Programa - Comunicação Oral - CO5.5 - AVANÇOS EM AÇÕES DE CUIDADO MULTIPROFISSIONAL NA APS
01 DE DEZEMBRO | SEGUNDA-FEIRA
15:00 - 16:30
AUTISMO, APOIO MATRICIAL E ACESSO: ESTRATÉGIAS DE CUIDADO INTEGRAL NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
Comunicação Oral
VIEIRA, M. H. dos S1, SANTOS, G.M2, SILVA, C. C. S1
1 UFPB
2 UFCG
Apresentação/Introdução
O cuidado à pessoa com TEA na Atenção Primária à Saúde exige superar a fragmentação da rede por meio de práticas inter e multiprofissionais. O apoio matricial é ferramenta fundamental para qualificar o cuidado, ampliar a resolubilidade da APS e promover a integralidade e o acesso na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
Objetivos
Destacar as estratégias de apoio matricial que favorecem a integralidade do cuidado e ao acesso a RAS das pessoas com TEA.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura cuja questão norteadora foi: “Como o apoio matricial contribui para o cuidado integral à pessoa com TEA na APS, ampliando o acesso às RAS?”. A busca foi realizada nas bases BVS e PubMed, com os descritores “Autismo”, “Atenção Primária à Saúde”, “Acesso aos Serviços de Saúde” e “Apoio Matricial”. Foram incluídas publicações em português, publicadas entre 2014 e 2024, com foco em saúde coletiva. Excluíram-se estudos duplicados, com enfoque hospitalar ou sem relação com o tema. Dos 98 artigos encontrados, 67 foram excluídos após leitura de títulos e resumos, dos quais 19 foram excluídos após leitura completa, resultando 12 estudos para análise.
Resultados
A análise dos 12 artigos evidenciou que o apoio matricial qualifica o cuidado à pessoa com TEA na APS por meio de interconsultas, discussões de caso, visitas compartilhadas e construção de Projetos Terapêuticos Singulares. Essas ações fortalecem a corresponsabilização das equipes e ampliam a resolutividade local. A partir da APS, as pessoas com TEA são encaminhadas para serviços da RAS, como NASF, CAPS, CER, ambulatórios especializados e reabilitação. As principais barreiras foram a baixa cobertura da APS, escassez de profissionais especializados e ausência de protocolos. Destaca-se o papel da equipe multiprofissional e da articulação intersetorial na integralidade do cuidado.
Conclusões/Considerações
O apoio matricial é uma estratégia potente para qualificar o cuidado ao TEA na APS e na RAS, promovendo práticas colaborativas, fortalecimento das equipes e integralidade do cuidado. Recomenda-se que a gestão em saúde deve investir em equipes E-Multi para ampliação de equipes multiprofissionais e formulação de protocolos intersetoriais incluindo a linha de cuidado do TEA como eixo prioritário dos planos de ação dos serviços de saúde da RAS.
ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE INTEGRAL DE ADOLESCENTES: A EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO NESA/UERJ
Comunicação Oral
Nascimento, M. C.1, Raymundo, C. M.1, Bastos, F. G.1, Queiroz, V.1
1 UERJ
Período de Realização
Março de 2024 a Maio de 2025, no Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA/UERJ).
Objeto da experiência
O trabalho desenvolvido pelo Serviço Social no âmbito da atenção primária à saúde do NESA/UERJ.
Objetivos
Analisar como as intervenções do Serviço Social nos projetos de pesquisa e extensão do NESA/UERJ contribuem para a prevenção de agravos à saúde de adolescentes; identificar desafios e potencialidades nas práticas de promoção da saúde no contexto da atenção primária à saúde do NESA/UERJ.
Descrição da experiência
O Serviço Social atua no âmbito da atenção primária à saúde do NESA, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), integrando ensino, pesquisa e extensão em suas práticas interventivas. Assistentes sociais coordenam projetos de pesquisa e extensão que abordam sexualidades, gênero e relações étnico-raciais, contribuindo para a promoção da saúde integral de adolescentes. As ações envolvem atendimentos individuais, grupos com adolescentes e suas famílias, formação e assessoria.
Resultados
Os projetos promovem a saúde integral de adolescentes por meio de ações interdisciplinares com estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais. A metodologia de jovem para jovem adotada pelos projetos potencializa o protagonismo e o cuidado entre pares, enquanto a participação das famílias cria espaços de escuta e reflexão, ampliando o impacto das práticas de promoção de saúde. A assessoria com instituições parceiras fortalecem a intersetorialidade e a articulação em rede.
