Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC5.7 - IMPACTOS SAÚDE E RESTRUTURAÇÃO DE SERVIÇOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVD-19

42671 - CENÁRIOS REGIONAIS DA ATENÇÃO À COVID-19 NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E POTENCIAIS CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUALIZAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO EM SAÚDE
RICARDO ANTUNES DANTAS DE OLIVEIRA - ICICT/FIOCRUZ, CAROLINA CAMPOS DE CARVALHO - ICICT/FIOCRUZ, FRANCISCO VIACAVA - ICICT/FIOCRUZ, MÔNICA SILVA MATINS - ENSP/FIOCRUZ, ANSELMO ROCHA ROMÃO - ICICT/FIOCRUZ, CAIO DE PAULA PEIXOTO - ICICT/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
No âmbito do Projeto de Avaliação do Desempenho do Sistema Saúde (PROADESS – www.proadess.icict.fiocruz.br), diante do cenário da pandemia de Covid-19 no estado do Rio de Janeiro, foram realizados estudos com o objetivo de subsidiar os gestores no planejamento estadual, regional e municipal, considerando a regionalização em saúde.

Objetivos
Dada à pressão da demanda relacionada a pandemia, procurou-se a partir das lógicas de distribuição de recursos de atenção à saúde e dos fluxos para internações, elaborar possíveis rearranjos da regionalização.

Metodologia
Foram calculados indicadores sobre a oferta de leitos, equipamentos e recursos humanos em saúde, disponíveis ao SUS e Totais, críticos aos cuidados necessários naquele momento, a partir dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e utilizando as populações municipais estimadas pelo IBGE para 2019. Em uma segunda etapa, a partir de dados do SIVEP-Gripe sobre as internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) e COVID-19 no primeiro semestre de 2020, foram considerados os fluxos de pacientes para internação, utilizando-se as variáveis local de ocorrência do atendimento e local de residência.

Resultados
A análise da oferta e dos fluxos evidenciou, na prática, a regionalização, considerando a conformação estabelecida e a pandemia, permitindo identificar municípios que desempenhavam o papel de polos. Distintos cenários regionalização foram comparados, nos quais considerou-se, além da oferta de leitos disponíveis, dados da pesquisa Regiões de Influência das Cidades/IBGE sobre os municípios que concentram serviços de saúde de alta complexidade. Foram propostos arranjos regionais para a atenção dos casos graves, com o objetivo de reduzir a distância dos deslocamentos dimensionada nos fluxos de internação, além da pressão sobre os recursos de alguns polos, marcadamente da capital fluminense.

Conclusões/Considerações
A regionalização é ao mesmo tempo fato e ferramenta, por isso considerar as consequências de um momento de crise como a pandemia de Covid-19 é relevante para a sua atualização. Não bastam apenas critérios administrativos, é necessário avaliar a capacidade instalada, as vias e padrões de deslocamento da população e o uso efetivo dos serviços de saúde, aproximando o uso da regionalização como ferramenta de sua realidade como fato.