SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)
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41231 - EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE CUIDADO E CONTROLE DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS NA SAÚDE DA FAMÍLIA HAYDA ALVES - UFF-RIO DAS OSTRAS, RJ, REBBECA DE SOUZA BRITO TOTA - ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE RIO DAS OSTRAS, RJ, JESSYCA SILVA MONTEIRO - ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE RIO DAS OSTRAS, RJ, ANDREA ARAÚJO VIANA - DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA/COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE RIO DAS OSTRAS, RJ.
Período de Realização Experiência transcorrida de novembro de 2021 a junho de 2022.
Objeto da experiência Enfrentar doenças parasitárias a partir de práticas de educação popular em saúde visando a construção coletiva da prevenção e do cuidado no território.
Objetivos Desenvolver práticas de cuidado transversais a ações de atenção à saúde orientadas grupos específicos a partir do trabalho na estratégia de saúde da família; construir intervenções pautadas em diálogos educativos, saberes e práticas não-farmacológicas de cuidado; fortalecer a parceria ensino-serviço.
Metodologia -Reunião na igreja local entre membros da Universidade, da gestão e da ESF para diálogo sobre ações programáticas com a apresentação de informações epidemiológicas;
-Atividades educativa sobre atualização de calendário vacinal no território e na creche local junto aos pais/responsáveis das crianças
-Diálogos sobre cuidado à saúde da criança com piolho e sarna
-Oficina para preparo de sabonetes e xampus a base de plantas medicinais na creche local
Resultados A educação popular em saúde demonstra ser um instrumento valioso para o enfrentamento do doenças infecciosas e parasitárias, encontradas especialmente nos primeiros anos de vida das crianças. Possibilita práticas de cuidado que aliam respaldo científico aos saberes populares, adequação às condições de vida das comunidades, além de fortalecerem do trabalho das equipes de saúde da família (ESF) no território junto a creches e escolas – equipamentos de cuidado à saúde das crianças e adolescentes.
Análise Crítica O intenso adoecimento por doenças infecciosas e parasitárias ainda é uma realidade em territórios vulnerabilizados. Há um longo caminho a se trilhar para que a dimensão comunitária dessas infecções se expresse nas práticas de vigilância em saúde e nas estratégias de cuidado das ESF. A captura das práticas da ESF pela lógica biomédica e individualizante impede o diálogo com as comunidades levando ao desperdício de experiências, das soluções populares, de saberes e práticas locais cuidado à saúde
Conclusões e/ou Recomendações Os desafios para atenção integral à saúde individual, familiar e comunitária envolvem superar a fragmentação do cuidado, o insulamento das ações programáticas e a naturalização do adoecimento por doenças infecciosas e parasitárias, além de outras vulnerabilidades que atravessam o cotidiano das famílias e as práticas de cuidado da ESF. As práticas e a formação em saúde carecem deste enfrentamento, um campo fértil para educação popular em saúde.
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