Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

43299 - GRUPOS DE TROCAS DE VIVÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: EXPERIÊNCIAS DE APOIO PSICOSSOCIAL A ESTUDANTES
DAVI DE CASTRO FARIA - UEMG, ISA PAULA VILELA PEIXOTO - UEMG, FERNANDA DE SOUZA VILELA - UEMG, PIETRA RODRIGUES ROCHA MULLER - UEMG, ANA RITA CASTRO TRAJANO (ORIENTADORA) - UEMG


Período de Realização
As experiências foram vivenciadas no decorrer dos anos 2020, 2021 e estão em curso atualmente.

Objeto da experiência
Dispositivos grupais nomeados de Grupos de Trocas de Vivências (GTVs) em tempos de pandemia da Covid-19.

Objetivos
Apresentar experiências criadas a partir de intervenções grupais como estratégias de promoção da Saúde Mental e de Apoio Psicossocial a estudantes em contexto de pandemia da Covid-19.

Metodologia
Partimos de perspectivas da Psicologia Social Crítica e da Saúde Coletiva, tomando os Grupos Operativos em diálogo com os Círculos de Cultura, além da Análise Institucional e da Transversalidade como referências na construção dos GTVs em tempos de pandemia. Foi usada a técnica da Observação Participante e o principal instrumento de registro foi o Diário de Campo. Os GTVs ocorreram em formato online durante o período de ensino remoto e estão atualmente nos formatos remoto e presencial.

Resultados
De 2020 até a atualidade formaram-se sete grupos com uma duração média de dez encontros. Os GTVs se constituíram também como campos de estágio e de práticas de extensão por meio de projetos aprovados em editais de apoio à extensão universitária. Dessa forma, os relatórios elaborados pela equipe apontam que os grupos contribuíram para a autonomia das pessoas e para mudanças em suas práticas de cuidado no cotidiano.

Análise Crítica
As experiências com os GTVs transbordaram para além dos próprios grupos, reverberando em mudanças no cotidiano dos participantes, nas salas de aula e contribuindo para reduzir a ansiedade e outras angústias vivenciadas durante a pandemia. A criação e manutenção de vínculos foram essenciais na formação de redes de apoio, principalmente junto aos estudantes que chegaram à universidade durante o período pandêmico e que, por isso, tiveram poucas oportunidades de criar laços afetivos.

Conclusões e/ou Recomendações
A experiência com os GTVs têm mostrado que esses grupos funcionam como dispositivos de intervenção onde a escuta, o acolhimento e o trabalho com os temas emergentes em cada encontro fundamentam a criação conjunta de um espaço de promoção da saúde mental, auxiliam na permanência de estudantes durante o período pandêmico e fornecem pistas que apontam para a produção de referências na elaboração de uma política de apoio psicossocial na universidade.