SA11.4 - MÚLTIPLAS ABORDAGENS DA FORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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38612 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO MÉTODO-FERRAMENTA PARA FORMAÇÃO DE ATIVADORES DO CONTROLE SOCIAL: EXPERIÊNCIA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS FERNANDA JORGE MACIEL - ESP-MG, DANIEL AUGUSTO FERNANDES - ESP-MG, LENIRA DE ARAÚJO MAIA - ESP-MG, LUCAS RODRIGUES DE CASTRO ALBIONTI - ESP-MG, RODRIGO MARTINS DA COSTA MACHADO - ESP-MG
Período de Realização março a maio de 2022
Objeto da experiência Aplicação da EPS como fundamento político, pedagógico e metodológico na Formação de Ativadores do Controle Social no SUS em MG ofertado pela ESP-MG.
Objetivos Apresentar os processos de construção da Formação de Ativadores do Controle Social e de realização da turma piloto, articulando o projeto do curso, a abordagem das aulas e os instrumentos desenvolvidos ao referencial da Educação Permanente em Saúde (EPS).
Metodologia No projeto do curso, o ativador é entendido como conselheiro que instaura processos de problematização e media a proposição de ações junto aos demais conselheiros de saúde. A abordagem das aulas não foi centrada na transmissão de conteúdos técnicos, mas na troca de saberes da prática. Os instrumentos foram o diagnóstico local do conselho de saúde e o plano de ativação - preenchidos coletivamente pelos conselheiros - e, então, analisados pela equipe da ESP-MG para utilização nas aulas
Resultados O projeto previa 4 aulas remotas e 2 períodos de dispersão para preenchimento do diagnóstico local e plano de ativação, com carga horária de 20 horas. Na turma piloto, participaram 23 alunos de 20 municípios. As aulas abordaram a EPS e o papel do ativador, problematizando o conceito de saúde, os princípios do SUS e a atuação do conselheiro de saúde em relação aos instrumentos de planejamento. Para isso, foram usados casos, podcast, espaços de troca entre os alunos e discussões em pequenos grupos.
Análise Crítica Durante as discussões nas aulas, observamos que os alunos-conselheiros tem expectativa de que cursos com abordagem conteudista apresentem respostas às dificuldades vivenciadas em seu cotidiano. Ainda que se fale da importância da EPS, notamos que poucos conselhos problematizam sua forma de atuação e repensam suas práticas. Assim, o uso de casos durante as aulas e, na dispersão, o uso do diagnóstico e do plano de ativação, funcionaram como ativadores de EPS ao longo do curso.
Conclusões e/ou Recomendações A ESP-MG historicamente realiza formação de conselheiros, abordando conceitos e instrumentos usados no cotidiano do controle social. Percebemos a necessidade de formações mais permeáveis aos contextos locais e flexíveis às questões apresentadas pelos alunos, que foi reforçada nessa experiência, com o uso da EPS como método-ferramenta. A avaliação dessa turma piloto contribuirá para a oferta contínua do curso no estado de Minas Gerais.
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