Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

39578 - COMITÊ DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UMA PESQUISA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESFORÇOS PARA VIABILIZAR A SUSTENTABILIDADE NA ARTICULAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA RAPS
LÍVIA PENTEADO PINHEIRO - UNICAMP, ANA LAURA SALOMÉ LOURENCETTI - UNICAMP, ROSÂNGELA SANTOS OLIVEIRA - UNICAMP, MARIA FERNANDA LIRANI DOS REIS - UNICAMP, MICHELLE CHANCHETTI SILVA - UNICAMP, CARLOS ALBERTO DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, MARIA GIOVANA BORGES SAIDEL - UNICAMP, BRUNO FERRARI EMERICH - UNICAMP, ROSANA TERESA ONOCKO CAMPOS - UNICAMP


Período de Realização
A instituição do Comitê teve início em 11/2021, perdurando até o presente momento.


Objeto da experiência
Transição de um Comitê Gestor de Pesquisa (CGP) para o Comitê de Educação Permanente (CEP) no município campo da pesquisa.

Objetivos
A Transição do CGP para o CEP objetivou a sustentabilidade e ampliação dos ganhos obtidos com a pesquisa realizada no município, investindo na integração da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e na qualificação do cuidado compartilhado em saúde mental por meio de ações de educação permanente.

Metodologia
O CGP foi instaurado em 2019, sendo composto por pesquisadores, trabalhadores dos serviços de saúde mental e gestores municipais. Destacou-se a participação horizontal das partes interessadas como um dispositivo estratégico no fomento de discussão e na construção de um modo de operar entre os serviços de maneira articulada e integrada. Com a aproximação do fim do projeto e o anseio mútuo pela permanência deste dispositivo, foi proposta a instituição do CEP.


Resultados
Após largamente discutida durante os encontros do CGP, levou-se a proposta de transição à gestão municipal. De forma pactuada instaurou-se o CEP, sob o título de “Comitê de Educação Permanente da Saúde Mental”. Entre os pontos chaves para a sua efetivação e viabilidade, pontuou-se: o apoio da gestão, a manutenção dos encontros mensais, a ampliação da participação de trabalhadores da RAPS, o convite a representantes da Atenção Básica (AB) e da Saúde Mental Infanto-juvenil.

Análise Crítica
Atualmente, o CEP tem encontros mensais e é composto por trabalhadores da AB e atenção especializada, gestores, universidade parceira local e pesquisadores. A sustentabilidade da integração da rede se perpetua na medida em que os participantes constroem estratégias de qualificação do cuidado na RAPS e desenvolvem ações de educação permanente, apoiando-se no favorecimento da comunicação entre os diferentes serviços, nos resultados levantados pela pesquisa e nas demandas atuais da rede.

Conclusões e/ou Recomendações
A instituição do CEP, envolvendo atores dos diversos pontos da RAPS, possibilita a reflexão acerca do impacto de uma pesquisa de implementação construída de modo participativo e articulada com as demandas do campo. Escorado nos pilares da Política de Educação Permanente em Saúde, o CEP mostra-se como um importante dispositivo para a integração de rede e uma aposta no encontro da universidade com o cotidiano do trabalho em saúde.