SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)
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39815 - ABORDAGEM DO TEMA “GÊNERO, SEXUALIDADE E SAÚDE” PELAS ESCOLAS DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FLÁVIA FRANCHINI DE MATTOS MORAES - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, VICTORIA DUARTE BEZERRA - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, EDUARDO VIZEU DA COSTA FERNANDES - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, LUIS FERNANDO TEIXEIRA ANDRADE - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, MARIANA CAMPOS VALE - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, GIOVANNA RIBEIRO DO VALLE - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, BARBARA LO VISCO OLIVEIRA - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, LARA CRUZ DE SENNA FERNANDES - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, CARINA RODRIGUES GARCIA LINO - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
Apresentação/Introdução
A atuação do médico deve ser entendida como capaz de promover a saúde de forma integral. Entender a saúde de forma ampliada implica na incorporação do tema “gênero, sexualidade e saúde” nos currículos dos cursos de Medicina, o que permite alcançar uma prática médica qualificada, que respeite a diversidade, de forma ética, psicossocial e humanística da relação médico-paciente.
Objetivos
Identificar as formas de abordagem das temáticas sobre “gênero, sexualidade e saúde” em projetos pedagógicos dos cursos de medicina do estado do Rio de Janeiro.
Metodologia
A fim de obter os projetos pedagógicos (PPC) foi realizada uma busca nos sítios eletrônicos dos cursos de medicina e enviado ofício às coordenações destas, solicitando o material. Realizou-se uma análise da disponibilização dos PPCs e uma análise qualitativa de 9 documentos acessados, pela técnica de análise de conteúdo, buscando as palavras-chave: orientação de gênero, diversidade, sexualidade, pessoas transgênero, violência de gênero, gênero e saúde, identidade de gênero, LGBT, preconceito, homossexual e educação sexual. Seis (6) faculdades foram excluídas do estudo por não disponibilizarem seus PPCs.
Resultados
Há 15 instituições que oferecem o curso de Medicina no estado do RJ e 9 PPCs disponíveis. 77% apresentaram pelo menos uma palavra-chave. “Diversidade” foi citada em 66% dos PPCs, com pouca relação às diferenças de gênero ou pautas identitárias. “Orientação sexual” foi referida por 4 escolas e uma pontuou o respeito à diversidade sexual. Uma escola abordou a história da sexualidade e aspectos biopsicossociais. O tema é abordado na parte de responsabilidade social, dimensão ética e humanística em três instituições. Duas escolas mencionaram “preconceito”. “Gênero” foi citada em 66% das particulares. Uma instituição abordou violência de gênero e um PPC abordou o tema “pessoas transgênero”.
Conclusões/Considerações
Em acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014, os escassos resultados encontrados apontam para a necessidade de revisão e atualização dos projetos pedagógicos e do ensino médico, a fim de capacitar e aproximar os estudantes dos temas que incluem a promoção e o acesso à saúde de toda população, independente do gênero ou sexualidade, garantindo, na prática, o direito universal à saúde.
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