SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)
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44224 - ENSINO DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA: UM ESTUDO DE CASO DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA LEYDJANE NUNES CARVALHO - UFAL, WALDEMAR ANTÔNIO DAS NEVES JÚNIOR - UFAL, DIVANISE SURUAGY CORREIA - UFAL, MARIA DAS GRAÇAS MONTE MELLO TAVEIRA - UFAL, LUÍS FELIPE SOARES DE LIMA SILVA - UFAL
Apresentação/Introdução A habilidade de comunicação é elemento importante na formação médica conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Impacta significativamente os espaços de trabalho e cuidado em saúde. Quando ineficaz, pode gerar conflitos, insatisfação com o atendimento e pouca adesão ao tratamento. A boa comunicação favorece o vínculo, a adesão ao tratamento e promove corresponsabilidade no cuidado.
Objetivos Esta pesquisa buscou analisar o ensino da comunicação na perspectiva de promover o cuidado integral na formação dos estudantes de Medicina de uma universidade pública.
Metodologia Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. O campo de pesquisa foi o curso de Medicina de uma instituição pública do nordeste brasileiro. Foi realizado um grupo focal com estudantes de Medicina, onde os dados foram analisados conforme o método proposto por Malheiros (2011). A pesquisa cumpriu os princípios éticos, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) nº 4.257.396.
Resultados A análise dos dados resultou em duas categorias: Valorização da comunicação e sua subjetividade na relação médico-paciente; e Necessidade de se falar sobre a comunicação desde a graduação. Os estudantes trouxeram a comunicação como aspecto fundamental na construção e fortalecimento da relação médico-paciente e para adesão ao tratamento. As falas explicitaram que questões subjetivas do profissional e do paciente podem interferir diretamente nessa relação. A pesquisa evidenciou que o ensino da comunicação na formação médica na universidade pública pesquisada ainda é pouco explorado, tendo uma abordagem pontual, não sendo possível aprofundar as reflexões sobre o tema ao longo da formação.
Conclusões/Considerações Promover o desenvolvimento das habilidades comunicacionais nos estudantes de medicina é fundamental para alcançar melhores resultados na assistência em saúde, uma vez que a comunicação eficaz e a escuta ativa possibilitam uma melhor compreensão do outro em todas as suas necessidades, considerando-se os aspectos biopsicossociais envolvidos no processo do adoecimento – o que propicia um cuidado mais eficiente.
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