SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)
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39649 - QUALQUER AMOR JÁ É UM POUQUINHO DE SAÚDE: CONVERSAS COM AGENTES COMUNITÁRIAS/OS DE SAÚDE SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE MARIA JÚLIA MARTINS PADOVANI - GRADUANDA EM MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, MARIA DENISE RODRIGUES TAMEIRÃO - MÉDICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE BOM DESPACHO, MG. PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI – CAMPUS DIVINÓPOLIS. EGRESSA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA – PROFSAÚDE DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERS, MARIANA HASSE - PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, FLÁVIA DO BONSUCESSO TEIXEIRA - PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Período de Realização Março e Abril de 2021.
Objeto da experiência Encontros dialógicos com 14 Agentes Comunitários de Saúde para discutir questões de gênero e sexualidade no contexto da adolescência.
Objetivos O objetivo da experiência foi identificar dificuldades de abordagem de adolescentes e elaborar uma cartilha temática voltada aos ACS para qualificação da comunicação com os adolescentes e facilitar a abordagem de assuntos considerados mais delicados, como sexualidade e gênero.
Metodologia Os encontros ocorreram quinzenalmente, de forma remota e contaram com 3 facilitadores com experiência na condução de grupos. Foram cinco encontros com duração média de duas horas cada. A metodologia dos encontros foi inspirada na experiência do Projeto de Conversações Públicas, que propõe um ambiente dialógico seguro para que pessoas com opiniões distintas possam tratar sobre temas considerados polêmicos. A partir dos encontros, foram identificados os principais tópicos para elaboração da cartilha.
Resultados Há entre os ACS a suposição de que, atualmente, os adolescentes possuem mais acesso a informações e uma idealização de que a tecnologia torna a adolescência mais tranquila. Os ACS concluíram que para ter acesso à informação de qualidade, o diálogo com amigos, familiares e profissionais de saúde é fundamental. Para qualificar a comunicação dos ACS com os adolescentes, foi elaborada uma cartilha com um formato didático sobre gênero e sexualidade.
Análise Crítica A presença de adolescentes em serviços de saúde ainda é incipiente e isso se deve ao não reconhecimento das UBS como espaços protegidos para conversas sobre mudanças no corpo, sexualidade e desejos. O preparo dos profissionais de saúde para abordar essas temáticas é insuficiente. Uma cartilha acessível sobre o tema tem potencial de ser mediadora de transformações no cotidiano das Unidades Básicas de Saúde se for utilizada como disparadora de discussões e ações de educação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações Conhecer a legislação referente à saúde na adolescência, as mudanças da faixa etária e os impactos da tecnologia favorece a identificação das necessidades de saúde. Gênero e sexualidade são determinantes sociais críticas no aumento da vulnerabilidade de jovens e abordar esses temas de forma inclusiva ainda é um desafio. Por isso, ações de educação em saúde são fundamentais e a elaboração de materiais de apoio adequados é urgente.
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