Sessão Assíncrona


SA11.3 - PRÁTICAS FORMATIVAS NA SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CONTEXTOS (TODOS OS DIAS)

38456 - SAÚDE LGBTQI+ NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE: IMPORTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DE FUTUROS PROFISSIONAIS MÉDICOS
LOURRANY BORGES COSTA - UNIFOR, LUCIANA AZOR DIB - UNIFOR, IUSTA CAMINHA - UNIFOR, RENATA DE BARROS BRUNO XIMENES - UNIFOR, LETÍCIA PINHEIRO PONTES - UNIFOR, SARAH ALMEIDA SALES DE OLIVEIRA - UNIFOR, FELIPE ALBUQUERQUE COLARES - UNIFOR, GABRIEL LIMA ABREU - UNIFOR, MATEUS FREITAS AZEVEDO - UNIFOR, LUCAS JUSSIER PINHEIRO DUARTE - UNIFOR


Período de Realização
A experiência ocorreu no mês de abril de 2022 em Fortaleza, Ceará.

Objeto da experiência
Importância da curricularização do tema Saúde LGBTQI+ na graduação médica em uma universidade privada em Fortaleza-CE para a formação profissional.

Objetivos
Relatar e refletir sobre a experiência discente e docente durante implementação do tema Saúde LGBTQI+ nos projetos de ensino, e sua concretização em aulas teóricas e práticas, do terceiro período do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), como parte de sua reforma curricular.

Metodologia
Estudo descritivo, relato das experiências de alunos e professores do terceiro período do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor) quanto à inclusão do tema Saúde LGBTQI+ no currículo de graduação médica. O tema fez parte de dois módulos da reforma curricular: Ações e Práticas Integradas em Saúde (APIS), com foco na Saúde Coletiva e Atenção Primária; e Desenvolvimento Pessoal e Profissional (DPP), com foco na aquisição de competências atitudinais e valores humanísticos.

Resultados
Antes da reforma, não havia o tema Saúde LGBTQI+ no curso de Medicina da Unifor. Sexualidade era limitada ao manejo de condições ginecológicas e psiquiátricas. O novo tema exigiu formação docente prévia. No APIS, alunos aprenderam sobre a Política Nacional de Saúde Integral LGBT e o funcionamento da rede de atenção local. No DPP, desenvolveram habilidades de comunicação com ética e respeito às diversidades. Foram momentos acolhedores, ricos de novos conhecimentos e quebra de estigmas.

Análise Crítica
Tradicionalmente, educação sexual é pautada por modelo heteronormativo, de viés reprodutivo e patológico, reproduzindo discursos de discriminação de gênero e orientação sexual. Médicos devem usar uma abordagem integrada e centrada na pessoa, sem preconceitos. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, o aluno deve ser formado para considerar sempre as várias dimensões do espectro da diversidade humana. No presente estudo, o novo tema pareceu mais desafiador para docentes do que para alunos.

Conclusões e/ou Recomendações
É fundamental que futuros médicos reconheçam que a saúde sexual e reprodutiva é afetada por problemas biomédicos, e por questões ligadas à família, trabalho, cultura, ciclos de vida e relacionamentos. É importante o tema Saúde LGBTQI+ na graduação, pós-graduação ou educação permanente de profissionais de saúde, para construção de um sistema de saúde mais equânime e com garantia de direitos das diversas coletividades.