Aprendizado e análise crítica
A atuação do Serviço Social, pautada na interseccionalidade e interdisciplinaridade, é vital para enfrentar desigualdades na saúde de adolescentes. Além de garantir acesso equânime, destaca-se sua dimensão educativa, promovendo a conscientização crítica. Mesmo diante de resistências conservadoras, seus projetos fortalecem a atenção integral à saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
As ações desenvolvidas nos projetos supracitados possibilitam um olhar ampliado para a prevenção de agravos à saúde, entendendo e reconhecendo os adolescentes em suas especificidades étnico-raciais, de gênero e sexualidades. Ademais, a escuta do público usuário dos serviços revela-se essencial para pensar intervenções qualificadas, bem como a promoção da equidade em saúde.
RESSIGNIFICANDO A GESTAÇÃO NÃO PLANEJADA: TECNOLOGIAS LEVES COM MINDFULNESS E PSICOLOGIA POSITIVA NO CUIDADO GRUPAL DE GESTANTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Comunicação Oral
SILVA, C. J.1, CARVALHO, M. L. B.2, SILVA, A. G. F.3, CAVALCANTE, A. I. B.4, SIQUEIRA. R. C.5, SILVA, G. M.6, RÊGO, G. S.7, SANTOS, M. C. V. S.8, ARAÚJO, M. A. M.9, VIEIRA, N.F.C.10
1 Enfermeiro Doutorando do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC) – cristiano.esf@gmail.com.
2 Dentista Doutorando do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC) – mluizarbc@gmail.com
3 Estudante de Psicologia da Universidade de Fortaleza-UNIFOR. alicefrotaesilva@gmail.com
4 Enfermeira Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC). anabcavalcante@gmail.com
5 Enfermeiro Doutorando do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC) - riccsiqueira@yahoo,com,br
6 Enfermeira Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC) - giselems@aluno.unilab.edu.br
7 Dentista pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC/NUTEDS) gemimmapaiva21@gmail.com
8 Agente Comunitário de Saúde da Prefeitura Municipal de Fortaleza-Ceará (SMS). Conceicao5002@gmail.com
9 Enfermeiro Docente do Programa de Pós Graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC);. michellangelo@ufc.br
10 Enfermeira Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (UFC); nvieira@ufc.br
Período de Realização
Atividade realizada entre abril e junho de 2024, em grupo de gestantes da rede básica de saúde
Objeto da experiência
O cuidado grupal a gestantes com sofrimento psíquico decorrente da gestação não desejada, por meio de tecnologias leves e práticas integrativas.
Objetivos
Promover a resiliência, o fortalecimento do vínculo mãe-filho e o despertar do sentido da maternidade em mulheres com gestação não planejada, utilizando estratégias de mindfulness, psicologia positiva e espiritualidade em encontros grupais na Atenção Primária à Saúde.
Descrição da experiência
O projeto foi desenvolvido com gestantes atendidas por uma equipe da Estratégia saúde da Família em Fortaleza-Cará, em cinco encontros quinzenais em abril de 2024. Cada encontro abordou um dos sentidos, com práticas como meditação da gentileza amorosa, diário e carta da gratidão, arteterapia, aromaterapia, espiritualidade e técnicas de holding. As atividades foram inspiradas em mindfulness, psicologia positiva e logoterapia adaptadas à gestação, com foco em cuidado humanizado e integral.
Resultados
As participantes relataram melhora da autoestima, maior aceitação da gravidez e fortalecimento do vínculo com o bebê. Reduziu-se a verbalização de rejeição do concepto e sintomas de ansiedade, segundo registros em prontuário e observações clínicas. O mindfulness materno favoreceu a percepção do corpo, autorregulação emocional e envolvimento afetivo. A escuta qualificada e o cuidado sensível contribuíram para o despertar do sentido da gestação e da maternidade.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que o cuidado grupal com base em tecnologias leves promove vínculos terapêuticos potentes, especialmente em contextos de sofrimento psíquico. As gestantes demonstraram abertura à ressignificação de experiências dolorosas, revelando o potencial das práticas integrativas na APS. A abordagem favoreceu o autocuidado, a espiritualidade e o sentimento de pertencimento ao grupo, contribuindo para um pré-natal mais humanizado e acolhedor.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso de tecnologias leves, como mindfulness e psicologia positiva, mostrou-se eficaz na atenção a gestantes em situação de vulnerabilidade psíquica, favorecendo o acolhimento, a escuta qualificada e o fortalecimento do vínculo materno-fetal. Recomenda-se sua incorporação aos grupos de pré-natal na APS, articulando ações intersetoriais, práticas integrativas, educação em saúde, cuidado subjetivo e promoção da maternidade consciente.
