Sessão Assíncrona


SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)

42630 - CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE ATENÇÃO INTEGRAL À PESSOA AUTISTA NO SUS: UMA ANÁLISE NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
MÁRCIA ANDRADE PINHO - CENTRO DE REFERÊNCIA ESTADUAL PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, LIGA ÁLVARO BAHIA CONTRA A MORTALIDADE INFANTIL, CHARLESTON RIBEIRO PINTO - CENTRO DE REFERÊNCIA ESTADUAL PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, LIGA ÁLVARO BAHIA CONTRA A MORTALIDADE INFANTIL; UFBA E; UESB


Apresentação/Introdução
A despeito da existência de políticas públicas de saúde e de proteção dos direitos da pessoa autista, há importantes lacunas assistenciais no SUS, sobretudo com relação ao provimento de dispositivos clínicos e a disponibilidade de profissionais capacitados para atendimento dessa população. Dados sobre o nível de conhecimento de profissionais de saúde sobre a atenção ao TEA no são escassos em nosso meio.

Objetivos
Avaliar o nível de conhecimento de profissionais de saúde da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Estado da Bahia sobre o cuidado integral à pessoa com TEA no âmbito do SUS.

Metodologia
Corte transversal envolvendo profissionais de saúde de nível superior atuantes em diferentes municípios da RAS do Estado da Bahia. Os dados do estudo foram coletados por meio questionários estruturados em ambiente virtual, contendo as seguintes variáveis: sociodemográficas, categoria profissional, tempo de atuação profissional na área de saúde mental, tempo de atuação profissional com indivíduos com TEA e seus cuidadores; treinamento prévio sobre autismo e; nível de conhecimento sobre TEA, incluindo sintomas, critérios diagnósticos, diagnóstico diferencial, etiologia, tratamento, comorbidades, tratamento e as políticas públicas para o autismo no SUS.

Resultados
Foram incluídos na análise 109 participantes, sendo a maioria (93,6%) do sexo feminino e com idade média de 37,1 ± 8,3. Do total, 88,1% atuavam em instituições públicas de saúde (39,4%, Unidade Básica de Saúde; 17,4%, Centro Especializado em Reabilitação; 12,8%, Centro de Atenção Psicossocial). De forma geral, 73,4% (escore médio, 72,6 ± 29,4) dos participantes apresentaram bom nível de conhecimento sobre TEA. Os profissionais com menor tempo de atuação profissional apresentaram nível de conhecimento sobre TEA significativamente maior que aqueles com maior tempo (0 – 9 anos, 79,3 ± 12,7; > 9 anos, 65,8 ± 24,3; p < 0,001).

Conclusões/Considerações
A maioria dos participantes do estudo possuíam bom nível do conhecimento sobre o TEA, sendo identificado maior nível entre aqueles com menor tempo de atuação profissional. Entretanto, foram identificadas elevadas taxas de erros em questões centrais relativas ao tratamento do TEA. Estratégias de educação permanente são necessárias para melhorar a qualidade da atenção à pessoa com TEA no SUS.