Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

40052 - ESCUTA QUALIFICADA: O USO DA SALA DE ESPERA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
KELLY ALESSANDRA SEGABINAZZI - FIOCRUZ, LUZIENE SIMÕES BENCHIMOL - FIOCRUZ, LUCIANA GOMES COTRIM - FIOCRUZ, LAURA DE ARAÚJO COUTO - FIOCRUZ, MARIA VICTORIA DA SILVA BASTOS - FIOCRUZ, SUZANE CHAGAS DE MESQUITA - FIOCRUZ


Período de Realização
Atividades ainda encontram-se em curso, sendo realizadas durante o ano de 2022.


Objeto da experiência
Usuários do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF) que aguardam consultas para atendimento na sala de espera da Unidade básica.

Objetivos
Objetiva a promoção de saúde a partir de práticas educativas de fácil aprendizagem durante o tempo de espera entre consultas. Desta forma, a equipe multidisciplinar pode otimizar o tempo democratizando e publicizando informações sobre as campanhas de prevenção, as rotinas da UBS e saúde em geral.


Metodologia
A apresentação na sala de espera tem frequência semanal e os usuários são convidados a participarem de forma espontânea. A equipe escolhe as temáticas previamente a fim de atender as demandas dos usuários e a partir disso, elabora uma dinâmica criativa, que pode ser teatro, quiz interativo, música, entre outros. Ao final da atividade, a equipe de residentes multidisciplinares abre o debate com os usuários para troca de experiências e esclarecimento de dúvidas.


Resultados
A metodologia de trabalho utilizada possibilita o acesso ao direito à informação em saúde, além de facilitar a prevenção e promoção de saúde no âmbito da atenção primária. A proposta de desenvolver dinâmicas interativas visa aumentar o vínculo com o usuário e facilita a compreensão sobre os temas. Em uma das atividades de maior sucesso, foi abordada a temática da alimentação com foco nas dietas “da moda”, e em doenças como hipertensão e diabetes e percebeu-se participação ativa dos usuários.

Análise Crítica
Nas atividades realizadas notamos que é possível uma maior aproximação com usuários e por conta da alta rotatividade, alcançamos diferentes públicos alvos. Entretanto, há o desafio na escolha da abordagem e da didática, a fim de que o usuário absorva a informação e se mobilize para participar. Outro dificultador é a questão da estrutura física da UBS, pois por realizarmos a ação em local aberto, contamos com interferências externas que, por vezes, dispersam as atenções.


Conclusões e/ou Recomendações
A metodologia escolhida favorece os princípios da atenção primária, sobretudo o cuidado longitudinal e interdisciplinar. A atividade oportuniza a inclusão de elementos artísticos que facilitam a apreensão do conhecimento, inclusive para usuários analfabetos e de baixa escolaridade. A resposta obtida dos usuários evidencia a importância de permanecer com este rico espaço de troca, onde a equipe pode intervir ativamente na realidade do usuário.