões e/ou Recomendações
A intervenção evidenciou a educação permanente como ferramenta de fortalecimento entre equipe de saúde e a comunidade. Contudo, a ausência de indicadores que meçam os impactos diretos da capacitação, aponta a necessidade de instrumentos que permitam avaliar os efeitos desse projeto. Além disso, urge que iniciativas como essa sejam institucionalizadas, com cronogramas regulares, envolvimento multiprofissional e foco em resultados mensuráveis.
ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE: IMPACTO EM UM GRUPO DE ATIVIDADE FUNCIONAL E COGNITIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Comunicação Oral Curta
1 UFVJM
2 PUC MG
Apresentação/Introdução
Na atenção básica, grupos de atividades têm se mostrado estratégias eficazes na promoção da saúde e prevenção de declínio cognitivo, especialmente entre pessoas idosas ou em condições crônicas. A inserção de elementos da espiritualidade e religiosidade (E/R) nessas ações pode potencializar os efeitos, promovendo maior engajamento, senso de pertencimento e fortalecimento das redes de apoio social.
Objetivos
Avaliar a percepção sobre a E/R e seu impacto em participantes de um grupo de atividade funcional e cognitiva em uma unidade de saúde na cidade de Diamantina em Minas Gerais.
Metodologia
Optou-se por uma abordagem quantitativa, com a participação de 55 indivíduos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 56141216.2.0000.5108). As características sociodemográficas foram coletadas por meio de um questionário específico. O nível de espiritualidade foi avaliado pela Escala de Auto avaliação da Espiritualidade, enquanto a religiosidade foi mensurada pelo Índice de Religiosidade de Duke (DUREL). A análise estatística foi realizada com o pacote SPSS, utilizando-se frequência absoluta e percentual para descrever os dados.
Resultados
Em relação ao gênero 78% são do sexo feminino. Quanto a religião: 59,2% são Católicos, 33,5% Evangélicos, 5,5% Espiritas e 1,8% Matriz Africana. Quanto a Espiritualidade: 48% afirmaram que ela tem influencia positiva na participação no grupo; 54% afirmaram que sua fé orienta toda à sua maneira de viver; e 65% relataram que a espiritualidade os ajuda a manter o equilíbrio da vida. Quanto à religiosidade, 65% disseram sentir a presença de Deus como uma verdade total e 45% afirmaram que sua crença religiosa orienta toda à sua maneira de viver. A percepção do impacto da espiritualidade e religiosidade (E/R) como motivação para participar do grupo esteve presente em 80% dos entrevistados.
Conclusões/Considerações
Os dados indicam que a percepção da E/R pode influenciar significativamente o engajamento dos participantes no grupo e que quanto mais idoso o paciente for, maior a percepção do impacto da E/R. Esses resultados evidenciam a importância da aquisição de conhecimento sobre esse tema pelos profissionais de saúde envolvidos nas atividades desenvolvidas em grupo na Atenção Primária.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA INFÂNCIA: EXPERIÊNCIA INTERSETORIAL COM CRIANÇAS E RESPONSÁVEIS NOS CONTEXTOS PRÉ-ESCOLAR E DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Comunicação Oral Curta
1 Centro Universitário de Excelência (Unex)
Período de Realização
Primeira quinzena de Maio de 2025
Objeto da experiência
Planejamento e execução de atividades de educação e promoção de saúde com crianças de 2 a 5 anos e responsáveis, no contexto pré-escolar e da APS.
Objetivos
Realizar ações educativas e de promoção de saúde com crianças de 2 a 5 anos e responsáveis, abordando temáticas como prevenção de acidentes e de abusos sexuais, higiene pessoal, alimentação saudável e imunização, contribuindo para o fortalecimento do vínculo entre escola, família e serviço de saúde.
Descrição da experiência
As ações foram planejadas e realizadas coletivamente por estudantes do componente Medicina de Família e Comunidade do Centro Universitário de Excelência (Unex), Equipe de Saúde da Família Corredor dos Araçás e Coordenação do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) José Falcão, em Feira de Santana, Bahia. Foram desenvolvidas estações temáticas com atividades lúdicas, contação de histórias e dramatizações com as crianças, além de rodas de conversa e checagem de cadernetas com os responsáveis.
Resultados
As atividades envolveram 78 estudantes do CMEI e 21 responsáveis. As crianças demonstraram muito interesse e curiosidade nas encenações e histórias e participaram ativamente das brincadeiras, enquanto os responsáveis apresentaram postura participativa e reflexiva nas rodas de conversa. Foram identificadas lacunas vacinais e um grande interesse pelo serviço de saúde bucal da unidade, que era desconhecido por parte da comunidade, permitindo orientações e encaminhamentos pela equipe de saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a relevância das práticas intersetoriais na Atenção Primária, destacando a articulação entre saúde e educação como um potente recurso para o desenvolvimento do cuidado mais integral. A adaptação da linguagem acadêmica ao público infantil e aos familiares, por parte dos acadêmicos de medicina, foi fundamental para o sucesso da ação. Tratou-se de um momento marcante de aprendizado prático dos princípios do SUS e dos conhecimentos de Medicina de Família e Comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Ações de educação e promoção de saúde integradas à rotina escolar fortalecem o vínculo entre as famílias, a escola e os serviços de saúde e colaboram com a consolidação de conhecimentos e desenvolvimento de competências profissionais. Recomenda-se a ampliação de iniciativas intersetoriais como estratégia de promoção do cuidado integral na infância, com mobilização prévia das famílias, no intuito de ampliar o alcance e o impacto das atividades.

Realização: