22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC11.9 - PRÁTICAS COMPLEMENTARES E POSSIBILIDADES DE CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA |
38557 - A RODA DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA FORMAÇÃO MÉDICA: PERCEPÇÕES DE INTERNOS DE SAÚDE COLETIVA SOBRE A INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO EM SAÚDE SÍLVIA MELLO DOS SANTOS - PROFSAÚDE/UERJ
Apresentação/Introdução A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma metodologia de cuidado grupal em saúde mental. Durante as sete semanas do internato médico em saúde coletiva, alguns estudantes participaram de rodas de TCI no cenário da Atenção Primária em uma unidade básica de saúde da família (UBSF). Desta vivência emergiram percepções que a revelaram como metodologia ativa no ensino do cuidado integral a saúde.
Objetivos Compreender o papel da TCI como ferramenta de apoio à formação humanística, crítica e reflexiva prevista nas DCNs de medicina de 2014.
Analisar as percepções dos alunos sobre integralidade do cuidado
Metodologia Para a coleta de dados foi realizada entrevista semiestruturada com uma colaboradora chave, que participou da inserção da TCI no município e na grade curricular da Instituição de Ensino Superior (IES). Foram realizados também três grupos focais on-line, englobando ao total 20 internos que estiveram nesta UBSF de 2018 a 2020, participando de pelo menos uma roda de TCI. Os grupos focais e a entrevista foram realizados após aprovação pelos respectivos comitês de ética em pesquisa em seres humanos (CAAE:33438820.0.0000.5259 e 33438820.0.3001.5237). Além disso, foram gravados e transcritos para a análise de conteúdo (AC) pela autora.
Resultados Da análise de conteúdo dos grupos focais emergiram três categorias: TCI e a exposição das vulnerabilidades, TCI e a revelação das potências e TCI como modelo de cuidado, revelando que a TCI pode provocar mudanças positivas na formação do futuro médico, ampliando o olhar sobre os processos de saúde e adoecimento, permitindo o desenvolvimento de competências como a percepção sistêmica do complexo pessoa-família e comunidade, o treinamento da escuta ativa e empática, a valorização da medicina centrada na pessoa e nas suas necessidades. Além disso, através da entrevista semiestruturada foi possível conhecer parte de um projeto pedagógico inovador, que inseriu a TCI na grade curricular.
Conclusões/Considerações O estudo sugere que a frequência durante o internato na APS em rodas de TCI atua como facilitadora dos processos de ensino aprendizagem, na busca por uma atenção integral à saúde. A TCI se identifica como uma metodologia ativa pois transforma o interno no protagonista do seu processo de formação, expondo fragilidades, revelando potencialidades e reflexões sobre o cuidado de si e do outro.
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