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA POR MEIO DO IVCF-20 EM VISITA DOMICILIAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Comunicação Oral
Turner, L. V. M.1, Peralta, T. M.1, Duarte, S. S. S.1, Jesus, C. F.1, SIlva, S. F.1, Coelho, L. B.1, Santos, D. N.1, Assunção, M. C. C.1, Saldanha, Z. O.1
1 Faculdade Adventista da Amazônia
Período de Realização
Fevereiro a maio de 2025, durante o estágio supervisionado em enfermagem na Atenção Primária.
Objeto da experiência
Aplicação do IVCF-20 em visita domiciliar a idoso, refletindo sobre sua contribuição na avaliação da vulnerabilidade na atenção primária.
Objetivos
Descrever a experiência de aplicação do IVCF-20 em visita domiciliar a pessoa idosa no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF).
Metodologia
A experiência, realizada por discentes do 9º período de Enfermagem com supervisão, ocorreu em uma Unidade de Saúde da Família em Benevides/PA. Tendo a visita domiciliar como foco os idosos atendidos pela ESF. Foram feitas visitas domiciliares e em todos os moradores com mais de 60 anos, aplicou-se o IVCF-20, avaliando mobilidade, cognição, humor, percepção de saúde e independência, para identificar vulnerabilidades e planejar cuidados individualizados.
Resultados
O uso do IVCF-20 possibilitou identificar idosos em situação de fragilidade, principalmente os acamados, com doenças neurológicas e múltiplas comorbidades. Os dados subsidiaram o planejamento de ações de cuidado, acompanhamento contínuo e intervenções específicas pela equipe de saúde. A coleta sistematizada de dados através do IVCF-20 fortaleceu o monitoramento da população idosa, mostrando-se eficiente na triagem da vulnerabilidade clínica-funcional da população idosa do município.
Análise Crítica
A atividade evidenciou a importância da avaliação multidimensional do idoso na atenção primária. O uso do IVCF-20, aliado à escuta e ao contato direto com a realidade dos usuários, favoreceu um olhar amplo e humanizado. Para os estudantes, a experiência representou um aprendizado significativo sobre planejamento do cuidado e a relevância da enfermagem no acompanhamento domiciliar de populações vulneráveis.
Conclusões e/ou Recomendações
A aplicação do instrumento nas visitas domiciliares contribuiu para identificar perfis de risco entre os idosos, orientando intervenções individualizadas. Recomenda-se sua utilização sistemática na atenção primária, como estratégia de monitoramento, promoção da saúde e prevenção de agravos em idosos em situação de vulnerabilidade.
ESTRATÉGIA SALVADOR ACOLHE: CUIDADOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDOS TEMPORARIAMENTE DURANTE O CARNAVAL DE SALVADOR, 2025
Comunicação Oral
Soares, F. F.1, Miranda, A. C.1, Batista, A. R. V.1, Luz, L. A.1, Amorim, I. S. A.1, Brito, A. O.1, Oliveira, F. S.1, Romão, B. M.1
1 SMS Salvador
Período de Realização
27/02/2025 a 05/03/2025
Objeto da experiência
Atenção à saúde 24h e multiprofissional que acolheu crianças e adolescentes até 17 anos, filhos de ambulantes durante o Carnaval 2025 em Salvador/BA.
Objetivos
Relatar a organização, execução e resultados da ação, destacando a articulação intersetorial, a cobertura de atendimentos, os desafios enfrentados e as estratégias inovadoras para garantir acesso à saúde a crianças e adolescentes em contexto de festividade massiva.
Descrição da experiência
Ação intersetorial desenvolvida pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) em parceria com a SMS, estruturou temporariamente 05 Centros de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência (CAAC) em escolas municipais durante o Carnaval. As equipes multiprofissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e odontólogos) atuaram em plantões diurnos e noturnos para atender crianças e adolescentes filhos de trabalhadores do carnaval previamente cadastrados.
