Sessão Assíncrona


SA7.4 - SAÚDE DO TRABALHADOR II (TODOS OS DIAS)

39473 - O SANITARISTA COMO AGENTE DO TRABALHO NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL
JULIETE SALES MARTINS - ISC/UFBA, THADEU BORGES SOUZA SANTOS - UNEB, SILVANA LIMA VIEIRA - UNEB, ISABELA CARDOSO DE MATOS PINTO - ISC/UFBA


Apresentação/Introdução
Tomando a inserção dos sanitaristas nas equipes das Policlínicas Regionais de Saúde (PRS), atenta-se para importância destes profissionais na estratégia de priorização das necessidades de saúde. O sanitarista é essencial por sua responsabilidade ético-político-social nas mudanças dos espaços de trabalho e no gerenciamento de um conjunto de atividades que provoquem impactos na saúde da coletividade

Objetivos
Este estudo objetivou analisar delineamento do perfil de sanitaristas requisitados para composição das equipes gestoras das PRS no SUS Bahia, bem como suas atribuições na função de assessoria técnica

Metodologia
Trata-se de estudo qualitativo desenvolvido através da análise de 32 documentos publicados entre 2016-2021 sobre provimento de profissionais de saúde para PRS. O caso analisado foi determinado pelo fenômeno da expansão da cobertura assistencial da Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) na Bahia. O banco de dados foi constituído a partir de busca nos sites das empresas realizadoras dos concursos e através dos Diários Oficiais dos Consórcios Interfederativos de Saúde. Após leitura na íntegra, reconheceu-se unidades temáticas que foram agrupadas respeitando categorias pré-estabelecidas. Para tanto, adotou-se a concepção de agentes do trabalho, segundo Teoria do Processo de Trabalho em Saúde

Resultados
Os editais de seleção permitiram reconhecer requisitos profissionais desejados às PRS. A necessidade de formação em Saúde Coletiva esteve presente nos pré-requisitos e avaliações de títulos, o que garantiu a seleção de profissionais sanitaristas para a função de assessoria técnica. Com relação aos regimentos internos, os documentos explicitaram que a referida função deveria ser exercida preferencialmente por especialista em Saúde Coletiva, corroborando com os editais. Nessa perspectiva, as diversas atribuições dos regimentos revelaram a necessidade de um profissional com habilidades e competências em planejamento e gestão, cabendo perfeitamente a inserção dos sanitaristas na equipe gestora

Conclusões/Considerações
Portanto, ressalta-se a importância da escolha por profissionais da Saúde Coletiva para atuar na AAE, tendo em vista que esses podem atuar na transformação das práticas, no sentido de priorizar as necessidades de saúde da população. Contudo, sugere-se o desenvolvimento de outras pesquisas, que avaliem a atuação propriamente dita dos sanitaristas na AAE, nível de atenção que inclusive carece de mais estudos