
Programa - Comunicação Oral - CO13.13 - Saúde e Educação: Inclusão e Cidadania no SUS
30 DE NOVEMBRO | DOMINGO
15:00 - 16:30
15:00 - 16:30
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PROMOÇÃO DA CIDADANIA COM ESTUDANTES NO SUDESTE GOIANO
Comunicação Oral
1 Universidade Federal de Catalão - UFCAT
2 Universidade Federal de Catalão -UFCAT
3 Secretaria Municipal de Saúde de Catalão (SME- Catalão)
Período de Realização
Abril a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Atuar na organização e distribuição dos materiais do Programa Saúde na Escola (PSE) e identificar impactos da colaboração interinstitucional.
Objetivos
Relatar a participação da Liga Catalana de Saúde Coletiva (LCSC) no PSE do município de Catalão-GO. Destaca-se que o PSE foi realizado em parceria interinstitucional, entre a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e as Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e de Educação (SME) de Catalão-GO.
Descrição da experiência
O PSE no município de Catalão-GO, foi desenvolvido em várias etapas, por estudantes, profissionais/educadores e gestores da UFCAT, SMS e SME. Na execução, foram utilizados materiais elaborados por discentes e docentes do DE, conforme os eixos temáticos do PSE e impressos pela SMS utilizando o recurso do programa. A LCSC atuou na organização, separação e distribuição dos materiais educativos.
Resultados
No desenvolvimento do PSE, foi realizada uma Oficina de Abertura com gestores do município, diretores das Escolas pactuadas e os Coordenadores das Unidades Básicas de Saúde, estudantes de estágio do Departamento de Enfermagem (DE/UFCAT) e estudantes colaboradores de outros cursos. No período de 2024 foram atendidas 11 escolas, entregues 2188 materiais principalmente os referentes à alimentação saudável, dengue, atividade física e em maior quantidade sobre COVID-19 – eixo prioritário do ciclo.
Aprendizado e análise crítica
Acompanhar e colaborar na execução e conhecer o funcionamento do PSE fomentou o olhar crítico e analítico aos discentes que participaram. Ademais a efetivação do PSE em escolas públicas ainda conta com desafios, percebe-se uma maior estruturação do programa com a colaboração interinstitucional e é preciso unir esforços para seu aperfeiçoamento com apoio coletivo e multidisciplinar.
Conclusões e/ou Recomendações
A realização do PSE no município de Catalão - GO apresenta como potencial a sua execução por meio da articulação ensino-serviços-comunidade, com olhar crítico e humanizado. No ano de 2024 o programa alcançou seus objetivos na educação em saúde dos estudantes das escolas pactuadas, além da formação dos estudantes universitários. Como limitações temos a falta de material em todas as temáticas e não adesão em todos os serviços.
FORMAÇÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS QUE ATUAM NO CUIDADO DA POPULAÇÃO DO CAMPO, FLORESTA E ÁGUAS
Comunicação Oral
1 Ministério da Saúde
Período de Realização
outubro de 2024 – em andamento
Objeto da experiência
Formação de trabalhadores e trabalhadoras que atuam no cuidado da população do Campo, Floresta e Águas
Objetivos
Promover formação continuada e participativa com profissionais de saúde que atuam no cuidado das populações do Campo, Floresta e Águas na Amazônia Legal, com foco no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e no aprimoramento da gestão como instrumento de acesso e equidade para organização dos serviços.
Metodologia
A ação, desenvolvida pelo Ministério da Saúde, por meio da Coordenação de Acesso e Equidade (Caeq), em parceria com a Fiocruz Amazônia, visa formar 3.500 profissionais de saúde que atuam no Campo, Floresta e Águas, fortalecendo a gestão local e a PNSICFA voltada para essas populações. Propõe-se a instrumentalização com base na atuação e vivências desses profissionais, buscando preencher lacunas no cuidado a partir de uma perspectiva territorial e participativa.
Resultados
Como resultados preliminares, destaca-se: A necessidade de aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas aos territórios rurais e remotos, o fortalecimento do diálogo com saberes tradicionais em saúde fortemente presentes nas comunidades, a melhoria das condições de trabalho dos profissionais e a construção de processos de trabalho que correspondam às realidades locais.
Análise Crítica
Os resultados preliminares evidenciam múltiplas barreiras presentes em territórios rurais e remotos, indicando a necessidade de fortalecer continuamente os processos que asseguram o cuidado a essas populações. Como porta de entrada preferencial do sistema de saúde, a APS busca consolidar estratégias que considerem as especificidades territoriais, priorizando instrumentos e práticas que garantam um acesso efetivo e equitativo aos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência relatada evidencia a formação como pilar essencial para o aprimoramento da promoção do acesso e da equidade em saúde. A partir dela, identificam-se práticas e delineiam-se caminhos para uma gestão mais eficiente em territórios marcados por desigualdades e invisibilidades. Ao integrar saberes locais e participação ativa dos profissionais, a formação se consolida como um campo estratégico para o fortalecimento de uma APS resolutiva.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM ESCOLAS RURAIS DO RIO GRANDE DO SUL (RS): VIVÊNCIAS À LUZ DOS PRECEITOS FREIREANOS NO CONTEXTO DA TRAGÉDIA CLIMÁTICA
Comunicação Oral
1 Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Período de Realização
As atividades ocorreram entre setembro de 2024 a abril de 2025.
