Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

44173 - DESCORTINANDO BARREIRAS: RELATO DO ACESSO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS NO TERRITÓRIO DE UMA USF, POR UMA RESIDENTE
MARIANA SANTOS AMARAL - UNEB, BRUNA EDUARDA GOMES DOS SANTOS - UNEB, CAMILA DOS SANTOS ALVES - UNEB, GABRIELA ROMÃO DE ALMEIDA CARVALHO SANTOS - UNEB, LORENA SILVA BARBOSA DE JESUS - UNEB, IGOR BRASIL DE ARAÚJO - UNEB, SILVANA LIMA GUIMARÃES FRANÇA - UNEB, MARCIO COSTA DE SOUZA - UNEB, JESICA TATIANA PONCE - SMS - SALVADOR, SÓSTENES CONCEIÇÃO DOS SANTOS - UNEB


Período de Realização
Observações feitas em visitas domiciliares entre março e maio de 2022

Objeto da experiência
Acessibilidade e acesso de pessoas com deficiência (PcD), residentes de um bairro periférico de Salvador-BA, ao cuidado especializado em saúde.


Objetivos
Relatar as percepções de uma Residente em Saúde da Família acerca da acessibilidade e acesso de pessoas com deficiência à cuidados em saúde, a partir da experiência de atendimentos domiciliares

Metodologia
Trata-se do relato de experiência de uma fisioterapeuta Residente em Saúde da Família, sendo descritas as percepções sobre acessibilidade e acesso de PcD à cuidados especializados em saúde, a partir de atendimentos domiciliares. Foram selecionados os casos de três usuários que mais despertaram a atenção. Nas visitas foram observadas a infraestrutura física/arquitetônica da rua e dos domicílios, a partir dos relatos dos(as) cuidadores(as) sobre o acesso à saúde dos(as) usuários(as).

Resultados
Os(as) usuários(as) eram acamados(as) e dependentes para as atividades de vida diária. A rua que dá acesso às casas era estreita, com ladeiras íngremes, além de longas escadarias para acesso às suas residências. Cuidadores elencaram estes aspectos como barreira para frequentar a USF e o serviço especializado, além da falta de rede de apoio para auxiliar com as demandas das PcD, ausência de veículo próprio e o cuidado à PcD centrada numa pessoa apenas

Análise Crítica
Sabe-se da correlação entre inacessibilidade física e restrição da participação social de PcD. Esse fator incide com mais intensidade nos bairros periféricos onde a arquitetura provoca baixa mobilidade urbana. Além disso, as pessoas que residem na periferia são atravessadas por questões de renda que dificultam o acesso aos meios de transporte urbano. Além disso, serviços especializados para esta população são distantes de suas residências, gerando distanciamento geográfico.

Conclusões e/ou Recomendações
É imprescindível que sejam elaboradas e/ou implementadas ações para garantir o acesso desses indivíduos à Estratégia Saúde da Família e especializada, como é o caso dos programas de atenção domiciliar, ações intersetoriais com secretarias municipais de transporte e infraestrutura, priorização destes indivíduos em Projetos Terapêuticos Singulares e elaboração de uma rede de apoio para os cuidadores destas pessoas. A APS precisa coordenar o cuidado em rede.