23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC11.22 - MULTIPLICIDADE DOS ESPAÇOS FORMATIVOS NA SAÚDE |
41018 - PROMOÇÃO DA ÉTICA DO CUIDADO NO ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES E NA FORMAÇÃO DE TRABALHADORES SOCIAIS SÔNIA MARIA DANTAS BERGER - ISC/UFF, ENILCE DE OLIVEIRA FONSECA SALLY - UFF, JULIANA MACIEL GONÇALVES - ERIJAD/PMN, THAYNÁ DE OLIVEIRA MOREIRA RODRIGUES - ISC/UFF, MARLENE MERINO ALVAREZ - FMS, ELIZABETH CLARKSON - UFF, PAULA KWAMME LATGÉ - ERIJAD/PMN, RANULFO CAVALARI NETO - FEUSP, PAOLA VARGAS - ERIJAD/PMN, LETÍCIA DE FREITAS PORTUGAL - UFF
Apresentação/Introdução Acolhimento é tema central das politicas públicas que atravessam as vidas de crianças, adolescentes e famílias vulnerabilizadas e a rotina dos trabalhadores dos Sistemas Únicos de Saúde e Assistência Social (SUS e SUAS) atuantes no Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Conhecer e discutir os seus sentidos e práticas contribui para a superação de uma limitada concepção de proteção social e cuidado.
Objetivos Analisar como o acolhimento vem sendo abordado e desenvolvido por diferentes atores que atuam junto às crianças e aos adolescentes no município de Niterói (RJ).
Metodologia Como abordagem principal deste estudo, está uma pesquisa-ação em desenvolvimento, numa concepção dialógica que inclui os sujeitos como indivíduos e coletividades com potencial para problematizar, investigar e transformar a própria realidade de vida a partir da produção do conhecimento. Utilizando-se da triangulação metodológica, por meio de uma análise de métodos e técnicas diversos, realizamos, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2022, análise documental de Sistemas de Informação, cinco Grupos Focais (GF) com conselheiros e trabalhadores do SGD e observação participante de 17 Rodas de conversa com a rede intersetorial sobre “Cuidados na infância, adolescência e juventude”.
Resultados Nos GsFs, o acolhimento coexistiu em dois sentidos: o acolhimento-cuidado destaca a questão da autonomia do/a adolescente e garante a proteção e vinculo. O acolhimento-violência valoriza a rigidez das regras/rotinas que podem ser experimentadas como controle e restrição de liberdade. Este sentido, também, foi observado nas rodas que, além disso, indicaram a necessidade de investimento em politicas que garantam o acolhimento do grupo familiar assim como abordaram o acolhimento como posição em relação ao outro, apontando os limites do preconceito e da estigmatização, dando ênfase na construção de práticas de um cuidado não institucionalizado e que incluam o acolhimento aos trabalhadores.
Conclusões/Considerações Os sentidos do acolhimento perpassaram movimentos/desdobramentos tanto de reprodução como de resistência aos modos de concebê-lo no espaço-tempo institucional. O GF e Rodas foram espaços de reflexão da práxis e visibilidade dos discursos/práticas hegemônicos, colaborando para processos inovadores de formação. Para além das rotinas, permanece o desafio de cuidar, no aqui e agora, das necessidades de todos os atores envolvidos no acolhimento.
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