Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC11.18 - EDUCAÇÃO MÉDICA E PRÁTICAS FORMATIVAS

43655 - VIVÊNCIAS NO CAMPO DA ANTROPOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA FORMAÇÃO MÉDICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O POVO INDÍGENA POTIGUARA DURANTE INTERNATO DE SAÚDE COLETIVA
POLYANA MONTENEGRO SILVA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, ARTHUR IGOR ALVES DANTAS - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, DANIELA CRISTINA MOREIRA M DE FIGUEIREDO - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, ANDERSON BELMONT CORREIA DE OLIVEIRA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, PEDRO KA'AGUASU POTIGUARA - COMINIDADE INDÍGENA POTIGUARA, MARIA HELOÍSA BEZERRA VILHENA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, MARIA CLARA DE ARAUJO REMIGIO BATISTA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, CAMILLE FEITOZA PAREDES GOMES - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ


Período de Realização
As atividades sobre saúde da população indígena se deram durante o mês de maio de 2022.

Objeto da experiência
Trata-se de atividades teóricas e práticas do estágio curricular obrigatório de Saúde Coletiva, com ênfase em saúde indígena.

Objetivos
Relatar a experiência dos estudantes de Medicina no internato de saúde coletiva, sobre as vivências no campo da antropologia e das ciências sociais na formação médica, junto ao Povo Indígena Potiguara.

Metodologia
A ementa do internato de medicina em saúde coletiva prevê o estudo das temáticas que articulam a produção do conhecimento nas diversas áreas, incluindo as ciências sociais, sendo essas indispensáveis para a formação de médicos com visão generalista, crítica, humanista e reflexiva. Foram realizadas três vivências teórico-práticas (discussão antropológica, vivência com profissional médico atuante na saúde indígena e apresentação do subsistema) e uma vivência no pólo da Baía da Traição e aldeias.

Resultados
No primeiro momento, foi dialogado sobre as lutas, a cultura e o modo de vida do povo potiguara e tabajara (localizado no litoral sul da Paraíba). Seguindo, foi realizada conversa com médica que trabalhou com indígenas do norte do país, e pôde apresentar suas experiências e dificuldades durante a jornada. No terceiro momento, foi apresentado o subsistema, como se organiza e a rede de saúde. Ademais, a vivência nas aldeias, onde houve conversa com lideranças indígenas nelas e no polo de saúde.

Análise Crítica
Conhecimentos culturais, aspectos de vida, fatores sociais como determinantes de saúde e o contato com indivíduos com hábitos, costumes e tradições ancestrais, foram alguns dos determinantes que sensibilizou os internos. Antes, nunca tiveram contato com o tema e demonstraram interesse, maior sensibilização e necessidade de aprofundamento com esta população negligenciada. Nota-se que a saúde coletiva, na prática educativa, contribui para a transformação do olhar dos, ainda, estudantes.

Conclusões e/ou Recomendações
A saúde coletiva se mostra como pilar basal para o fortalecimento e desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, através do estímulo à formação de profissionais com competências relacionadas às diretrizes e aos princípios de universalidade, integralidade e equidade. A troca de conhecimento com os povos originários contribui para qualificação, levando os estudantes a refletir sobre a sua prática clínica e modificações necessárias para melhor vínculo