SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)
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41488 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA: REVISITANDO CONCEPÇÕES KANTIANAS PARA O AGIR ÉTICO AUTÔNOMO E COLETIVO PRISCILA PATRICIA DA SILVA - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/ISC/UFMT, MONALISA ROCHA DE CAMPOS CHAVES - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/ISC/UFMT, EVELLY CAROLINE BOTELHO DE MIRANDA - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/ISC/UFMT, KARINE WLASENKO NICOLAU - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/ISC/UFMT
Período de Realização A experiência ocorreu no semestre 2022/1 da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da UFMT.
Objeto da experiência Reflexões éticas realizadas por pós-graduandas do PPGSC ao resgatarem a concepção de autonomia em Kant para a formação profissional em Saúde Coletiva.
Objetivos Objetivo geral: refletir eticamente sobre a formação profissional em Saúde Coletiva
Objetivos específicos:
a) reconhecer contribuições de Kant em relação à concepção de autonomia
b) relacionar aspectos éticos da autonomia kantiana à formação profissional em Saúde Coletiva
Metodologia A experiência ocorreu na disciplina de Ética do PPGSC. Após a organização e a realização de um seminário, de caráter dialógico e participativo, surgiram questões relativas à formação em Saúde Coletiva, com destaque para a pesquisa e para a eticidade do agir profissional. As reflexões resultantes foram problematizadas com base na concepção de autonomia de Kant (2009), em sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes, de 1785, associadas criticamente ao aspecto comunitário de seu desenvolvimento.
Resultados As buscas realizadas pelo grupo identificaram a noção de autonomia na obra do filósofo alemão Immanuel Kant com objetivos práticos e não apenas especulativos. A autonomia convida à análise por si, por meio da consciência moral, da própria conduta. Contudo, apesar da autonomia ser associada pelo filósofo com a liberdade de seguir as próprias normas internas, tais normas apenas se desenvolveriam em contextos políticos e comuns de escolhas, em uma relação aparentemente paradoxal de dependência.
Análise Crítica Desenvolver a maioridade para pensar e agir autonomamente associa-se à formação profissional em Saúde Coletiva, especialmente quando se considera a exigência da bioeticidade para a ação em contextos complexos. A autonomia, nessa direção, não pode ser relacionada a um agir isolado, considerando que seu desenvolvimento depende de sólida construção ética no decorrer da formação profissional, no qual a razão está necessariamente atrelada a um processo coletivo e permanente.
Conclusões e/ou Recomendações A atuação no âmbito da Saúde Coletiva requer o desenvolvimento de competências éticas relacionadas à autonomia, pois é preciso ser capaz de pensar e decidir com e para além dos protocolos. Os espaços acadêmicos e problematizadores da pós-graduação, nas próprias disciplinas, podem ser ampliados para a atuação profissional orientada pelos valores da educação permanente, na qual a reflexão autônoma deve estar a serviço da ética coletiva.
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