Sessão Assíncrona


SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43388 - COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE EXCESSO DE PESO E OBESIDADE SEGUNDO DADOS DO GBD E INQUÉRITOS NACIONAIS
LUANE PINHEIRO ROCHA - UFMG, ÍSIS ELOAH MACHADO - UFOP, ALINE SIQUEIRA FOGAL VEGI - UFOP, GUSTAVO VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO-MENDES - UFMG


Apresentação/Introdução
Estimativas de prevalência de excesso de peso e obesidade no Brasil estão disponíveis por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). O estudo Global Burden of Disease (GBD) utiliza metodologia robusta para corrigir estimativas provenientes desses inquéritos e comparar entre diferentes países.

Objetivos
Comparar as prevalências de excesso de peso e obesidade na população brasileira segundo dados de inquéritos nacionais e do GBD.

Metodologia
Trata-se de um estudo epidemiológico que utilizou dados de prevalência de excesso de peso (IMC >= 25kg/m²) e obesidade (IMC >= 3kg/m²) estimados pelos inquéritos nacionais PNS (2013 e 2019), Vigitel (2006 a 2019), POF (2002-2003 e 2008-2009) e estimativas GBD (1990-2017). Utilizou-se ainda dados do Vigitel padronizados por idade por meio de peso e altura autorreferidos (2006 a 2017) e os dados do GBD padronizados por idade (1990-2017). Os dados da PNS e POF foram obtidos por meio de medidas de peso e altura. A extração dos dados e análise estatística foi realizada com uso dos softwares Excel e Python.

Resultados
Observa-se similaridade dos resultados desses estudos pela sobreposição dos intervalos de confiança das prevalências de excesso de peso estimadas pelo GBD para todo o país (46,9%; IC95%45,8-47,9) e Vigitel com estimativas para as capitais (48,1%; IC95%46,9-49,3). Além disso, todas as fontes mostraram aumento monotônico da prevalência de excesso de peso e de obesidade no Brasil em ambos os sexos entre 1990 e 2019. Ao utilizar as estimativas padronizadas por idade e segundo sexo do GBD e do Vigitel, observou-se sobreposição dos IC95% para as estimativas de excesso de peso em mulheres (GBD 46,5%; IC95%45,1-47,9 e Vigitel 43,4%; IC95%42,3-44,5) e uma subestimação da obesidade pelo Vigitel.

Conclusões/Considerações
Observa-se sobreposição dos IC95% das prevalências de excesso de peso e obesidade inclusive com dados padronizados por idade ou não e ao padronizar por idade e por sexo, as estimativas apresentam-se com maior similaridade para o excesso de peso e em mulheres. As estimativas de prevalência de obesidade foram subestimadas como dados autorreferidos.