Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC3.34 - DESAFIOS DOS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO E GESTAO DO SUS

38551 - ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE ERROS DE IMUNIZAÇÃO NAS CADERNETAS DE VACINAÇÃO DE CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS
STÊNIO HENRIQUE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE, BRENER SANTOS SILVA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, LÍVIA MARIA REZENDE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE, FERNANDA APARECIDA SANTOS MARTINS APIPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE, GABRIELA GONÇALVES AMARAL - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ROBERTA BARROS SILVA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS, JOSIANNE DIAS GUSMÃO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS, TARCÍSIO LAERTE GONTIJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE, ELIETE ALBANO DE AZEVEDO GUIMARÃES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE, VALÉRIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI - CAMPUS CENTRO-OESTE


Apresentação/Introdução
O Erro de Imunização (EI) pode ser definido como qualquer evento evitável ocorrido durante o processo de vacinação. Embora sejam inúmeros os benefícios alcançados pela vacinação, a complexidade e as constantes mudanças do calendário vacinal, a diversidade de vacinas oferecidas pelos programas de imunização e a inclusão de novos imunobiológicos podem predispor a ocorrência de EI.

Objetivos
Analisar a prevalência de erros de imunização nas cadernetas de vacinação de crianças menores de cinco anos.

Metodologia
Estudo transversal analítico realizado por meio do inquérito domiciliar com crianças de 6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias residentes em três municípios de MG em 2021 utilizando como fonte de informação os registros vacinais da caderneta de vacinação da criança. Para análise do EI considerou-se o calendário vacinal e as mudanças realizadas no período do estudo compreendido entre 2016 e 2021. Calculou-se a prevalência do EI geral e por ano considerando o número de doses aplicadas (d.a.) no período estudado. Realizou-se o teste de associação entre as variáveis independentes e o desfecho (p < 0,05), adotando intervalo de confiança de 95%.

Resultados
Foram avaliadas 453 cadernetas de vacinação. A prevalência encontrada foi de 41,9 EI/100.000 d.a. (IC95%:32,2 - 51,6). Foram encontrados 55 EI com maior proporção de erros entre o período de 2020 e 2021. Dos 44 (9,7%) participantes acometidos pelo EI, 36 (81,8%) foram acometidas por um erro de imunização, 07 (15,9%) por dois erros de imunização e 1 (2,3%) criança foi acometida por 05 erros de imunização. O erro mais frequente foi intervalo inadequado entre vacinas, e a vacina tríplice bacteriana foi a maior responsável por esse número. Crianças com atraso vacinal tiveram 7,55 a chance de serem acometidas por EI.

Conclusões/Considerações
A prevalência encontrada foi mais expressiva quando comparada a estudos de bases secundárias, realçando a presença da subnotificação. Os erros encontrados reafirmam problemas relacionados a prática profissional em sala de vacinação, demonstrando a importância e necessidade da educação permanente contínua dos vacinadores, além da necessidade da adoção de medidas efetivas que reduzam a chance da ocorrência do erro de imunização.