SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)
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43949 - SAÚDE NO GALPÃO: OUVINDO OS BATIMENTOS DA VIDA NA OCUPAÇÃO PÁTRIA LIVRE E NA PEDREIRA JÚLIA PRADO DE FREITAS COCUZZA - UFMG, LUÍS GUSTAVO FRAGA BELOTTO - UFMG, SCARLETT CRISPIM HORTA SANTIAGO - UFMG, MIGUEL LUIZ DE MORAES TIBERIO - UFMG, LARISSA SOLARI SPELTA - UFMG, LUANA CARDOSO DORNELAS - UFMG, PRISCILA ROSSE LOPES VIANA - UFMG, LEONARDO FERNANDES RUIZ DIAZ - UFMG, ELIS MINA SERAYA BORDE - UFMG
Período de Realização A atividade “Saúde no Galpão” é realizada desde junho de 2022.
Objeto da experiência Atividade de extensão no galpão da ocupação Pátria Livre no marco de um projeto sobre educação popular em saúde nas ocupações urbanas e seus entornos
Objetivos Apresentar a experiência da atividade “Saúde no Galpão”, situada no galpão da ocupação Pátria Livre na favela Pedreira Prado Lopes em Belo Horizonte e construída junto ao Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) a partir da perspectiva dos membros discentes e docentes do projeto.
Metodologia A equipe multidisciplinar do projeto produziu um roteiro de entrevista semi-estruturada para diagnosticar a percepção de saúde dos moradores da comunidade. Para as entrevistas, a equipe dividiu-se em duplas e trios, em mesas separadas, e convidou individualmente os frequentadores do galpão. Como fator atrativo, perguntou-se aos moradores se tinham interesse em aferir a pressão arterial ao final da entrevista. A realização do encontro foi divulgada previamente nas redes sociais do MTD.
Resultados Nas entrevistas, escutamos sobre a falta de médicos no centro de saúde (CS), que possui uma médica para 30 mil moradores, com grande dificuldade no agendamento de consultas. Há uma grande rotatividade de profissionais no CS, comprometendo a longitudinalidade da assistência de saúde e dificultando o tratamento.
Outra queixa comum são os problemas de saneamento básico, devido ao esgoto a céu aberto que passa próximo a casa de moradores, que além do cheiro forte, atrai animais e contamina a água.
Análise Crítica Devido à carência de médicos e à alta demanda da comunidade por assistência em saúde, as líderes do MTD alertaram que o projeto poderia criar uma grande procura por consultas, pedidos de exames ou outros cuidados. Porém o objetivo do trabalho não é substituir a função dos CS, apenas identificar as principais adversidades que afetam a saúde da população local, por meio da escuta, e articular com o CS para a resolução destas, mantendo dessa forma, a centralização da atenção primária à saúde no CS.
Conclusões e/ou Recomendações O fim central é encontrar com os moradores, ouvir suas vivências e reunir suas demandas na ocupação. A partir desse contato, busca-se a realização de ações com foco na educação em saúde voltadas às suas carências. Além disso, é de grande valor a articulação com os CS durante as intervenções para garantir a inclusão e o atendimento da população. Ainda, evidencia-se a valia de prosseguir as atividades no local e criar uma conexão com a ocupação.
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