Resultados
A ocupação foi de 549 crianças e adolescentes, sendo 406 (74%) foram atendidas pelo menos uma vez. Foram realizados 681 atendimentos, com idade média de 6,1 anos. A maioria era do sexo masculino (52,5%), raça/cor preta (51,7%). As principais queixas foram sintomas de síndromes gripais, lesões e sintomas dolorosos. Foram administrados medicamentos sempre que possível. Foram realizados 41 agendamentos para serviços de atenção especializados, com orientações para os pais.
Aprendizado e análise crítica
O Salvador Acolhe 2025 demonstrou a importância da articulação intersetorial e atenção multiprofissional no cuidado infantil durante grandes eventos de massa. A estratégia de consultórios odontológicos portáteis, kits medicamentosos ampliados e agendamento de consultas para serviços especializados visam o aumento da resolutividade da ação. Observou-se importante manter equipes completas também no plantão noturno.
Conclusões e/ou Recomendações
A estratégia Salvador Acolhe é uma iniciativa que protege crianças e adolescentes de riscos urbanos durante o período do carnaval ao passo que promove acesso a saúde e assistência social. A estratégia mostra-se replicável para outros grandes eventos, desde que mantida a articulação intersetorial e o acompanhamento ininterrupto e multiprofissional. Um dos maiores desafios ainda é aumentar o vínculo das famílias ao sistema de saúde municipal.
EXPANSÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA REDUZIR HIV/AIDS: UMA MICROSIMULAÇÃO DE CENÁRIOS DE EXPANSÃO DO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA POPULAÇÃO MAIS POBRE BRASILEIRA
Comunicação Oral
Anderle, R.V.R.1, Gestal, P.1, Sales, L1, Silva, A.f.1, Rubio, F.A.1, Naido, M.2, Barreix, G.2, Macinko, J.3, Dourado, I.1, Rasella, D.4
1 ISC - UFBA
2 ISGlobal Barcelona
3 UCLA
4 ISC - UFBA, ISGlobal Barcelona, ICREA
Apresentação/Introdução
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é essencial para promover maior equidade no acesso à saúde no Brasil. Comunidades expostas a maiores desigualdades enfrentam dificuldades no diagnóstico precoce de HIV, no acesso ao tratamento e adesão à terapia, aumentado o risco de progressão para AIDS e óbito. Evidências mostram que ESF pode reduzir significativamente a incidência e mortalidade por HIV/AIDS.
Objetivos
Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto da expansão da ESF,considerando os efeitos dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS), na incidência e mortalidade por HIV/AIDS no Brasil entre 2012 e 2030.
Metodologia
Este estudo integrou modelos compartimental e baseado em indivíduos em uma microsimulação de larga escala. Foram analisados os efeitos da cobertura da ESF e das variáveis socioeconômicas por meio de um estudo quase-experimental com dados do Cadastro Único(CadÚnico), representando a população mais pobre do Brasil. A coorte estudada é uma amostra representativa de 2 milhões de indivíduos do CadÚnico de 2012, com evolução simulada até 2030, incluindo dinâmica de nascimentos e óbitos. A cobertura da ESF foi definida como uma variável binária projetada em quatro cenários: Continuidade, Meta Governamental (expansão para 80% até 2026), Cobertura Total (100% em 2030) e Austeridade.
Resultados
O cenário de Austeridade apresentou as projeções mais desfavoráveis para incidência e mortalidade por HIV/AIDS até 2030, com taxas de 11,20(IC:9,77-12,68), 8,98(IC:7,59-10,35) e 4,26(IC:3,53-5,20), respectivamente. Já o cenário de Cobertura Total mostrou melhores resultados: 8,48(IC:7,16-9,78), 6,08(IC:5,14-7,03) e 4,08(IC:3,38-5,05). Além disso, a expansão da cobertura reduziu os riscos de aquisição do HIV e progressão para AIDS nos níveis de renda média (L2): RR0,81(IC:0,69-0,92) e 0,75(IC:0,75-0,75). Em contrapartida, o cenário de Austeridade aumentou os riscos para os níveis de renda mais baixos (L5): RR de 1,42(IC:1,23-1,76), 1,56(IC:1,56-1,56) e 1,08(IC:1,08-1,08) para mortalidade.
Conclusões/Considerações
A expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) pode reduzir significativamente os desfechos de HIV/AIDS no Brasil até 2030. Cobrir a totalidade da população mais pobre implicaria em uma redução de 12% no risco, enquanto evitar cortes na cobertura de um cenário de Austeridade impediria um aumento de até 40% na incidência de AIDS. A atenção primária é essencial para populações vulneráveis e melhora o acesso ao diagnóstico, prevenção e tratamento.