22/11/2022 - 08:30 - 10:00
OL1 - OUTRAS LINGUAGENS 1 |
44651 - RELAÇÕES ENTRE A REDE DE SAÚDE MUNICIPAL E UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS PARA ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE PRIVADO DE LIBERDADE EM MUNICÍPIO DO ESTADO DO PARANÁ
FERNANDO BICUDO ZEFERINO - UFPR, KIARA OLIVETT - UFPR, SABRINA STEFANELLO - UFPR, CHAYANNE FEDERHEN - UFPR, GIOVANNA CASSIA AMARO ZANELATTO - UFPR, LETICIA CORREA TREVIZAN - UFPR, LORAINE DE OLIVEIRA OLTMANN - UFPR, DEIVISSON VIANNA DANTAS DOS SANTOS - UFPR
Apresentação/Introdução
(Declamação de poema. Será necessário apenas microfone. Tempo de apresentação: 10 minutos.) A socioeducação busca substituir o modelo punitivo pela via educacional e de ressocialização de adolescentes privados de liberdade em conflito com a lei. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em Conflito com a Lei (PNAISARI) foi criada em 2014 para garantir o direito à saúde desses adolescentes, propondo a integração entre rede de saúde municipal e socioeducação.
Objetivos
Identificar como é a relação entre a rede de saúde e a socioeducação pela perspectiva dos trabalhadores e da gestão desses serviços em município do estado do Paraná. Levantar como a PNAISARI é implantada e atua nesse processo.
Metodologia
Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com perguntas norteadoras abertas. O método de amostragem intencional foi utilizado para obter entrevistados-chave que atuam nas unidades socioeducativas e nos serviços de saúde e estão diretamente envolvidos com os cuidados em saúde dos adolescentes e na articulação entre esses serviços. Todas as entrevistas foram transcritas na íntegra, codificadas e organizadas em narrativas. Posteriormente foram analisadas pela abordagem hermenêutica (FONSECA, 2009). Considerando o período de pandemia da COVID-19, todos os procedimentos de pesquisa foram realizados de modo remoto.
Resultados
Foram realizadas quatro entrevistas, sendo três na socioeducação e uma na rede de saúde. Foram quatro as temáticas que emergiram das análises das narrativas sobre os aspectos operacionais entre saúde e socioeducação: relações entre os serviços para atenção à saúde do adolescente e unidades socioeducativas; aspectos logísticos; sobre a PNAISARI; e limitações estruturais da atenção à saúde do adolescente em conflito com a lei. Alguns assuntos apareceram repetidamente como a questão do estigma e do preconceito e como mitiga-los. Também se falou da questão do isolamento da socioeducação com relação ao território e como foi feita a implantação da PNAISARI no município.
Conclusões/Considerações
Além de levantar toda a questão operacional e como funciona hoje, foi possível notar também que, apesar das dificuldades estruturais dos sistemas de saúde e socioeducativo, os trabalhadores e a coordenação trabalham para alcançar a integração desses dois serviços. Ficou evidente que a PNAISARI auxilia nesse processo de integração e para isso se faz necessário que existam pessoas dentro dos serviços comprometidas com a política e a sua execução.
|
