Sessão Assíncrona


SA11.2 - SAÚDE COLETIVA: DESAFIOS PEDAGÓGICOS (TODOS OS DIAS)

39418 - CAPACITAÇÃO DAS COMISSÕES DE ATENDIMENTO E PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAUDE NO MUNICIPIO DE FORTALEZA.
MARIA DAS DORES LIMA - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE FORTALEZA - CE., ÂNDREA MOREIRA DE ALENCAR BEZERRA LIMA - COORDENADORIA DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS - FORTALEZA - CE, JULIANA OLIVEIRA ARAÚJO PEIXOTO - SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE FORTALEZA - CE., MARIA CLÁUDIA DE FREITAS LIMA - UNICHRISTUS


Período de Realização
Janeiro a Dezembro de 2020, com 665 profissionais da saúde, nas 06 Coordenadorias Regionais.

Objeto da experiência
As capacitações foram planejadas pelo Núcleo Municipal de Prevenção a Violência, no período pré pandêmico e pandêmico, contemplando 139 Comissões.

Objetivos
Fortalecer o processo de educação permanente das Comissões com foco na qualificação da atuação dos profissionais em Rede intra e intersetorial.
Desenvolver uma linha de cuidado compartilhado, para minimizar as sequelas da violência sofrida, e prevenir a reiteração da violência já ocorrida.


Metodologia
As capacitações priorizaram as metodologias ativas que utilizam a problematização como estratégia de ensino-aprendizagem, com o objetivo de valorizar a experiência prévia dos atores sociais (BERBEL,1998). As capacitações foram realizadas no primeiro momento na modalidade presencial e posteriormente a distância. A ênfase foi dada ao acolhimento, atendimento, notificação, encaminhamento e seguimento na rede de cuidado, ao perfil epidemiológico e a competência dos serviços.


Resultados
As Capacitações fortaleceram o processo de comunicação integrada entre as 98 comissões dos equipamentos da Rede de Atenção à Saúde, na medida em que foi dado visibilidade as competências, protocolos e fluxos de atendimentos das instituições que acolhem as pessoas em situação de violência interpessoal e autoprovocada. Por outro lado o processo de qualificação ampliou a cobertura da notificação da violência no SINAN, sobretudo nas unidades de atenção primária (Fortaleza, 2020).

Análise Crítica
Faz-se necessário capacitações permanentes, considerando que o modelo queixa- conduta, limita a percepção do profissional em reconhecer as conexões dos impactos da violência com os problemas de saúde apresentados, durante os atendimentos. Há necessidade de investimento na escuta qualificada, no monitoramento dos casos notificados e na organização da rede para oferta de serviços de uma forma integrada, que reduza o índice de violência interpessoal e autoprovocada nos territórios.

Conclusões e/ou Recomendações
A violência constitui um problema de saúde pública relevante. Há muitos desafios a serem superados, como as dificuldades em identificar e notificar os casos, a falta de comunicação integrada entre os equipamentos e a capacitação descontínua. Nessa perspectiva esse processo iniciado em 2020, prossegue na agenda de prioridades da Gestão, haja vista que as capacitações precisam ser ampliadas para todos os pontos da rede de proteção social.