Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.33 - DESAFIOS DO SUS NO ENFERNTAMENTO DAS DESIGUALDADES

44615 - DISCREPÂNCIA NA MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DO ÚTERO NO BRASIL: COMO ESTÁ A REGIÃO NORTE?
WILSON LEITE MAIA NETO - FASC/UNIFESSPA, LARISSY HEVININ LOBATO DOS PASSOS - FASC/UNIFESSPA, RAKIELLE BORGES DA SILVA - FASC/UNIFESSPA, ALESSANDRA CARLA SANTOS DE VASCONCELOS CHAVES - FAENF/UFPA, SAMANTHA HASEGAWA FARIAS - FASC/UNIFESSPA, WILSON LEITE MAIA NETO - FASC/UNIFESSPA, LARISSY HEVININ LOBATO DOS PASSOS - FASC/UNIFESSPA, RAKIELLE BORGES DA SILVA - FASC/UNIFESSPA, ALESSANDRA CARLA SANTOS DE VASCONCELOS CHAVES - FAENF/UFPA, SAMANTHA HASEGAWA FARIAS - FASC/UNIFESSPA


Apresentação/Introdução
O Câncer de colo do útero está relacionado diretamente com as condições socioeconômicas locais. O sucesso do desfecho depende do acesso ao exame Preventivo do Câncer de Colo do Útero (PPCU), o que torna um grande desafio para as populações mais vulneráveis. No Brasil, a região Sudeste é a que tem o melhor cenário em relação a mortalidade por essa causa, contraponto toda a desassistência da região Norte

Objetivos
Analisar a tendência e a magnitude da mortalidade por câncer de colo do útero em mulheres nas regiões Norte e Sudeste, no período de 2010 a 2019.

Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal (regressão de Joinpoint) com dados provenientes do Instituto Nacional do Câncer (INCA/Ministério da Saúde), obtidos por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS). Os dados foram padronizados pela população mundial proposta por Segi (1960), modificada por Doll et al. (1966) e expressas por 100.000 habitantes. A desigualdade foi apresentada por meio do cálculo das Razões entre Taxas (RT).

Resultados
A região Norte apresenta as maiores taxas de mortalidade por câncer de colo do útero no Brasil, com variação do coeficiente de 9,19 a 10,84 ao longo do período analisado, contrapondo a taxa média de 3,32 da região que apresenta as menores taxas, a Sudeste. A tendência da mortalidade é de alta (AAPC=1,4[IC95% 0,1;2,6]) no Norte, enquanto no Sudeste é estacionária. O risco de morte por câncer de colo do útero na população da região Norte é 3 vezes maior quando comparada à região Sudeste (RT=3,05).

Conclusões/Considerações
Os resultados encontrados mostram grande preocupação com região Norte do Brasil em relação a alta taxa de mortalidade por câncer de colo do útero e o risco aumentado, com muita discrepância em relação ao Sudeste O direcionamento de ações e políticas específicas que visem a diminuição da desigualdade e o fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde é de fundamental importância para amenizar o impacto da falta de acesso para as populações mais vulneráveis.