Objeto da experiência
As atividades envolveram 80 estudantes e quatro professores do 9º ano do ensino fundamental de quatro escolas rurais de três municípios do RS.
Objetivos
Refletir acerca de vivências de educação em saúde em escolas rurais à luz dos preceitos freireanos, com ênfase na dialogicidade, problematização da realidade local e construção coletiva do saber, contextualizadas pela tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul (RS).
Metodologia
Relato de experiência reflexivo vinculado a pesquisa-ação “EDUCAÇÃO EM SAÚDE: realidade, reflexões e intervenções em escolas da zona rural em municípios do RS - Fase II”, ancorado nos preceitos de Paulo Freire. As atividades envolveram elaboração e apresentação de slides e de livreto educativo impresso intitulados “Doenças emergentes em períodos de enchentes e pós-enchentes”, com testes e jogos de conhecimento sobre dengue, leptospirose, tétano acidental, hepatite A e síndromes diarreicas.
Resultados
As ações foram desenvolvidas considerando o contexto das enchentes que atingiram o RS em maio de 2024, com orientações sobre cuidados em saúde e prevenção de agravos nas comunidades escolares rurais. Houve forte engajamento de estudantes, professores e equipe do projeto, com participação ativa, problematização da realidade local sobre doenças emergentes em enchentes e construção coletiva do saber. Cada aluno recebeu um livreto impresso, também disponibilizado na escola como material pedagógico.
Análise Crítica
A experiência promoveu aprendizagem crítica com base nos preceitos de Freire, integrando saberes coletivos contextualizados entre a equipe do projeto e as escolas, preceitos alinhados aos campos da educação e promoção em saúde. O diálogo e a práxis fortaleceram o protagonismo da comunidade escolar rural e a visão da saúde como fenômeno social, considerando as vivências relacionadas às enchentes do RS.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou que práticas educativas em saúde baseadas no diálogo e nas demandas da realidade local, no caso específico voltadas às enchentes no RS, fortalecem o vínculo escola-comunidade e promovem a construção coletiva do saber. Recomenda-se a ampliação de projetos que integrem a educação em saúde ao contexto rural, valorizando o protagonismo dos sujeitos e contribuindo para uma formação crítica e emancipatória.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA COMUNIDADE SURDA DE VITÓRIA DA CONQUISTA/ BAHIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral
1 UESB
Período de Realização
O projeto de extensão Libras e Saúde foi realizado entre o período de junho de 2024 e maio de 2025
Objeto da experiência
Relatar a participação dos discentes de Medicina em palestras educativas sobre saúde para comunidade surda pelo projeto de extensão Libras e saúde.
Objetivos
Compartilhar, com a presença de intérprete de Libras, conhecimentos acadêmicos sobre temas da saúde com a comunidade surda;
Desconstruir mitos veiculados em Libras na rede social Instagram sobre prevenção em saúde;
Dirimir as barreiras comunicacionais na educação em saúde com comunidade surda;
Descrição da experiência
Este relato descreve a participação de discentes do curso de Medicina da UESB no projeto de extensão Libras e saúde, direcionado para a comunidade surda. Os estudantes, inicialmente, participaram de um capacitação de Libras e em seguida, realizaram encontros dialógico e participativos em que foram abordados temas de saúde como “Novembro Azul” e “Primeiros socorros”, com metodologia de ensino adaptada para a comunidade surda, com a presença de intérpretes de Libras.
Resultados
Cada encontro contou com uma média de 15 participantes da comunidade surda, os quais apresentaram feedback positivos ao demonstrar apropriação acerca dos temas abordados. As palestras ampliaram o acesso dessa população às informações em saúde, tradicionalmente limitadas por falhas na comunicação por parte da equipe de saúde. Esta experiência também contribuiu para uma formação médica mais humanizada e inclusiva, ao favorecer a equidade do cuidado nos atendimentos em saúde para os surdos.
Aprendizado e análise crítica
As capacitações permitiram diminuir barreiras de comunicação na educação em saúde, historicamente sofridas pela comunidade surda, o que possibilitou um aprofundamento do saber sobre temas básicos de saúde, essenciais para a qualidade de vida dos envolvidos. Tais ações corroboram para a manutenção do direito à informação em saúde de forma digna para a comunidade surda, a qual continua sendo negligenciada por falta de competência comunicativa alternativa na formação médica do Brasil.
Conclusões e/ou Recomendações
O presente projeto promoveu a equidade no acesso à saúde aos participantes das capacitações, contribuindo para autonomia e participação social no cuidado à saúde dos envolvidos. Além disso, foi possível reafirmar o papel do ensino superior na redução das iniquidades de saúde para a comunidade surda, como também sensibilizar os discentes de medicina para um cuidado de saúde capaz de ampliar o acesso e direcionar a assistência médica de forma inclusiva.
