23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC11.15 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO |
41185 - CURSO INTRODUTÓRIO EM ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS À APS NO ÂMBITO PRISIONAL EM PERNAMBUCO MERIELLY MARIANO BEZERRA - SES/PE, SUELEN CRUZ D‘ANDRADA - SES/PE, ANNA BEATRIZ D‘ANDRADA - SES/PE, MARIA FRANCISCA SANTOS DE CARVALHO - SES/PE, MARISE MARIANO BEZERRA SÁ - FACESF
Período de Realização As oficinas do Curso foram realizadas para as primeiras EAPp em novembro de 2019.
Objeto da experiência Relatar a experiência do Curso Introdutório em Atenção à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade, desenvolvido pela CEASP/SES-PE.
Objetivos Discutir aspectos da qualificação dos profissionais de saúde atuantes nas EAPp, por intermédio das oficinas do Curso Introdutório. Abordar o uso das metodologias ativas e contextualizadas com as realidades locais como indutoras do fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) no âmbito prisional.
Metodologia O curso foi organizado em 05 módulos, com carga horária de quarenta horas, construídos a partir das necessidades de qualificação do processo de trabalho das equipes, estabelecidos nos diálogos entre profissionais e gestão da saúde prisional, bem como nos referenciais da APS e da PNAISP. Organizaram-se turmas com maior composição da mesma EAPp e mais de uma equipe, utilizando-se metodologias ativas e participativas, na perspectiva de refletir as realidades locais e o compartilhar de experiências.
Resultados As oficinas do curso tiveram a participação de 236 profissionais de saúde e policiais penais que atuavam em 11 Unidades Prisionais do Estado, além de gestores municipais e regionais de saúde. A metodologia e os conteúdos abordados promoveram a construção de planos de trabalho (ações) no cotidiano das UBSp, contribuindo para reflexões sobre o processo de trabalho das equipes sob a perspectiva multiprofissional, intersetorial e interdisciplinar, voltados à lógica da APS no âmbito Prisional.
Análise Crítica Não diferente de outros pontos de atenção do SUS, a gestão da educação na saúde ganha contornos singulares entre os desafios do trabalho na saúde prisional. Nesse sentido, a formação em serviço vem como aposta a superação de lacunas aos profissionais de saúde que atuam nas EAPp. A abordagem do processo de trabalho sob a ótica da APS no âmbito prisional foi aspecto destacado como potente pelos participantes, visto que as ofertas tradicionais de formação focavam em doenças e agravos específicos.
Conclusões e/ou Recomendações As questões relativas a implementação da PNAISP apontam para: superação do descompasso entre a gestão local de saúde e segurança; inclusão de conteúdos relacionados a PNAISP na formação/educação; construção de espaços de integração entre EAPp e RAS; estratégias de enfrentamento alta rotatividade profissional; avanço na consolidação do modelo de APS em contraponto a ótica punitiva do sistema prisional, que reforça a lógica curativa do cuidado.
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