Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC11.11 - POSSIBILIDADES TEÓRICO METODOLÓGICAS PARA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

40911 - ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA FORMAÇÃO MÉDICA: LIMITES E POSSIBILIDADES
ANACELY GUIMARÃES COSTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO, MARIA AUGUSTA VASCONCELOS PALÁCIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO, ROBERTA STOFELES CECON - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO


Período de Realização
A análise abrange o período 2019-2022, que compreende o tempo de exercício da docência no curso.

Objeto da experiência
Relatar de forma crítica e reflexiva a experiência docente no ensino da saúde coletiva em um curso de medicina do semiárido nordestino.

Objetivos
Discutir as implicações do ensino da saúde coletiva na graduação em medicina a fim de identificar quais são as contribuições e os desafios para a formação e o trabalho da medicina.

Metodologia
Trata-se de relato de experiência acerca do trabalho docente desenvolvido na atividade Práticas de Integração Ensino, Serviço e Sociedade (PIESS), em um curso de medicina de uma Instituição de Ensino Superior (IES) Federal do semiárido nordestino. PIESS está ancorada nas metodologias ativas de aprendizagem, contemplando atividades teóricas, com discussão e compreensão de conceitos da área de saúde coletiva, e momentos práticos em diferentes equipamentos de saúde e espaços da comunidade.

Resultados
Os resultados dividem-se em dois eixos: teórico-conceitual com a inserção de temáticas como epidemiologia, gênero, racismo e saúde, saúde mental na perspectiva antimanicomial bem como o aprofundamento sobre o funcionamento e organização do sistema único de saúde com foco na atenção primária à saúde; produção de competências e habilidades discentes que superam o posicionamento biomédico e medicalizador por meio da utilização de metodologias ativas e ações de educação em saúde em cenário prático.

Análise Crítica
A saúde coletiva na formação médica vem se fortalecendo nos semestres iniciais do curso com a interlocução das áreas nas atividades teórico-práticas, interesse discente pela compreensão interdisciplinar em saúde e aprimoramento da comunicação. Os métodos ativos de ensino contribuem para a autonomia discente a partir do envolvimento em problemas sanitários contextualizados aos seus territórios socioculturais. O desafio persiste em maior transversalidade dos conteúdos deste campo nos anos finais.

Conclusões e/ou Recomendações
O processo educativo em saúde coletiva com a utilização de estratégias cooperativas de aprendizagem resulta em uma formação médica mais participativa e crítica dos problemas do sistema único de saúde. A integração das três áreas da saúde coletiva potencializa experiências cognitivas entre discentes e docentes ao mesmo tempo em que amplia as possibilidades de intervenção nos serviços de saúde.