SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)
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41089 - DESIGUALDADE(S) E INTERSECCIONALIDADE(S) NA PANDEMIA DE COVID-19: DIÁLOGOS COM A FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA THAMIRES MONTEIRO DE MEDEIROS - IMS/UERJ, UESLEI SOLATERRAR DA SILVA CARNEIRO - IMS/UERJ, NILCÉIA NASCIMENTO DE FIGUEIREDO - IMS/UERJ, LAURA LOWENKRON - IMS/UERJ, VIVIANE MATTAR VILLELA SALLES - IMS/UERJ, DÉBORA SILVA TEIXEIRA - IMS/UERJ, BEATRIZ KLIMECK GOUVÊA GAMA - IMS/UERJ, RONALDO TEODORO DOS SANTOS - IMS/UERJ, GIULIANO DA SILVA GRIFFO COSTA - IMS/UERJ, GUILHERME LOUREIRO WERNECK - IMS/UERJ
Período de Realização 13/9/2021 à 17/12/2018
Objeto da experiência Reflexões produzidas no curso “Desigualdade(s), Interseccionalidade(s) e Pandemia de COVID-19” no IMS/UERJ
Objetivos O objetivo do curso foi promover o diálogo entre as 3 áreas da Saúde Coletiva, bem como entre a academia, o Estado e os ativismos, para refletir sobre a articulação e o aprofundamento de desigualdades sociais no contexto da pandemia de COVID-19 no Brasil à luz de uma perspectiva interseccional.
Metodologia A disciplina foi construída por estudantes e docentes de 3 áreas da SC e contou com duas unidades. A primeira apresentou ferramentas conceituais para analisar as desigualdades (teorias da democracia, determinantes/determinação social da saúde e interseccionalidade). A segunda, abordou diferentes temáticas sobre as desigualdades na pandemia (“gênero, direitos sexuais e reprodutivos”; “trabalho, classe, renda e vulnerabilidade”; “saúde de crianças/adolescentes”; “racismo e branquitude” etc).
Resultados O curso foi idealizado por um GT de alunes e docentes dos 3 Departamentos do IMS-UERJ, e contou com convidades da academia, do Estado e de movimentos sociais. Foram 52 inscrições de estudantes de pós-graduação de diferentes estados do Brasil, com presença média de 30 pessoas nos encontros semanais via zoom. Houve predominância de estudantes da CHS, seguida pelo PPAS e, depois, Epidemiologia. Para a avaliação, os estudantes optaram em sua maioria por trabalhos escritos e, alguns, em audiovisual.
Análise Crítica A conjuntura pandêmica em contextos de extrema desigualdades como no Brasil exige ferramental teórico-metodológico que explique a sua complexidade. No curso a articulação entre pessoas de diferentes regiões e formações somada a decisão pela perspectiva interseccional nos permitiu análises aprofundadas mesmo dadas as limitações e desgastes provocados pelo ensino remoto. Analisar criticamente a conformação dos processos de saúde-doença pela via interseccional se mostra urgente para o campo.
Conclusões e/ou Recomendações A experiência parte da falta de articulação entre as três áreas da SC. Apesar da baixa presença de estudantes da epidemiologia e predominância das CHS, as articulações teórico-metodológicas, bem como o diálogo com movimentos e atores fora da academia, mostraram-se fundamentais na compreensão das desigualdades. Apontamos para a potência de experiências desse tipo para a compreensão mais complexa de fenômenos multifacetados como a pandemia de COVID-19.
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