Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC11.21 - FORMAÇÃO EM SAÚDE: ABORDAGENS E FERRAMENTAS

44386 - VIVÊNCIA A PARTIR DO TERRITÓRIO NA INTERFACE DA SAÚDE COLETIVA, GESTÃO E AGROECOLOGIA
THALITA ANALYANE BEZERRA DE ALBUQUERQUE - UPE, WANESSA DA SILVA GOMES - UPE, ANDRÉ MONTEIRO COSTA - FIOCRUZ/PE, GUSTAVO DA SILVA CÂNDIDO - UPE, KALYNE CUNHA ALVES DE OLIVEIRA - UPE, GUILHERME RICARDO PEREIRA SANTOS - UPE, MARIANA RIBEIRO STARLING DINIZ FREITAS - UPE


Período de Realização
As atividades iniciaram em março de 2021 e serão finalizadas em fevereiro de 2023.

Objeto da experiência
Vivências de residentes da REMISCA junto a movimentos sociais da agroecologia, povos tradicionais e espaços de gestão do SUS no Agreste pernambucano.

Objetivos
Relatar e refletir a vivência semeada até aqui pelos/as residentes do 2º ano da REMISCA, primeiro programa a propor a interface entre Saúde Coletiva e Agroecologia no Brasil, buscando integrar o processo de gestão em saúde a partir de uma pedagogia do território.

Metodologia
Iniciaram-se os trabalhos a partir da territorialização das comunidades de atuação: Quilombo Castainho e Sítio Cruz, em Garanhuns-PE, e Sítios Laguinha, Mulungu e Pau Ferro, em Caetés/PE. Durante a atuação nos territórios, fizemos uso de metodologias embasadas na Educação Popular de base freiriana e no diagnóstico rural participativo, métodos emancipatórios e democráticos, que propõem pensar e construir planos e ações/atividades a partir dos problemas identificados pela comunidade/grupo.

Resultados
A partir da incidência junto aos territórios, foram fomentadas atividades/ações, como o grupo de saberes tradicionais no Sítio Cruz; fortalecimento da afirmação identitária, combate ao racismo e valorização cultural nos espaços coletivos do Quilombo Castainho; rodas de conversa na Associação de Pequenos/as Produtores/as Rurais de Laguinha, em Caetés e início da construção de um banco comunitário de sementes crioulas nessa comunidade, em parceria com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

Análise Crítica
A construção dialógica entre o fazer Saúde Coletiva nos territórios (diversos) e nos espaços de gestão (hegemônicos) permitiu a compreensão do quão complexa é a construção dessa interface. A experiência - desafio - concedeu às/aos residentes um olhar amplo com relação à gestão no SUS, que passa pela construção coletiva e promove a autonomia das/os sujeitas/os, permitindo que identifiquem suas potencialidades e fragilidades e sejam estimuladas/os a preservar ou superar esses fatores.

Conclusões e/ou Recomendações
A experiência da REMISCA tem constituído um processo intenso e dinâmico dentro de um campo de atuação enriquecedor. A territorialização trouxe inúmeras percepções, o processo de trabalho envolve diversas histórias de vida, culturas e crenças. A oportunidade de conviver com novos espaços e atores sociais proporciona inúmeras descobertas do fazer gestão em saúde de maneira participativa, ampliando o olhar das/os profissionais de saúde.