Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.13 - GESTÃO HOSPITALAR E A QUALIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CUIDADO

38602 - NECESSIDADES DE SAÚDE DE TRANSPLANTADOS RENAIS: O ESPECÍFICO E O COMUM
ARISON CRISTIAN DE PAULA SILVA - ENFERMEIRO NEFROLOGISTA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)., TATIANE DA SILVA CAMPOS - DOUTORANDA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (FIOCRUZ), PROFESSORA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)


Apresentação/Introdução
Comumente no Sistema Único de Saúde, o paciente transplantado renal é acompanhado por equipe especializada de Nefrologia e apresenta pouco vinculo com a atenção primária à saúde, uma vez que suas maiores necessidades são supridas em níveis de atenção de maior complexidade. Porém, esses indivíduos, como todos os demais, devem receber atenção com integralidade e universalidade.

Objetivos
identificar questões de saúde de pacientes transplantados renais que devem ser acompanhadas pela equipe de atenção básica juntamente com a equipe especializada.

Metodologia
Tratou-se, de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa, cuja amostra foi constituída de 98 prontuários de pacientes pós- transplante renal, que realizaram ao menos uma consulta de enfermagem no ambulatório de pós-transplante de um hospital universitário localizado no Rio de Janeiro, no período de agosto de 2016 a dezembro de 2020. A análise foi realizada a partir dos dados coletados, utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences – (SPSS), versão 24.0, para Windows. Foi seguida a Resolução CNS nº 466/2012 e a pesquisa foi aprovada no CEP sob o parecer nº 4.470.149 e CAAE 40875120.0.0000.5282.

Resultados
Foi identificado que: 75 (76,5%) possuem imunização incompleta; são sedentários 57 (58,2%); não seguem a dieta nutricional prescrita 26 (26,6%) ou seguem parcialmente 21 (21,4%); relatam etilismo 9 (9,2%) e tabagismo 1(1,1%); possuem hábitos de higiene intima inadequado 5 (5,1%) e hábitos de higiene oral inadequados 15 (15,3%); atrasam ou esquecem o uso das medicações 17 (17,9%). A população apresentava outras comorbidades como Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e infecções recorrentes.

Conclusões/Considerações
A intervenção de todos os profissionais de saúde nesses problemas é essencial para a prevenção de agravos e promoção da saúde a fim de evitar o surgimento de novos problemas e também a possível influencia na sobrevida do enxerto transplantado. É importante que o indivíduo receba assistência em todos os níveis de atenção, mesmo que esse apresente necessidades que o vinculem à alta complexidade. Todos os profissionais devem estimular esse vinculo.