Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

44881 - FORMAÇÃO TELEPRESENCIAL DE AGENTES POPULARES DE SAÚDE EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS E DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 NA BAHIA
SILVIO ROBERTO MEDINA LOPES - EBMSP, PAULO GUSTAVO BISPO PEREIRA - EBMSP, LAVINIA BOAVENTURA SILVA MARTINS - EBMSP


Período de Realização
2° semestre letivo da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) entre Set. e Dez. de 2021.

Objeto da experiência
Formação de Agentes Populares de Saúde em Quilombos e MST adaptado da campanha Periferia Viva pelo Programa de extensão Redes Candeal da EBMSP.

Objetivos
Relatar a experiência de um programa de extensão universitário no oferecimento do curso telepresencial de formação de voluntários moradores de comunidades quilombolas e do MST para atuarem como agentes populares de saúde e apoio na construção de uma rede de solidariedade ativa em seus territórios.

Metodologia
Trata-se de um relato de experiência na qual os autores foram sujeitos que atuaram na adaptação, coordenação e facilitação do curso junto com alunos do componente curricular Práticas Interprofissionais em Saúde. Em função das restrições à realização de atividades presenciais naquele momento, buscou-se adaptar a versão presencial e o curso à distância ofertado pela FIOCRUZ a uma versão telepresencial voltada para cada comunidade. Atividades de campo eram intercaladas com os encontros quinzenais.

Resultados
O primeiro de três módulos foi desenvolvido nesse período, oportunizando o amadurecimento dos agentes populares quanto ao seu papel e da brigada de solidariedade, as formas de proteção e transmissão da COVID 19, e a apropriação de estratégias de educação em saúde com a comunidade. O aproveitamento foi bastante heterogêneo em função de graves dificuldades com acesso à internet. Os autores e alunos do PIS alargaram a compreensão sobre a realidade dessas comunidades no contexto da pandemia.

Análise Crítica
Apesar da utilização criativa de bons recursos pedagógicos nos encontros telepresenciais, essa modalidade se revelou inviável para a grande maioria dos participantes que tinha dificuldades não só de acesso à internet e equipamento adequado, mas no manuseio de tecnologias digitais. Mesmo assim, foi possível construir um vínculo de troca e confiança entre profissionais e estudantes da área de saúde e as comunidades quilombolas e MST. Os envolvidos ampliaram a compreensão do processo saúde-doença.

Conclusões e/ou Recomendações
O curso proporcionou impactos positivos nas ações das comunidades quilombolas e MST e na formação dos profissionais e estudantes envolvidos, mas concluiu-se que, naquelas condições, a modalidade presencial é indispensável para esse público. O papel da extensão universitária ficou destacado na formação de futuros profissionais de saúde comprometidos com a saúde do povo brasileiro em sua pluralidade existencial.