SA11.4 - MÚLTIPLAS ABORDAGENS DA FORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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41880 - DISCUSSÃO DE RAÇA E EXPRESSÕES DO RACISMO NO CAMPO DA SAÚDE, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. ROSEANE MARIA CORREA - ENSP
Período de Realização A experiência foi durante o ano de 2021 em aulas para graduação e pós-graduação.
Objeto da experiência Discussão de raça e expressões do racismo no campo da saúde que é um é um bem público e um direito fundamental para todos.
Objetivos Ampliar o debate sobre racismo na formação profissional considerando que a população negra tem experiências desiguais ao nascer viver e adoecer. Estudar o contexto histórico e os significados sociais das expressões do racismo na produção de vulneraliblidades.
Metodologia Em aulas com a temática Expressões do Racismo e Saúde para turmas de graduação e pós-graduação foram feitas discussões sobre a história do negro no Brasil, o racismo como um determinante de saúde, vulnerabilidades estruturadas a partir do colonialismo e a escravidão negra, precariedade da saúde da mulher negra e o mito da democracia racial e as interferências na eficácia no cuidado em saúde. Em todas as aulas havia debates e os alunos trocavam experiências sobre a temática.
Resultados Os que não tinham familiaridade com o assunto expressavam curiosidade e outros expressavam ceticismo. Nos debates houve alunos relataram nunca terem relacionado o racismo como fonte de adoecimento e entendiam o cuidado de saúde como uma responsabilidade do indivíduo sem considerar a estrutura social em que ele está inserido. Influenciados pelo Mito da democracia racial, questionamentos sobre a necessidade da Política Nacional da Saúde da População Negra também foi discutida.
Análise Crítica Omitir o passado histórico colonial e escravocrata através do epistemicídio acadêmico é uma das estratégias de escamotear o debate sobre fontes de vulnerabilidades de saúde da população negra e legitimar as desigualdades no cotidiano. A análise crítica das desigualdades e iniquidades raciais em saúde devem ser realizadas para entender como corpos não brancos são tratados politicamente. A discriminação, descortesia de profissionais baseadas na raça/cor deve estar nas ementas acadêmicas.
Conclusões e/ou Recomendações Recomenda-se que o estudo sobre raça e racismo deve estar nas ementas como uma forma de assegurar um atendimento de qualidade para a população negra. Os indicadores de desigualdades e exclusão devem ser usados para impulsionar debates e reflexões sobre a situação de saúde do negro no Brasil. É inaceitável que professores de quaisquer disciplinas justifiquem “não entender o assunto” para não abordar a saúde da população negra nas aulas.
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