23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC1.12 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS IV |
43470 - PREVALÊNCIA DE NEISSERIA GONORRHOEAE ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS DE 15 A 24 ANOS NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA THAISE SILVA ROCHA - UFBA, MÔNICA PEREIRA CARNAÚBA - UFBA, STEFANIE MARINA CORREIA CAIRO - UFBA, LAIO MAGNO - UFBA - UNEB, ÁGATHA MORGANA BERTOTI DA SILVA - UFBA, FABIANE SOARES - UFBA, INÊS DOURADO - UFBA, LUCAS MIRANDA MARQUES - UFBA, DANIELLE MEDEIROS - UFBA, GUILHERME BARRETO CAMPOS - UFBA
Apresentação/Introdução No Brasil, a infecção sexualmente transmissível (IST) causada por Neisseria gonorrhoeae (NG) continua sendo um grande problema para a saúde pública. Homens que fazem sexo com homens (HSH) são mais afetados por IST, que são frequentemente assintomáticas, o que contribui para a falta de diagnóstico e, consequentemente, atraso no início do tratamento.
Objetivos Avaliar a prevalência de N. gonorrhoeae em diferentes sítios anatômicos em adolescentes e jovens HSH no município de Vitória da Conquista - BA.
Metodologia Estudo transversal, com adolescentes e jovens HSH, de 15 a 24 anos, residentes em Vitória da Conquista – BA. As entrevistas foram realizadas em um Centro Especializado em IST e o recrutamento aconteceu pela amostragem dirigida pelo participante (RDS). Amostras biológicas foram coletadas através de swabs nos sítios anal, uretral e oral, e direcionadas para o diagnóstico molecular (qPCR). A prevalência de NG e intervalos de confiança 95% (IC95%) foram realizadas para a infecção em cada sítio anatômico e em pelo menos um dos sítios. A relação entre a ocorrência de NG e variáveis selecionadas foi avaliada pelo teste qui- quadrado ou exato de Fisher, considerando p<0,05, com o Stata 15.1.
Resultados Considerando o teste reagente para NG em pelo menos um dos sítios, a prevalência foi de 7,5% (IC95%: 3,8-14,5%) dentre os 106 participantes que coletaram todos os sítios. As prevalências nos sítios anal, uretral e oral foram de 5,7% (IC95%: 2,5-12,1%, n=106), 2,8% (IC95%: 0,9-8,5%, n=106) e 2,8% (IC95%: 0,9-8,4%, n=107) respectivamente. Do total de participantes com teste reagente para NG, 37,5% foram detectados pela amostra oral. NG foi mais prevalente entre os participantes negros (12,9%) que não negros (0,0%) e entre aqueles que tinham até o ensino médio (16,7%) em comparação com os que cursavam o ensino superior (3,9%) (p<0,05). Não foram identificadas associações com idade e orientação sexual.
Conclusões/Considerações NG apresentou altas prevalências em todos os sítios anatômicos investigados, principalmente no sítio anal. Mais de um terço dos participantes não teria sido diagnosticado caso não houvesse coleta oral, mostrando a necessidade de testagem em sítios distintos. Clínicas de
saúde sexual devem considerar a implementação de triagem para NG, uma vez que a baixa
testagem dificulta o rastreio, tratamento e controle da cadeia de transmissão.
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