Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

40222 - PREVALÊNCIA DA POLIFARMÁCIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E A SUA RELAÇÃO COM COMORBIDADES SECUNDÁRIAS
FELIPE PIRES DO COUTO - FMP, CAROLINA KACZELNIK BENISTI - FMP, BEATRIZ MOREIRA CRELIER - FMP, ANDRÉ JARDIM SEABRA - FMP, ANA CAROLINA ESPINOSA CARAMALHO - FMP, EMANUELE CABRAL ASSIS - FMP, DANIELA DE SOUZA GAMA - FMP, DANIELA LACERDA SANTOS - FMP


Período de Realização
Realizada no período 06 de maio de 2022 a 17 de junho de 2022, disciplina em curso.

Objeto da experiência
Aplicação prática da disciplina Saúde e Sociedade III, no Ambulatório Escola, pelos alunos do 3º período da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

Objetivos
Analisar a prevalência da polifarmácia em pacientes com Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Além de analisar se a polifarmácia está diretamente relacionada às comorbidades secundárias das doenças de base.

Metodologia
Foram analisadas informações de 110 prontuários de usuários do grupo HIPERDIA que são atendidos no Ambulatório Escola da Faculdade de Medicina de Petrópolis. Considerando-se as categorias sexo, idade, número de medicamentos em uso e complicações associadas a DM e HAS. A partir dessa análise, os dados foram trabalhados no software Excel, com a construção de um gráfico que demonstra a relação de pacientes pela quantidade de medicamentos em uso, evidenciando a busca por polifarmácia.

Resultados
A partir da análise dos dados, verifica-se que 70% dos pacientes estão acometidos por polifarmácia, ou seja, fazem o uso regular de cinco ou mais fármacos. Ademais, evidencia-se que, desses 70%, a maioria utiliza de cinco a oito medicamentos, representando 79% dos pacientes analisados. Encontrou-se ainda que, enquanto existem pacientes com muitas morbidades associadas à doença de base fazendo uso de polifarmácia, há pacientes sem comorbidades com mais de cinco medicamentos.

Análise Crítica
A DM e a HAS são doenças crônicas degenerativas, com altas taxas de comorbidades, resultantes das doenças base e de suas complicações secundárias. Esses pacientes são amplamente tratados com polifarmácia, conceituada pela literatura como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. Apesar da sua aceitação pelas diretrizes médicas, além da prática gerar reações adversas significativas, não há relação direta e nem obrigatória de pacientes com várias patologias com utilização da polifarmácia.

Conclusões e/ou Recomendações
Apesar da polifarmácia gerar alto custo para as famílias e impactar na qualidade de vida dos indivíduos e nos resultados dos tratamentos, ela ainda é muito prevalente no âmbito profissional, como responsabilidade médica. Tendo em vista que essa experiência ocorreu no Ambulatório Escola de uma faculdade de Medicina, especula-se o quanto essa temática tem sido discutida na formação médica.