22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.11 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS III |
44871 - MALÁRIA INDÍGENA: EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO NO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA DO RIO NEGRO, 2018-2021.
LUIZ CARLOS FERREIRA PENHA - INDÍGENA TUKANO, BIÓLOGO, DOUTORANDO NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA- VIGIFRONTEIRAS/ENSP/FIOCRUZ, HAMYLA ELIZABETH DA SILVA TRINDADE - INDÍGENA BARÉ, ENFERMEIRA, DOUTORANDA NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA- VIGIFRONTEIRAS/ENSP/FIOCRUZ;, IACINETE PAMPLONA DA CRUZ - ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, DOUTORANDA NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA- VIGIFRONTEIRAS/ENSP/FIOCRUZ, CLEIA SOARES MARTINS - INDÍGENA BARÉ, ENFERMEIRA, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO GABRIEL DA CACHEIRA-AM, MÁRCIO PEREIRA FABIANO - MESTRANDO SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA-UNB, MYRNA BARATA MACHADO - FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS- FVS/RCP, ELDER FIGUEIRA - FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS- FVS/RCP
Período de Realização
As ações de intervenção conjunta iniciaram em 2018 e estabelecidas até o presente momento.
Objeto da experiência
Relatar ações de vigilância da malária do Distrito Sanitário Especial Indígena Rio Negro (DSEI/ARN), polos bases Iauaretê e Taracuá, São Gabriel-AM.
Objetivos
Pontuar as principais ações exitosas de vigilância e controle da malária desenvolvidas nos Polos Bases (PB) de Yauaretê e Taracuá, período de 2018 a 2021, implantadas a partir da intervenção interinstitucional com participação comunitária indígena.
Metodologia
Casos autóctones foram estratificados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária, SIVEP-Malária, considerado o Índice Parasitário Anual (IPA) dos polos bases Taracuá e Yauaretê (DSEI-ARN). Pontuou-se ainda, ações de vigilância, considerando, avanços interinstitucionais e participação indígena. Sendo planejadas pela secretaria municipal de saúde (SEMSA), DSEI-ARN, apoiador técnico da Fiotec/Fiocruz e Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-RCP) do Estado do Amazonas.
Resultados
O IPA do PB Taracuá em 2018 era 18,65 casos/1000 habitantes (médio risco) e 2021 foi 0,46 (muito baixo risco). PB Yauaretê tinha um IPA de 36,75 casos/1000 habitantes (médio risco) em 2018 reduzindo para 0,26 (muito baixo risco) em 2021. Redução iniciada na intervenção da sala situação, com ações desenvolvidas nos polos bases como: busca ativa, tratamento supervisionado, restruturação de laboratórios, qualificação profissional, manejo ambiental, borrifação intradomiciliar e educação em saúde.
Análise Crítica
A redução da malária ao longo dos anos é resultado da intervenção implantada em 2018, que continua atualmente. As ações tiveram três objetivos: redução da carga parasitária, redução do vetor e educação em saúde. Essa tríade foi importante e desenvolvidas nos polos. Em ambos, a participação da comunidade indígena foi crucial, buscando a valorização do profissional indígena, manejo ambiental comunitário e aceitação do tratamento/supervisão da malária, somado a educação na língua indígena tukano.
Conclusões e/ou Recomendações
Ações planejadas interinstitucionalmente demonstraram potencialidade às atividades de controle da malária nos polos bases. Profissionais indígenas falantes da língua também foram importantes na educação em saúde. A tríade carga parasitária-vetor-educação foi importante para planejar as ações de campo. Com a participação das comunidades indígenas, a intervenção se mostrou eficiente, apresentando redução do IPA até o presente nos polos descritos.
|
