23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC11.22 - MULTIPLICIDADE DOS ESPAÇOS FORMATIVOS NA SAÚDE |
43298 - CURSO PREPARATÓRIO DE EPIDEMIOLOGIA DO COLETIVO NEGRO MAKOTA VALDINA: CONSTRUINDO PONTES PLURAIS PARA UMA NOVA SAÚDE COLETIVA VANESA DE MELO FERREIRA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), RAYCAUAN SILVA BENTHROLDO - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), MAGNO CONCEIÇÃO GARCIA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), JOÃO PEDRO SANTOS DA SILVA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), DENISE ANJOS DE OLIVEIRA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), KELLY DIOGO DE LIMA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), FLÁ]VIA DE ASSIS SOUZA - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA (IFF/FIOCRUZ), LAISA NAIARA EUZÉBIO DE SÁ - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), CASSIANA RODRIGUES ALVES SILVA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ), UESLEI SOLATERRAR DA SILVA CARNEIRO - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL (IMS-UERJ)
Período de Realização Entre 8 de novembro e 6 de dezembro de 2021.
Objeto da experiência Preparar pessoas negras, indígenas e transgêneras para o processo seletivo do ano de 2022 do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do IMS/UERJ.
Objetivos O Coletivo Negro Makota Valdina é um grupo independente de estudantes negros que em seu terceiro ano de [re]existência, através do curso preparatório, objetiva tornar a pós-graduação em Saúde Coletiva mais acessível para pessoas historicamente postas à margem dos centros de produção de conhecimento.
Metodologia Metodologia de ensino ativa por meio de 5 videoconferências. A partir da leitura prévia do conteúdo, facilitadores organizaram tópicos para o direcionamento das discussões em grupo (atividade síncrona). Além disso, desenvolveram materiais didáticos que foram compartilhados para sintetização dos temas. A gravação das aulas, bem como listas de exercícios foram disponibilizadas para fixação do conteúdo (atividade assíncrona). Sendo a resolução de exercícios discutida posteriormente.
Resultados Foram 12 pessoas inscritas (11 mestrado, 1 doutorado). Destas, 83% residiam no Rio de Janeiro, 8% no Distrito Federal e 8% em Pernambuco; 50% pretendiam concorrer através do sistema de cotas; 83% se autodeclararam negra/preta e 17% outra; 24% identificaram-se como pessoa LGBTQIA+ ou não respondeu; Quanto a identidade de gênero, 67% declararam-se cisgênera, 8% não-binária e 25% outra; 75% mencionaram interesse em aulas preparatórias de inglês. Ao final do processo, 2 pessoas foram aprovadas.
Análise Crítica Entende-se que o ensino remoto pode ter dificultado o acompanhamento de parte das pessoas inscritas. Contudo, as atividades assíncronas viabilizaram a revisão dos conteúdos. O presente relato é parte de um projeto mais amplo, que incluiu módulos específicos para pessoas candidatas a outras áreas de concentração da Saúde Coletiva (Ciências Humanas e Política). Além de aulas de inglês, escrita de projetos e preparação para a entrevista — atividades que podem ter dado maior suporte aos participantes.
Conclusões e/ou Recomendações É imprescindível apoiar e agir para a manutenção e evolução das ações afirmativas. A pós-graduação ainda está distante de atingir o ideal de proporcionalidade racial e de gênero em seu público discente e docente. As pontes construídas neste projeto buscaram atender tais objetivos. Contudo, é necessário ampliar o acesso a recursos por parte do coletivo a fim de enfrentar barreiras do racismo institucional e estrutural e da cisheteronormatividade.
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