23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC5.26 - IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 E AVALIAÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS |
42619 - IMPACTO DA COVID-19 NO PERFIL SOCIOECONÔMICO / OCUPACIONAL EM PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME SÂNZIA BEZERRA RIBEIRO - UFBA, MARIA RONALDA SOUZA DOS SANTOS - FADBA, CÉLIO MARQUES SOUZA - FADBA, LILIAN ANABEL BECERRA DE OLIVEIRA - FADBA, FLÁVIA KARINE LEAL LACERDA - UFBA, ELIENE ALMEIDA SANTOS - UFBA, EVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHO - UEFS, SILVIA LÚCIA FERREIRA - UFBA
Apresentação/Introdução A pandemia do COVID-19 trouxe grande impacto na vida das pessoas, sem poupar nenhuma das regiões brasileiras, ocorrendo de forma mais acentuada nas regiões norte e nordeste. Sendo assim, a população em vulnerabilidade, incluindo pessoas com doença falciforme (DF) e em situação socioeconômica precária, tiveram e estão tendo um maior impacto socioeconômico/ocupacional.
Objetivos Descrever o impacto da covid-19 no perfil socioeconômico/ocupacional em pessoas com DF.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, observacional de corte transversal realizado entre outubro de 2020 e junho de 2021. Em virtude da pandemia do COVID-19, a amostra foi intencional, recrutada em ambiente virtual que aceitasse participar e atendesse aos critérios de inclusão. Para coleta de dados foi utilizado um questionário sociodemográfico, estruturado com informações relacionadas: idade, peso, altura, raça, condições de trabalho e condições de saúde. A análise dos dados foi feita por meio da estatística descritiva. As características da amostra foram apresentadas como frequência relativa (%) e absoluta.
Resultados Foram entrevistadas 77 pessoas com DF, 63,6% HbSS e 26% HbSC, sexo feminino (85,7%), , maioria negra (83,2%), solteiras (55,8%), faixa etária entre 29 a 39 (48,1%), maior parte residente na região sudeste (39%), 14.3% testaram positivo para COVID-19 e 48,1% teve algum parente que testou positivo. Sobre o perfil ocupacional, 28,6% da amostra exercia trabalho informal sem carteira assinada. Considerando os que trabalhavam com carteira assinada (23,6%) e os trabalhadores informais, 32,5% ficaram desempregados, e 16,9% tiveram redução da renda durante a pandemia da COVID-19. 62,3% dos participantes afirmaram não receber nenhum tipo de auxílio do Ministério da Previdência Social.
Conclusões/Considerações A pandemia da COVID-19 trouxe várias repercussões negativas não apenas na área da saúde, mas também na área econômica. Dentre o perfil de pessoas mais afetadas tivemos as mulheres, negros e trabalhadores informais, bem como, intensificou a situação de vulnerabilidade social e econômica de pessoas com DF.
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