Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

43042 - O FAZER-SUS NA SAÚDE DO CAMPO: CAMINHANTE NÃO HÁ CAMINHO, O CAMINHO SE FAZ AO ANDAR
THAIARA DORNELLES LAGO - UFSC, MATEUS DOS SANTOS BRITO - ISC/UFBA, ALEXSANDRO DE MELO LAURINDO - ISC/UFBA


Período de Realização
Março de 2020 a fevereiro de 2022

Objeto da experiência
Experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase na População do Campo (REMSFC) da Universidade de Pernambuco (UPE)

Objetivos
Partilhar a experiência da REMSFC em produzir cuidado no cotidiano dos serviços do SUS, com base na educação popular em saúde e prática interprofissional, junto aos territórios camponeses, quilombolas e aos movimentos sociais do campo.

Metodologia
A postura metodológica que deu base a esse relato é a cartografia, já que cartografar experiências e processos de trabalho na Saúde Coletiva é investigar o que dá expressão e o que transforma os modos de produção de cuidado; escutar os seus "ruídos", seus incômodos; fazer aparecer as coisas que estão ali, mas não têm visibilidade.

Resultados
A REMSFC produz cuidado a partir de uma perspectiva interprofissional em que a comunidade, o território, são sujeitos ativos. A partir das necessidades, ações e projetos são construídos com base na educação popular em saúde, onde os saberes confluem para criação de formas coletivas de cuidado. Projetos como o Campo Comunica (comunicação social e saúde) e Itojú I'lera L'oko (cuidados em saúde para os povos de axé) são projetos inventivos que surgiram dessa relação dialógica com os territórios.

Análise Crítica
A saúde da população do campo no Brasil é historicamente caracterizada pela relação com seu território. Compreendemos a partir da determinação social da saúde que estes territórios são vivos e carregam em si as marcas históricas do processo de formação do nosso país, baseado na violência colonial e racista. Sem uma análise crítica sobre a condição social do país as ações em saúde correm o risco de perpetuar práticas colonialistas não produtoras de cuidado.

Conclusões e/ou Recomendações
A saúde da população do campo no Brasil é historicamente caracterizada pela relação com seu território. Compreendemos a partir da determinação social da saúde que estes territórios são vivos e carregam em si as marcas históricas do processo de formação do nosso país, baseado na violência colonial e racista. Sem uma análise crítica sobre a condição social do país as ações em saúde correm o risco de perpetuar práticas colonialistas não produtoras de cuidado.