Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

39930 - ESTIMATIVA RÁPIDA PARTICIPATIVA COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE EM UMA USF NO MUNICÍPIO DE ILHÉUS-BA
TAMINE HABIB SILVA CAMERA LEAL - UFSB, ANTÔNIO JOSÉ COSTA CARDOSO - UFSB, LINA RODRIGUES DE FARIA - UFSB


Período de Realização
A experiência se deu no período compreendido entre os meses de agosto a dezembro de 2020.

Objeto da experiência
Utilização do referencial teórico-metodológico como instrumento pedagógico na reorganização do processo de trabalho na ESF.

Objetivos
O objetivo é relatar a experiência da Estimativa Rápida Participativa como instrumento pedagógico na formação, reorganização e qualificação do processo de trabalho em saúde, tendo como referência uma USF (Salobrinho I), no município de Ilhéus, Bahia.

Metodologia
Utilizou-se a Estimativa Rápida Participativa como estratégia de diagnóstico situacional, proposta pela disciplina Planejamento e Avaliação na Saúde da Família do MPSF/PROFSAÚDE/UFSB, que possibilitou a análise de saúde no território, na perspectiva dos diferentes atores sociais envolvidos na construção da realidade local. As etapas do percurso metodológico: coleta de dados nos sistemas de informação; entrevista com informantes-chaves; identificação dos problemas e elaboração de plano de ação.

Resultados
A estratégia pedagógica contribuiu para identificar alguns problemas no território, entre eles a ausência de grupos operativos, que segundo Pichon-Rivière (2005) são constituídos de pessoas com objetivos comuns de aprender pela interação do “pensar, sentir e agir” em termos de resolução dos problemas manifestados pelos grupos, com base em alguns critérios como: relações interpessoais; agenda compartilhada; parcerias intersetoriais; educação permanente; mudanças nos processos de trabalho.

Análise Crítica
A utilização da Estimativa Rápida Participativa mostrou-se uma importante estratégia de formação e reorganização do processo de trabalho em saúde nos grupos operativos, favorecendo a aprendizagem e promovendo maior interação da profissional no contexto do serviço de saúde no território, otimizando o diagnóstico frente a grande quantidade e complexidade de problemas e carência de recursos.

Conclusões e/ou Recomendações
O uso pedagógico da Estimativa Rápida Participativa favoreceu o desenvolvimento de competências para realização do diagnóstico situacional realizado de forma participativa, bem como para delinear as intervenções necessárias no enfrentamento dos problemas de saúde do território, que teve como resultado a elaboração de um plano de ações orientado à realidade da população adscrita ao território e ao processo de trabalho.