Sessão Assíncrona


SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)

43580 - A FORMAÇÃO MÉDICA COMO DISPARADORA DE AÇÕES INTERSETORIAIS COM OS INDÍGENAS MIGRANTES REFUGIADOS VENEZUELANOS WARAO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO INTERNATO DE SAÚDE COLETIVA
POLYANA MONTENEGRO SILVA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, DANIELA CRISTINA MOREIRA M DE FIGUEIREDO - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ, ITALO JORGE DE SOUSA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, ANDERSON BELMONT CORREIA DE OLIVEIRA - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ


Período de Realização
As atividades com os migrantes refugiados indígenas da etnia Warao, ocorrem desde julho de 2021.

Objeto da experiência
Trata-se de atividades teóricas e práticas do estágio curricular obrigatório de Saúde Coletiva, com ênfase em população vulnerável.

Objetivos
Relatar a experiência do processo formativo do internato de saúde coletiva do curso de medicina como ator disparador de ações intersetoriais para os indígenas migrantes refugiados venezuelanos da etnia Warao.

Metodologia
A ementa do internato de medicina em saúde coletiva prevê o estudo das temáticas que articulam produção do conhecimento nas diversas áreas, sendo importantes para a formação de médicos críticos, generalistas, humanos e que tenham habilidades de articulação da rede de saúde. Foram realizadas visitas aos abrigos localizados no distrito sanitário IV, em João Pessoa e identificados potenciais atores para desenvolvimento de ações voltadas aos indígenas, realizadas reuniões entre todos os envolvidos.

Resultados
O olhar crítico do internato de saúde coletiva, possibilitou disparar a primeira reunião entre a direção do distrito sanitário IV, observatório de antropologia, atenção básica da secretaria de estado da saúde, e secretaria municipal de direitos humanos e cidadania. Todos desenvolviam atividades nos abrigos, mas não se articulavam. Desde então um grupo de trabalho foi criado, envolvendo os entes citados e a ação social arquidiocesana, com reuniões ordinárias junto ao ministério público federal.

Análise Crítica
Um trabalho essencial para a população indígena Warao residente em João Pessoa foi iniciado de forma articulada. Ao todo existem nove abrigos com aproximadamente 307 pessoas, entre adultos e crianças, com necessidades de cuidados específicos de saúde, sociais e garantia de direitos. A partir de então os gestores de cada instituição, em coletivo, passaram a refletir sobre suas práticas e avaliar quais as melhores estratégias para alcance dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.

Conclusões e/ou Recomendações
O internato de saúde coletiva no curso de medicina vem se firmando como parceiro estratégico para o desenvolvimento de ações junto aos Warao em João Pessoa. As vivências nos abrigos, bem como em todos os espaços de gestão que envolvem os migrantes indígenas venezuelanos, tem promovido o desenvolvimento de habilidades relacionadas à articulação das necessidades em saúde de uma população, junto a setores do governo e da sociedade civil.