24/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC11.19 - ABORDAGENS PEDAGÓGICAS PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE |
40829 - ABORDAGEM SOBRE DESENVOLVIMENTO DO CORPO COM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA ESTADUAL EM BELO HORIZONTE GABRIELA VITÓRIA APARECIDA MARQUES COSTA - FCMMG, GIOVANA BRAGA LOPES - FCMMG, GABRIELA BAETA BARBOSA LEITE - FCMMG, GABRIEL ALMEIDA SOUSA - FCMMG, GIOVANNI BONFIOLI MARTINS DE CASTRO - FCMMG, DIOGO CARNEIRO SPINOLA - FCMMG, ISABELLA VASCONCELOS FERNANDES - FCMMG
Período de Realização A ação foi realizada em abril de 2022.
Objeto da experiência Total de 216 alunos, de 7 a 11 anos, de uma escola estadual no Aglomerado da Serra (Vila Cafezal), maior comunidade de Belo Horizonte.
Objetivos Abordar, em grupos de 36 alunos, de maneira dinâmica, a puberdade, de forma que as crianças aprendam a conhecer o próprio corpo, a respeitar os limites do corpo do outro e sobre a importância de se ter um adulto de confiança para reportar situações em que se sinta desconfortável ou ameaçado.
Metodologia Após contato para entendimento das necessidades, discentes do 1º ano de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, junto com seus professores e direção da escola, realizaram uma roda de conversa sobre o desenvolvimento e as mudanças no corpo feminino e masculino, esclarecendo as dúvidas das crianças. Ainda, realizaram dinâmicas sobre autoconhecimento e respeito, para que a criança se sinta segura em reportar situações desconfortáveis, como forma de prevenção a violência sexual.
Resultados Objetivos sobre o corpo e respeito foram alcançados. Os discentes conheceram a realidade de crianças em situação de vulnerabilidade, expostas à violência física, verbal e sexual. Desenvolveram capacidade de adequar o diálogo à linguagem infantil/pré-adolescente, dependendo do grupo trabalhado, mostrando domínio e segurança ao responder às perguntas feitas. Durante a ação, três crianças relataram ser vítimas de abuso no contexto familiar, permitindo à escola a tomada das devidas providências.
Análise Crítica A ação contribuiu para que as crianças compreendam e encarem com naturalidade as alterações da puberdade, reforçando que têm direito a um ambiente seguro e que devem reportar situações desconfortáveis à um adulto de sua confiança. Contribuiu na formação dos acadêmicos de Medicina, com a oportunidade de trabalhar a escuta, o acolhimento, as diferenças na abordagem com crianças. Ainda, para compreensão do conceito ampliado de saúde no contexto social em que as crianças da Vila Cafezal vivem.
Conclusões e/ou Recomendações O projeto mostrou, aos discentes do 1º ano de Medicina, a importância do entendimento do contexto social e planejamento cauteloso da ação envolvendo crianças expostas à diferentes tipos de violência. Ainda, reforçou a importância da escola como ambiente seguro e do diálogo, com linguagem adequada, para identificação de situações de risco nessa população.
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