SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)
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41048 - GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO DAS E DOS BACHARÉIS EM SAÚDE COLETIVA NO BRASIL THAINÁ AFFONSO LAERT MIRANDA - UFBA, ANA PAULA DOS REIS - UFBA
Apresentação/Introdução A partir do conceito ampliado de saúde, estruturante do campo da Saúde Coletiva, argumento sobre a importância dos marcadores de raça, gênero e sexualidade na compreensão dos determinantes e das iniquidades sociais e de saúde. Desse modo, os estudos relacionados à temática mostram-se imprescindíveis na formação das e dos bacharéis em Saúde Coletiva.
Objetivos Analisar, a partir da perspectiva estudantil, como os estudos sobre gênero, raça, sexualidade e saúde estão sendo abordados na graduação em Saúde Coletiva.
Metodologia Pesquisa qualitativa, iniciada com o mapeamento dos cursos de graduação em Saúde Coletiva em funcionamento no Brasil e registrados no Ministério da Educação. Em seguida, realizou-se entrevistas semiestruturadas, com 19 graduandos de Saúde Coletiva que estavam na atividade de representantes estudantis, provenientes das cinco regiões do país. Da análise de conteúdo emergiram quatro categorias: Gênero, raça e sexualidade na graduação em Saúde Coletiva; Gênero, raça/racismo e sexualidade como determinantes sociais de saúde; Importância e necessidade da abordagem de gênero, raça e sexualidade na formação das(os) bacharéis em Saúde Coletiva; Compreensão dos conceitos de gênero, raça e sexualidade.
Resultados A pesquisa demonstra que, na perspectiva das e dos estudantes entrevistados, as temáticas de gênero, raça e sexualidade no campo da Saúde Coletiva são timidamente tratadas em seus processos formativos. A abordagem dos temas durante a graduação é considerada insuficiente pelas (os) interlocutores e a ausência de discussões desses marcadores sociais enquanto determinantes sociais de saúde é apontada como um problema na formação. Outro importante resultado da pesquisa refere-se à unanimidade da consideração da importância dos estudos de gênero, raça e sexualidade para a formação da (os) bacharéis em Saúde Coletiva e a necessidade de um componente obrigatório previsto no currículo do curso.
Conclusões/Considerações Os resultados obtidos apontam a necessidade de incluir nos currículos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva componentes que abordem os estudos de gênero, raça e sexualidade, considerando-os como importantes marcadores e determinantes dos processos de saúde-doença- cuidado. Ainda, podem subsidiar a proposição de uma formação mais sensível aos problemas e necessidades de saúde de grupos minoritários associados às vulnerabilidades sociais.
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