Sessão Assíncrona


SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)

39537 - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: COMO ABORDAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA?
ANDRÉIA VANESSA CARNEIRO DE MORAIS - UFRB, MYRIAM RAFFAELLA RABELO CRISCUOLO - UFRB, JOSÉ VENÂNCIO BOMFIM ANDRADE - UFRB, TACIANNA AGUIAR ARAGÃO - UFRB, MAQUEL LIMA RODRIGUES - UFRB, LORENA MOURA PONTES ARAÚJO - UFRB, LUIZA DE MAGALHÃES BITTENCOURT - UFRB, LUANA DOS SANTOS CONCEIÇÃO MOTA - UFRB, LÍVIA SOUSA RIBEIRO - UFRB, CAROLINE MORAES BARROS - UFRB


Período de Realização
13 de maio de 2022

Objeto da experiência
Realização de uma sala de espera sobre violência contra a mulher em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família localizada no Recôncavo da Bahia.

Objetivos
Promover o cuidado por meio do uso do escalda pés. Fomentar a troca de saberes sobre a violência contra a mulher. Identificar coletivamente estratégias de enfrentamento à violência contra a mulher.

Metodologia
Fez-se uso do escalda pés para acolher as participantes. Utilizou-se de bacias com água morna, sal grosso e ervas. Para abordar a temática foi construída uma encenação através do Teatro do Oprimido. O roteiro versava sobre a história de uma mulher com diagnóstico de câncer de mama que durante o atendimento médico relatava as violências vivenciadas em seu casamento. No segundo momento, as pessoas foram convidadas a identificar os tipos de violências e sugerir estratégias para enfrenta-las.

Resultados
Participaram 11 mulheres e 2 homens, entre eles, estudantes de medicina, profissionais e usuários da unidade. A sala de espera durou 40 minutos. As mulheres sentiram-se à vontade para relatar violências que vivenciaram e suas repercussões atuais. As participantes demonstraram conhecer alguns serviços de referência, porém não os elegeram como estratégias efetivas para o combate a violência contra a mulher. Duas mulheres citaram a religiosidade como alternativa para romper o ciclo da violência.

Análise Crítica
A sala de espera é uma estratégia da Atenção Primária que visa dialogar com as demandas de saúde presentes no território. Muitas vezes, porém, os temas, o conteúdo e as metodologias não privilegiam a troca de saberes e tornam-se um espaço mais informativo do que dialógico. A experiência mostrou que o tema era de interesse da comunidade e, ao associar o escalda pés à técnica do teatro do oprimido, oportunizou o compartilhamento de experiência por estimular a interação e criticidade.

Conclusões e/ou Recomendações
Destaca-se que Atenção Primária é um espaço essencial para abordar a violência contra a mulher e suscitar estratégias de enfrentamento. A sala de espera foi exitosa ao abordar uma temática relevante para a sociedade por meio de uma partilha terapêutica que integrou uma prática integrativa à linguagem teatral. Recomenda-se o uso de metodologias ativas a serem utilizadas na sala de espera para evitar atividades não dialógicas.