Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC4.4 - ENCONTROS NO TERRITÓRIO: IDEIAS E AÇÕES EM DEFESA DA SAÚDE

42439 - VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE ENQUANTO CONTRIBUIÇÃO AO ENFRENTAMENTO DOS EFEITOS PSICOSSOCIAIS DA PANDEMIA DE COVID-19
EMILLE SAMPAIO CORDEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA), ALEX JOSBERTO ANDRADE SAMPAIO - CAPS AD III DE JUAZEIRO DO NORTE-CE


Período de Realização
O projeto foi desenvolvido de março a setembro de 2021.

Objeto da experiência
Formação em Vigilância Popular em Saúde como estratégia de enfrentamento coletivo a efeitos psicossociais da pandemia em meio a vulnerabilização social.

Objetivos
Capacitar Agentes Populares de Saúde mental intencionando ampliar a capacidade de resposta territoriais à pandemia de COVID-19 e prevenção e cuidado de sofrimento psíquico, em especial, em contextos de aglomerados urbanos periféricos, no município de Juazeiro do Norte-CE.

Metodologia
As atividades formativas da Comissão Pedagógica aconteceram por meio remoto. Visitas de sensibilização e mobilização das forças vivas do território como pastorais sociais, grupos de jovens, equipamentos da RAPS e SUAS aconteceram previamente. As formações dos Agentes Populares se deram presencialmente em 8 encontros, fundamentadas na Educação Popular e em princípios da Pedagogia da Alternância. Para apoio pedagógico aos facilitadores foi utilizado o caderno de formação da Campanha Periferia Viva.

Resultados
A intervenção capacitou 20 Agentes Populares de Saúde mental no município de Juazeiro do Norte-CE. Além do ciclo básico do curso do Periferia Viva, acrescentamos módulo em saúde mental, duas oficinas e intervenções urbanas como a fixação de poesia em praças, recital e atos cenopoéticos, atividade em romaria religiosa e programa em rádio web. Percebemos que as diversas lideranças populares envolvidas protagonizaram o acolhimento do sofrimento psiquíco e o enfrentamento a vunerabilidades sociais.

Análise Crítica
O processo de saúde e adoecimento psíquico pode ser acolhido e cuidado por meio de ações coletivas e dialógicas. A formação evidencia que valorizar o saber popular e instrumentalizar a população com conhecimento erigido com sua participação são medidas preponderantes para a construção de uma sociedade mais engajada nas ações de saúde e capaz de assumir postura protagonista à promoção da saúde e prevenção de doenças, inclusive por meio da vigilância popular em saúde.

Conclusões e/ou Recomendações
É preponderante a identificação da Educação Popular em Saúde e Vigilância Popular em Saúde enquanto ferramentas aliadas do cuidado em saúde mental que precisam ser melhor aproveitadas e difundidas em todo o território. A possibilidade de ações dos equipamentos das redes de atenção à saúde construírem vinculação com os territórios através da participação popular potencializa ações necessárias a produção de uma sociedade mais saudável.