22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC7.7 - DIÁLOGOS ENTRE OS DESAFIOS DO TRABALHO CONTEMPORÂNEO E A SAÚDE DO TRABALHADOR |
39956 - VIVÊNCIAS DE TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO MUNICÍPIO DE SALVADOR DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: DESCRIÇÃO DO TRABALHO E IMPACTOS À SAÚDE MENTAL MICHELE ALMEIDA DOS SANTOS - GRADUANDA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/UFBA., TAIA CAROLINE NASCIMENTO FERNANDES - PESQUISADORA DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, JUCIDALVA NASCIMENTO GOMES - PESQUISADORA DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, MÔNICA ANGELIM GOMES DE LIMA - DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE, AMBIENTE E TRABALHO/UFBA, MARCELO CASTELLANOS - DOCENTE DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA
Apresentação/Introdução A pandemia da Covid-19 exigiu mudanças no trabalho em saúde na APS, sobretudo, em relação às medidas de proteção e qualificação da assistência. Os trabalhadores foram confrontados pela perda de referência de suas atividades, medo do contágio de si e seus familiares e sentimento de dever incondicional. Incertezas e o sentido de dever impactaram a saúde mental desses trabalhadores
Objetivos Discutir a dinâmica laboral de trabalhadores da Atenção Primária do município de Salvador no período pandêmico e os impactos à saúde mental desses profissionais.
Metodologia Pesquisa qualitativa financiada pelo CNPq e aprovada pelo CEP do ISC/UFBA, integra o Projeto Observa Covid, tendo como um dos campos de investigação 8 Unidades de Saúde da APS de Salvador/BA. Por meio de entrevistas semiestruturadas (virtuais e presenciais) realizou-se a escuta de trabalhadores de diferentes categorias profissionais que atuam nas US. Para análise dos dados a teoria da Etnometodologia foi fonte de inspiração, buscando-se um olhar atento às adaptações e estratégias produzidas na rotina do trabalho durante o enfrentamento da pandemia.
Resultados As transformações no ambiente do trabalho da APS e familiar durante a pandemia foram marcadas por mudanças repentinas na organização e processos de trabalho. A descaracterização do trabalho da APS. A percepção sobre si, colegas e usuários no que se refere ao aumento dos adoecimentos psíquicos. Uso de equipamentos de proteção individual, desconfortáveis e de qualidade questionável e assistência à grande demanda de usuários. O sentimento de falta de apoio por parte da gestão no acolhimento das dificuldades dos trabalhadores e os estressores psíquicos no ambiente de trabalho. Sobrecarga de trabalho, dúvidas e medos, para os que arriscando suas vidas.
Conclusões/Considerações O ambiente de caos passa a refletir sintomas físicos e emocionais em muitos trabalhadores, exigindo atenção e cuidados urgentes, a fim de evitar a a cronificação desse quadro em suas vidas.
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