SA11.4 - MÚLTIPLAS ABORDAGENS DA FORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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41100 - AS TATUAGENS DO PROFISSIONAL SANITARISTA: VIVÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO CAMPO NO AGRESTE PERNAMBUCANO. ALEXSANDRO DE MELO LAURINDO - UFBA, HARIADNY ASHILLEY NEVES CLEMENTE SARAIVA - UPE, LUIZA CARLA DE MELO - FIOCRUZ, MATEUS DOS SANTOS BRITO - UFBA, THAIARA DORNELLES LAGO - UPE, FABIANA DE OLIVEIRA SILVA SOUSA - UFPE
Período de Realização A experiência descrita ocorreu entre Março de 2020 à Fevereiro de 2022.
Objeto da experiência Atuação do profissional Sanitarista na atenção primária à saúde do campo no município de Caruaru, Pernambuco.
Objetivos Relatar algumas das experiências e reflexões acerca da atuação do profissional Sanitarista no Programa de Residência multiprofissional em Saúde da Família com ênfase em Populações do Campo, da Universidade de Pernambuco em Caruaru, Pernambuco, entre março de 2020 à fevereiro de 2022.
Metodologia A experiência foi desenvolvida junto à duas equipes de saúde da família e contemplou atividades como: 1) Atenção à saúde com base territorial; 2) Articulação de redes intersetoriais e intrasetoriais; e 3) a reorganização do trabalho multiprofissional na APS. A reflexão enfatiza o “fazer do sanitarista” em um processo de trabalho orientado pela interprofissionalidade e na perspectiva na educação popular em saúde no qual o programa de residência foi construído.
Resultados A atuação com base territorial se mostrou uma estratégia chave para conhecimento das necessidades de saúde e ampliação da visibilidade sobre atuação do sanitarista. Na articulação de redes observou-se um impacto significativo no sentido tensionador a nível municipal e estadual. O sanitarista exerceu certo protagonismo no desenvolvimento de costuras entre equipe NASF redes, eSF e necessidades versus demandas reprimidas territoriais e históricas atravessadas pela construção do povo do campo.
Análise Crítica Essa trajetória foi marcada por um processo de “aprender fazendo” no/com o território. Foi possível vivenciar diversos desafios na atenção básica do campo: falta de estrutura, dificuldade no acesso, limitações na continuidade dos processos e rotatividade de profissionais. Faz-se necessário investir em formações e reflexões acerca das especificidades de populações tradicionais, principalmente se atreladas ao fazer do Sanitarista, multiplicando as “tatuagens” em outros espaços acadêmicos e de trabalho.
Conclusões e/ou Recomendações O sanitarista possui uma formação que o possibilita adaptar-se aos cenários, territórios, necessidades e vivências. É notório a necessidade de ampliação da escrita acerca do fazer desse profissional,especialmente os voltados para atenção básica no campo. E por mais desafiante que seja construir um processo ainda novo na saúde coletiva, existirá sempre uma descoberta que está atrelada ao fazer saúde de modo transversal, participativo e político.
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