Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC11.9 - PRÁTICAS COMPLEMENTARES E POSSIBILIDADES DE CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

44370 - ABORDAGEM DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: EXPECTATIVA E REALIDADE DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO CURSO DE MEDICINA
VALQUÍRIA FERNANDES MARQUES VIEIRA - DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO E SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., GABRIELA MACIEL DOS REIS - DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO E SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., SUMAYA GIAROLA CECÍLIO - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., BRUNA CALADO PENA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., CAMILA MENEZES SABINO DE CASTRO - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., CECÍLIA MARIA LIMA CARDOSO FERRAZ - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., EDNA LÚCIA CAMPOS WINGESTER - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., LETÍCIA LEMOS JARDIM - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., SHIRLEI BARBOSA DIAS - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS., AUGUSTO RANGEL MATTOS JARDIM - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA/ FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.


Período de Realização
A oficina das Práticas Integrativas e Complementares foi realizada em outubro de 2021.

Objeto da experiência
Docentes e acadêmicos do segundo período de Medicina matriculados na disciplina Práticas de Saúde Coletiva em Belo Horizonte, Minas Gerais.


Objetivos
Relatar a experiência pedagógica vivenciada por docentes do curso de Medicina de uma instituição privada de Belo Horizonte/Minas Gerais durante o processo de ensino-aprendizagem teórico/prático sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PICs).


Metodologia
Estudo descritivo do tipo relato de experiência. A estruturação do plano de ensino seguiu os objetivos da taxonomia de Bloom: 1) reconhecer a Política Nacional de PICs no Sistema Único de Saúde; 2) identificar serviços de saúde que implementam essas práticas; 3) demonstrar a racionalização das ações de saúde inovadoras e socialmente contributivas; 4) preparar sais com óleos essenciais para aromoterapia; 5) problematizar as produções científicas e a aplicabilidade na prática do cuidado.


Resultados
220 alunos e 3 docentes participaram da oficina, que teve duração de 4 horas e ocorreu sob rigorosas medidas de distanciamento social. A maioria dos alunos desconhecia a Política de PICs e demonstrou resistência ao conteúdo, à implantação das práticas na Atenção Primária e no preparo dos sais. Foi notória a tentativa dos alunos em sustentarem o modelo biomédico, centrado na doença em detrimento da abordagem ampliada do processo saúde-doença que objetiva a promoção global do cuidado humano.


Análise Crítica
A vivência docente na formação generalista é cercada por barreiras de ordem epistemológicas. O predomínio das publicações das práticas ocidentais e a baixa produção de evidências das práticas orientais podem explicar o estranhamento dos discentes em reconhecer outros modelos clínicos de atenção que sejam centrados na integralidade. Programas educacionais capazes de integrar o cuidado biopsicossocial e a rica diversidade de sistemas terapêuticos são indispensáveis à formação médica.


Conclusões e/ou Recomendações
Embora a Política tenha sido implementada desde 2006, sua abordagem no processo de formação do profissional da saúde, em especial à médica, ainda é incipiente, apresentando-se como um grande desafio para o seu avanço no Sistema Único de Saúde. Os profissionais que recebem em sua formação orientações acerca das PICs potencializam o melhoramento dos serviços de saúde por meio de estratégias de autocuidado, promoção de saúde e qualidade de vida.