SAÚDE DOS PESCADORES E PESCADORAS ARTESANAIS: UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Comunicação Oral
1 UFF
Período de Realização
As atividades foram realizadas durante o segundo semestre de 2023.
Objeto da experiência
Uma vivência de extensão em educação em saúde junto a pescadores (as) artesanais da Associação de Pescadores da Praia das Pedrinhas, Boa Vista, São Gonçalo.
Objetivos
Fomentar o diálogo sobre a saúde do trabalhador, incentivando reflexões críticas sobre práticas e saberes voltados à promoção da saúde de grupos historicamente vulnerabilizados, por meio da extensão universitária e de ações de educação em saúde, com uma abordagem inclusiva e participativa.
Descrição da experiência
Trata-se de uma ação de curricularização da extensão da disciplina Trabalho de Campo Supervisionado 1, realizada na Associação de Pescadores da Praia das Pedrinhas (Boa Vista, São Gonçalo/RJ). A disciplina de TCS1 é ministrada para alunos do 2º período do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), e tem a proposta de articular reflexões teórico-práticas, a partir da imersão em territórios e/ou populações com contextos específicos de saúde.
Resultados
O primeiro contato com os pescadores e pescadoras ocorreu em aula de campo realizada no dia 09 de novembro de 2023. Com base nessa experiência, os discentes desenvolveram uma ação de extensão no dia 12 de dezembro, com o objetivo de promover a sensibilização sobre a prevenção ao câncer de pele no “Dezembro Laranja”. Conforme planejado junto à comunidade, foi realizada uma roda de conversa e distribuição de folders informativos, além de kits de protetor solar a todos(as) os(as) presentes.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reforçou o aprendizado a partir do território e da escuta ativa, ampliando a análise crítica sobre as dimensões da saúde coletiva. O contato com pescadores(as) possibilitou desenvolver planejamento coletivo, troca de experiências e respeito à diversidade, ressignificando o papel ético e político de forma humanizada na defesa do direito à saúde e na redução dos danos das atividades laborais.
Conclusões e/ou Recomendações
A condução pedagógica compartilhada entre docentes, discentes e comunidade promoveu a interseção de saberes e valorizou experiências diversas do coletivo. Esse processo fortalece uma formação crítica, voltada à autonomia dos sujeitos e a promoção do cuidado com integralidade e equidade baseadas em práticas educativas focadas no diálogo e na inclusão.
RIPS – REDE DE INFLUENCIADORES PROMOTORES DA SAÚDE: RELATO DA FORMAÇÃO-AÇÃO E REALITY DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM INFLUENCIADORES DIGITAIS PERIFÉRICOS
Comunicação Oral
1 FIOCRUZ
Período de Realização
Realizado de 21 a 25 de julho de 2025 no campus da Fiocruz Manguinhos.
Objeto da experiência
Formação-ação e produção de um reality documental com influenciadores digitais periféricos para promoção da saúde.
Objetivos
Descrever detalhadamente o processo de concepção, organização, execução e avaliação da formação-ação e do reality documental com influenciadores digitais periféricos, analisando seus produtos, repercussões e eficácia como estratégia de gestão para promoção de influenciadores promotores de saúde.
Descrição da experiência
O projeto adotou metodologia de formação-ação de cinco dias, envolvendo oficinas, rodas de conversa, atividades lúdicas, visitas técnicas e produção audiovisual, com participação de mais de 20 instituições parceiras. Ao final, cada influenciador produziu um vídeo curto individual sobre tema de saúde abordado na formação. Além disso, grupos de participantes colaboraram com influenciadores de maior alcance para criar vídeos coletivos, potencializando engajamento e alcance.
Resultados
Participaram 12 influenciadores periféricos, com apoio de mais de 20 instituições. Foram produzidos 12 vídeos curtos individuais e 4 colaborativos com influenciadores de maior alcance. O reality documental, em 5 episódios na VideoSaúde, destacou o percurso formativo e ampliou a visibilidade da iniciativa. Espera-se que esses produtos fortaleçam a participação social, ampliem a literacia em saúde e consolidem a RIPS como estratégia de promoção da saúde.
Aprendizado e análise crítica
Ao mobilizar influenciadores que conhecem o cotidiano dos territórios periféricos, o projeto demonstrou que sua fala autêntica, ajustada ao contexto social e cultural local, é fundamental para engajar o público. O reality documental, articulado de forma atrativa, provou ser ferramenta essencial tanto para divulgar as atividades da RIPS quanto para promover aprendizagem lúdica em saúde, estimulando reflexão crítica e aprofundando a literacia em saúde de forma dinâmica.
Conclusões e/ou Recomendações
O modelo de formação-ação mostrou-se viável para empoderar influenciadores periféricos na promoção da saúde. A produção do reality documental pela VideoSaúde potencializou o alcance. Recomenda-se: 1) ampliar a iniciativa a outros territórios; 2) incluir módulo avançado de métricas e análise de engajamento; 3) estudos de acompanhamento do impacto na literacia em saúde; 4) reforçar parcerias para sustentabilidade.

Realização: