Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC11.15 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO

41269 - ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM COMPORTAMENTO SUICIDA NOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA: AVALIAÇÃO DAS ABORDAGENS PROFISSIONAIS
RENATA DE ALMEIDA CAVALCANTE - MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM SAÚDE COLETIVA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, DAIS GONCALVES ROCHA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA – UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA


Apresentação/Introdução
O acolhimento à pessoa com tentativa de suicídio, se exercido com segurança e qualidade, pode determinar a adesão do paciente ao tratamento. O SAMU, com frequência, é uma das primeiras equipes a acolher essas pessoas que necessitam de atendimento imediato. A falta de conhecimento entre os profissionais tem sido uma demanda e os processos formativos são amplamente defendidos.

Objetivos
Avaliar as abordagens realizadas pelas equipes dos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência nos casos de comportamento suicida, antes e após o Curso de Formação em Emergências em Saúde Mental.

Metodologia
O estudo analítico, de abordagem quanti-qualitativa, foi realizado durante o Curso de Formação em Urgências e Emergências em Saúde Mental, promovido pelo Ministério da Saúde, no segundo semestre de 2021. As vagas foram disponibilizadas para 108 profissionais do SAMU dos 26 estados do Brasil. Serão apresentadas a metodologia e os resultados da etapa qualitativa da pesquisa. Nesta etapa, a partir da videogravação das estações simuladas para manejo do comportamento suicida foram categorizados os resultados mediante análise temática simples. As principais categorias são: abordagem, aspectos facilitadores e aspectos dificultadores.

Resultados
Os profissionais, a partir de uma abordagem sistematizada, puderam apresentar um trabalho de atenção mais humanizado à pessoa em crise suicida, alternativo às práticas predominantes que afastam a possibilidade de acolhimento e tratamento adequados. A sistematização de atendimento discutida no curso e o próprio processo formativo foram destacados como aspectos facilitadores para alcançar um atendimento em consonância com o paradigma psicossocial. Como aspectos dificultadores emergiram a percepção dos profissionais de estarem pouco preparados e o sentimento de insegurança em relação a estes atendimentos, bem como a falta de redes articuladas para dar continuidade à assistência.

Conclusões/Considerações
A educação permanente oportuniza análise crítica e ação transformadora dos profissionais e de seus contextos sociais. É necessário investir em formações pautadas nas estratégias de cuidado baseada na atenção psicossocial para os profissionais do SAMU. A sistematização do trabalho em saúde foi uma forma de orientar a assistência, não padronizá-la, e permitiu a consolidação de habilidades necessárias ao atendimento das crises psíquicas.